Capítulo XVI
BrookNão sei como cheguei no quarto. Quando me dei conta já estava socando algumas roupas dentro de uma mochila que peguei no guarda roupa. E quando digo "socando" eu falo no sentido literal da palavra.
A verdade é que estava confusa. Me sentia como uma tigela de bolo com um monte de ingredientes juntos e misturados dentro de si. Eu estava estressada, com raiva, acelerada, sedenta por vingança, mas ao mesmo tempo triste, arrasada, despedaçada. Porém não queria me mostrar tão fraca assim. Cansei de ser sempre a frágil do grupo. A que nunca faz nada, a donzela em perigo. Então optei por expressar minhas emoções fortes e ver se socando alguma coisa, mesmo que fosse aquelas roupas pra dentro da mochila, eu conseguia liberar um pouco do que eu estava sentindo.
- Brook?
Eu ouvi quando ela me chamou fechando a porta atrás de si, mas meu foco naquele momento era espancar algumas blusas de frio.
- Brook?
Ela continuou insistindo.
- Brook! – Dessa vez sua voz foi mais alta.
- O QUE FOI, ALLYSON? – Creio que a assustei com meu tom de vóz, a julgar por sua reação, mas eu não estava me importando com aquilo.
- Eu... eu sinto muito...
- Não! Não sente!
- Como?
- Sei o que vai dizer. Sei que falará algo do tipo "Calma, compreendo que é difícil" ou "Sei o que está passando", mas a verdade é que não sabe. Nenhum de vocês sabe.
- Mas por que isso? Me desculpa, mas eu tenho que concordar com o estupido do Mike dessa vez. Você a conhecia a dois dias antes dela ser infectada. Por que se importa tanto com essa garota?
- PORQUE NÃO FOI VOCÊ QUEM ME AJUDOU QUANDO EU ACORDEI SEM SABER MEU PRÓPRIO NOME, SEM TER NOÇÃO DE EQUILÍBRIO, NUA, E FUI PARAR ACIDENTALMENTE NO DORMITÓRIO MASCULINO, RECEBENDO INÚMEROS OLHARES E COMENTÁRIOS MALDOSOS. NÃO FOI VOCÊ QUEM ME VIU HUMILHADA AO REDOR DE PESSOAS QUE EU NUNCA VI NA VIDA E FOI ME AJUDAR, ME LEVOU PARA O SEU QUARTO E ME VESTIU MESMO NÃO ME CONHECENDO!!! – Aquilo foi bom. Consegui jogar pra fora um pouco do que estava sentindo, mas senti remorso logo depois que me calei. Havia atacado Allyson sem perceber.
- Brook... Eu... Não sabia... – Ela tentou se aproximar, mas recuei um passo.
- A culpa é minha.
- O que? Não! Ninguém tem culpa do que aconteceu!
- Se eu não estivesse tão preocupada com as coisas que Raven disse, e não estivesse escutando historinhas sobre a vida do Noah, talvez tivesse percebido aquilo em Chloe.
- Não, amiga. Você não teria como perceber. Não havia como saber sobre aquilo. Você não possui nenhuma parcela de culpa sobre a morte dela.
- Está bem, mesmo se tivesse certa sobre perceber o implante... Mas e no dia do posto de gasolina? Antes de toda essa paranóia começar? Se eu tivesse ficado pra trás e ajudado, nada disso teria...
- Não! Pare com isso. – Ela se aproximou para me abraçar, mas eu não queria seu abraço.
- Não, Allyson. – Me afasto, mas insistiu em me tocar. – Allyson, para! – Segurei em suas mãos e tentei impedi-la.
Lutei, lutei e gritei. Eu estava me sentindo suja, como se todo o peso do mundo estivesse sobre mim. Talvez Ally estivesse certa, talvez eu não pudesse impedir os eventos de acontecer, mas se pelo menos um deles fosse comigo, eu não estaria como estava naquele momento. Repasso em minha mente dia após dia a primeira "morte" de Chloe, e me culpo toda vez. Por que eu não tentei fazer algo? Por que eu sou tão fraca e inútil? E então vem o hotel, onde mais uma vez eu fui a que fugiu sem lutar, e agora, depois de um flash de esperança eu perdi definitivamente a única pessoa que foi boa comigo desde que fui iniciada. E a culpa de sua morte foi sim parte minha. Eu poderia ter impedido.
Meus pensamentos corriam a milhão em minha mente enquanto eu impedia Allyson de me abraçar, mas por fim eu me sobrecarreguei, minhas emoções saltaram de mim por vontade própria e me rendi ao seu carinho. Quando percebi, minhas lágrimas de culpa e tristeza rolavam por minhas bochechas e molhavam a camisa de Ally.
Mais uma vez a fraca da Brook estava se acabando em lágrimas.
Por que eu não posso ser diferente? Por que não posso ser forte como Allyson, ou inteligente como Noah, ou habilidosa como Jack, ou estrategista como Bob, ou até mesmo um idiota piadista como o Mike.
Por que eu tenho de ser a estúpida e frágil Brook?
Depois de um longo abraço apertado, ela me olhou nos olhos com ternura e sorriu.
- As coisas vão melhorar. Acredite em mim.
- Como pode ter certeza disso?
- Por que faz parte de minhas habilidades, lembra? – Ela disse irônica me fazendo sorrir.
- Está bem. Mas – Meu sorriso se desfez. – Posso te pedir um favor?
- Claro.
- Você pode não ter feito o que Chloe fez, mas ainda assim você foi a única que ficou do meu lado depois do massacre. – Dei uma pausa. – Quero que faça uma promessa.
- Qual?
- Me prometa que... que não vai me abandonar.
- Eu prometo!
- Eu te amo, amiga.
- Eu também.
Depois de um curto abraço, voltei a arrumar minhas coisas.
- E quais são os planos agora? – Ela perguntou pegando uma mochila pra si.
- Arrumar as malas, treinar até o meio dia, ir pra Las Vegas, Talvez fazer umas compras lá, Achar Raven e socar a cara daquela filha da mãe até a última gota de sangue escorrer pelo seu nariz.
Ela pareceu um pouco assustada, mas quebramos essa tensão com risadas.
- Se eu não te conhecesse eu não diria que você está brincando. - Fechei a mala e a deixei sobre a cama. Sorri para ela e sai do quarto em direção à arena de treinamento.
- Em nenhum momento disse que estava brincando. – falei a mim mesma.
[...]
Eram umas seis horas da manhã quando comecei a treinar, os outros voltaram a dormir para estarem descansados na viagem, mas mesmo que eu tentasse, eu não conseguiria fazer o mesmo.
As 10h30min am. todos já estavam de pé se arrumando para o almoço, mas eu não queria comer. Diversas vezes um deles veio ao meu encontro para repetir a mesma conversa:
"- Brook, estamos indo almoçar.
- estou bem aqui.
- Você precisa se alimentar.
- Não estou com fome.
- Brook...
- Eu só não quero comer, está bem?"
E assim eles iam em bora.
Enquanto todos estavam no refeitório, eu fui até meu quarto, tirei minha roupa e tomei um longo banho de água quente. Fiquei ali por um tempo, deixando a água cair sobre minha cabeça e escorrer por meu corpo. O único ruído que se podia escutar era o do chuveiro aquecendo a água e o das gotas batendo em minha pele e depois no chão. Aquele som passava despercebido por muitos, mas aquilo, de alguma forma, me acalmava. Ali eu conseguia me imaginar em um lugar calmo, talvez perto de uma queda d'água numa floresta silenciosa. Bom, isso não importava, pelo menos, consegui organizar minha mente enquanto estava ali.
- Brook? – Ally bate na porta do banheiro me tirando de meu transe.
- Sim!
- São 11h30min am. Noah quer reunir todos nós antes de sairmos.
- Já estou saindo.
- Está bem.
Desliguei o chuveiro e me sequei. Não sabia ao certo, mas por alguma razão meu coração acelerou quando pensei que estávamos prestes a sair dali. Talvez fosse ansiedade, ou talvez até medo, mas me recusava a pensar que temia algo, principalmente vindo de Raven, então convenci a mim mesma que o que estava sentindo era uma vontade inexplicável de fazer justiça. O que não era de todo mentira.
Deslizei a toalha no corpo tirando os últimos pingos d'água. Passe hidratante corporal e vesti uma lingerie vermelha com detalhes de renda. Quando sai de lá, Ally não estava mais no quarto, então me vesti rapidamente.
Estava frio, muito frio melhor dizendo, e não sabia ao certo como Bob queria chegar a Las Vegas, mas me preparei pra uma viagem longa. Seriam em torno de 13 horas de viagem até lá de carro.
Fiz uma maquiagem simples, e vesti a roupa que já havia separado ao lado da cama. Não era nada muito extravagante. Apenas uma roupa simples e confortável.
Optei por uma segunda pele bege, e um moletom de lã preto. A meia-calça era preta. Vesti também uma calça normal colada no corpo com detalhes metalizados nos bolsos. Coloquei uma meia soquete e calcei minhas botas cano alto de cor semelhante a calça.
Peguei minhas coisas e deixei o quarto sem olhar para traz.
Depois de pouco procurar, encontrei o grupo na arena de treinamento.
- Ótimo, agora estamos todos aqui – O conselheiro diz quando me vê chegar.
- Por que nos trouxe aqui, Noah? – Jack perguntou.
- Pra ter certeza de que todos estão cientes do que estamos prestes a fazer.
- Como assim?
- Vejam. Estamos prestes a sair numa aventura suicida passando pelo inferno. Vamos para Vegas, numa viagem de quinze horas, de lá pegamos um voo de cinco horas até Anchorage no Alaska e então seguimos como podermos até o Mount McKinley. Estaremos totalmente desprotegidos, sem segurança, apenas com a nossa própria força. Seremos atacados e caçados de jeitos que não podemos imaginar, passaremos por inúmeras dificuldades, e provavelmente esgotaremos todo nosso folego e esperança para chegarmos até a sede do Instituto. Desesperança, medo, fraqueza, fracasso, dor, desespero, lutas e tensão são as únicas coisas que não irão faltar nessa jornada, e nessas horas é quando mais vamos precisar um do outro. E é por este motivo eu preciso ter certeza... – ele deu uma pausa. – Que ao passar por aquela porta lá em cima, a mesma porta que entramos uma semana atrás, todos estarão prontos para o que está por vir, e serão responsáveis e corajosos o suficiente. Responsáveis para assumir atos e tomar decisões... – novamente ele parou, mas desta vez olhou bem nos olhos de cada um de nós. – e corajosos para muitas vezes fazerem coisas difíceis e decidirem outras mais difíceis ainda, que muitas vezes irão contra seus princípios, mas decisões que terão de ser tomadas.
Ele falou aquilo numa seriedade que eu nunca antes vi. Seu olhar, sua expressão corporal, sua face... tudo estava diferente. Determinismo e esperança misturado com seriedade e medo.
Todos permaneceram quietos, pensativos nas palavras de Noah pelo que me pareceu, mas nenhum deles se propôs a dizer algo, então percebi que aquela era minha hora. A partir dali seria um novo começo, seria a morte da frágil e indefesa Brook, e o nascimento da nova.
- Eu estou pronta! – digo em fim.
- Eu também. – Allyson disse logo após eu.
- Somos três. – Jack.
- Quatro. – Mike.
Noah sorriu e se virou para Bob dando permissão para ele fazer alguma coisa.
- Bom, eu os treinei e confio no meu taco. Sendo assim, sei que se precisarem saberão se virar sozinhos, mas infelizmente às vezes vocês precisarão tomar medidas mais drásticas. – Ele se aproximou da parede da sala e levantou seu Touch Glass. – Então creio que precisarão também de alguns brinquedos. – Bob passou o aparelho perto de um canto da parede e a tela dele ficou verde. E como uma máquina, o concreto de abriu no meio revelando um arsenal.
- CARACA!!! ISSO ESTEVE AI ESSE TEMPO TODO? – Mike pareceu se animar e já tomou a frente, mas Noah o impediu.
- Este é um arsenal de armas brancas, cada um de vocês pode escolher uma arma. Eu recomendo armas de pequeno porte e de fácil manuseio. Elas terão que sempre – ele enfatizou este "sempre". – estar com vocês.
- Mas porque isso? – Ally perguntou receosa.
- Eu disse que talvez vocês precisarão tomar decisões difíceis.
- Mas...
- Não. – Ele pareceu ler os pensamentos dela. – Mas com isso vocês tem a vantagem de atrasar o oponente de certa forma.
Ela concordou e seguiu para dar uma olhada no arsenal.
- Mas, e nossas habilidades? – Jack perguntou.
- Usem-nas também, mas só se sentirem confiança e força o suficiente para isso. E acredite, não é sempre que se sentirão assim.
Todos estávamos em frente a uma variedade de armas, umas eu até conhecia, outras eu nunca havia visto antes.
- O que é isso aqui? – Mike perguntou pegando um pequeno bastão preto com detalhes tribais em metal prata que percorriam toda sua estrutura.
- Cuidado com isso ai garoto. – Noah pegou da mão dele com cuidado o bastão e o afastou com a outra mão. Depois disso o inesperado aconteceu. O objeto apitou e então duas lâminas prateadas e talhadas com desenhos em seu fuller, violentamente saltaram para fora do aparelho. Elas não eram longas, não possuíam um metro cada uma, estimei – Isto é uma espada de duas lâminas... – Noah segurou no cabo com as duas mãos e o girou para frente com a mão direita e para traz com a esquerda, imediatamente ele se partiu no meio e se tornou duas espadas. – Que também pode se tornar apenas duas espadas. – Ele repetiu o último movimento e as duas partes se tornaram uma novamente. Então uma das lâminas encolheu. – Ou apenas uma.
- UAU!!! ESSA JÁ É...
- Minha. – Jack interrompeu Mike e pegou a arma da mão de Noah que voltou a ser apenas um bastão.
- O que?
- Lento demais.
- Mas... Está bem. E essa? – Ele pegou novamente com dois bastões menores nas mãos, mas com as mesmas características do primeiro.
Noah tomou dele novamente.
O mesmo apito rápido e curto soou antes de correntes finas de metal reluzentes começarem a escorrer de dentro dos bastões. – Isto são correntes. – O conselheiro mexeu o dedo polegar e cravos pequenos se expandiram do corpo dos objetos de metal. – Com cravos.
- CARACA!!!
- Que já possuem dona. – Ally se adiantou antes que Michael pudesse querer.
- MAS O QUE? – Ele disse indignado. – VOCÊ NEM SABE USAR UMA COISA DESSAS!
- Quem te contou isso? – ela disse o confundindo. Sorriu e pegou a arma. Imediatamente as correntes se recolheram.
- Está bem. – Mike revirou os olhos. – Este aqui é alguma coisa tão incrível quanto?
Quando Noah pegou o bastão maior e diferente dos outros, ele se expandiu em um pequeno arco.
- Este é um arco curto composto. É bem mais discreto e fácil de esconder que um arco normal ou uma besta, principalmente sendo dobrável como este aqui.
- Eu acho que... – tentei dizer, mas fui interrompida pelos gritou de Michael.
- SAI DAQUI GAROTA, VOCÊ TAMBÉM NÃO!!! TIRA OS OLHOS!!! ESTE É MEU!!!
Todos rimos de sua reação e ele já havia se adiantado para pegar das mão do conselheiro. Assim que ele tocou, o arco se fechou.
- Calma. – rio. – Eu ia dizer que eu acho que vou ficar com isso. – Em minha mão estava uma adaga de metal. Sua lâmina era trabalhada e talhada assim como a espada de Jack, mas além disso ela tinha um aspecto tribal, diferente da dele. – um tempo depois que a toquei ela se recolheu, deixando apenas o bastão segurado por mim.
Noah sorriu.
- Muito bem. Para usar suas armas basta pressionar seus cabos com uma pressão considerável. O leitor de digitais reconhecerá sua identidade e a destravará. Guardem-nas e usem-nas apenas quando for necessário. – Então ele pegou dois bastões curvilíneos no arsenal e guardou-os presos a cintura sem mostrar-nos para que eles serviam.
- E você, Bob? – Pergunto.
- Eu estou com tudo que preciso aqui! – Ele levantou seu taco, o mesmo que havia nocauteado Chloe.
- Um taco de baseball?
- Não subestime o taco, garota.
O baixinho fechou o arsenal e começou a andar.
- Agora que estão armados. Espero que estejam prontos para o que está por vir.
- Antes de irmos, quero mostrar uma coisa a vocês. – Noah diz tirando um aparelho do bolso. Era uma pulseira branca com uma pequena tela.
- O que é isso?
- APSU?
A pulseira acendeu e linhas de luz azul correram por seu corpo.
- Sim, conselheiro Noah?
- Este é um hardware que eu estava trabalhando a um tempo que ajudaria nas pesquisas do instituto. Fiz algumas modificações e consegui fazer dele uma extensão da APSU. Nele coloquei pequenas doses de antígenos que extrai da biotoxina do corpo de Chloe e também adicionei o sistema que recupera o controle da plataforma operacional do ponto dos Sensitivies. Teoricamente se colocarmos esta pulseira no braço de um infectado, APSU consegue dosar a quantidade de antígeno necessário para anular o efeito do veneno e ainda acabar com o hack de Raven.
- Uau. – Disse impressionada.
- Quero que ela fique com você, Brook. – Ele me entrega o objeto.
- Por quê?
- Porque sei que você fará a coisa certa quando chegar a hora.
Sorri agradecida e coloquei o aparelho no pulso.
- Reconhecer usuário, APSU.
- Usuário reconhecido, Brook Hundy.
- Agora chega de enrolação. – Bob diz. – Vamos logo.
Seguimos o baixinho por toda a base até a saída do local. Ele desligou os sistemas na caixa de força e então subimos pelas mesmas escadas que havíamos decido a uma semana. Quando a porta se abriu, dando a visão da cabana, meu peito apertou. Agora era oficial. A partir dali, tudo ia mudar.
- Brook, vamos. – Ally disse já lá fora me esperando.
Respirei fundo, e então passei pela porta que se fechou logo atrás de mim já que eu era a última.
- Aonde está o carro que viemos? – Mike perguntou.
- Na empresa de aluguel, aonde mais estaria? – Bob respondeu.
- E como vamos viajar?
- Com essa belezura aqui. – O baixinho apertou alguns botões num painel que tinha perto de uma mesinha e o chão tremeu. Quase perdi o equilíbrio, mas consegui me segurar. Do chão aberto, um elevado começou a trazer uma Doblo do ano, envelopada da cor branca.
- Uau.
- Sim.
Todos colocamos nossas bolsas no porta malas e nos acomodamos. Bob se sentou no banco do motorista, Noah no do passageiro ao seu lado. Eu, Allyson e Jack nos bancos traseiros e Mike se esticou nos bancos do fundo.
O portão se abriu, e após dar a partida no carro, saímos em direção a Las Vegas.
[...]
As três primeiras horas foram fáceis de me manter acordada, mas depois que Bob trocou a direção com Noah eu estava com muito sono.
- Pode dormir um pouco, Brook. – Ally disse. – Quando pararmos em algum lugar, eu te acordo.
- Obrigada.
Me deitei em seu ombro e antes de fechar os olhos vi o conselheiro nos olhando pelo retrovisor. Então me entreguei ao cansaço e dormi rapidamente.
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Sensitive - Iniciados
Science Fiction"Dizem que existem pessoas que não estão nesse mundo por acaso. Que algumas nascem diferentes pra fazer a diferença, e por mais que tentem esconder-se, o universo da um jeito de revela-los. São esses são os chamados "escolhidos". Após uma nova ordem...