Pov Lauren
-Vocês já decidiram se querem algo grande ou apenas para pessoas mais próximas? -Ally tagarelava sem parar em meus ouvidos. Nunca desejei tanto que minha querida amiga calasse a boca.
-Ainda não, pensei em algo não muito grande e nem muito intimo sabe? Selena até então havia concordado. -Comentei dando de ombros e indo com a cadeira até a cozinha sendo seguida por Ally. Hoje literalmente não era um dia bom, fazia uma semana desde o ocorrido em que Camila veio a noite em minha casa. Eu e ela não nos falamos mais, Selena e eu nos acertamos e ela obviamente disse que não me queria perto dela por não ser boa pessoa e um bando de coisa que vocês já imaginam. Eu apenas concordei e nossa relação voltou ao normal, ela estava extremamente ocupada esses dias o que gerava não muita atenção a mim mas eu sabia que ela tinha de trabalhar já que eu não iria mais ficar na empresa por causa da gravidez e então Selena pedia para Ally vir aqui todo santo dia e isso estava me irritando profundamente. Não que eu não gostasse de Ally, ela era uma ótima amiga mas ela fala demais e isso irrita as vezes. Ainda mais quando se está em um dia ruim.
-Como anda o meu afilhado? -perguntou me tirando dos meus devaneios. Abri a geladeira rapidamente pegando o vidro de suco e Ally me estendeu um copo e eu peguei rapidamente virando o suco no mesmo.
-Está bem, eu já estou notando a barriga. Mas sabe como é, é uma gravidez complicada. -Comentei dando de ombros.
-Entendo. -Suspirou e eu bebi um pouco do meu suco e percebi a feição de Ally mudar de repente parecendo se lembrar de algo.
-Camila não de mais sinal de vida desde aquela vez? -mudou de assunto completamente.
-Não, eu nem sequer a vi pela rua. Isso é um tanto estranho, mas vi uma movimentação em sua casa, pelo que sei deve ser a irmã com a namorada. -Coloquei o copo de suco sobre a mesa e encarando o nada a minha frente suspirei ao lembrar de Camila. Era impossível não ficar confusa em relação a ela, a mesma aparece do nada na minha vida e some sem ao menos dar explicação. É no mínimo estranho.
Pov Camila
-Vamos? -a voz de Megan soou e eu me levantei da cadeira onde estava a seguindo. Não demoramos muito a entrar no consultório. Assim que entramos Megan me deixou a sós com o médico tendo certeza antes de que eu ficaria bem e eu apenas assenti e disse que ela poderia sair. Engoli seco antes de levantar a cabeça e finalmente encarar o médico a minha frente, ele devia ter no máximo uns 30 anos e eu me perguntei se não era jovem demais para uma profissão como essa ainda mais estando na área que está.
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-Senhorita Cabello. -Sua voz não era rude como eu esperava que fosse, mas sim calma e suave. -Sou Justin, seu novo médico. -Ele estendeu a mão para que eu a apertasse mas eu ignorei seu comprimento e ele apenas recolheu a mão entendo que aquilo não ia rolar.
-Vai ficar olhando pra minha cara sem dizer nada? -tentei soar o mais fria possível e ela riu baixo como se já esperasse uma reação deste tipo.
-Vejamos bem senhorita Cabello, não sou eu quem vou começar falando e sim você. Está aqui para livrar-se de seus medos, traumas, tudo que lhe incomoda.
-Eu não tenho medo de nada.
-Ah senhorita, todos temos medo de algo. -Ele se levantou de sua cadeira e começou a andar pela sala e eu apenas observava seu andar até então ele se aproximar de mim se encostando na mesa ficando de frente para mim. -Pelo seu histórico vejo coisas nada boas com seus pais. Começamos por sua mãe, mãe. Está vendo a minha cadeira senhorita? -perguntou e eu assenti. -Olhe para ela e visualize sua mãe, eu quero que coloque seu maior medo pra fora. Faça de conta que está contando a sua própria mãe. Tente... -me lançou um sorriso encorajador e por alguns segundos me permitir fazer aquela maluquice toda.
Flashback On
-Me larga. -Eu gritava plenos pulmões mas ninguém parecia me ouvir. Eu sabia que minha mãe não estava em casa naquele momento mais eu estava rezando mentalmente para que algum vizinho me escutasse e chamasse a polícia.
-Como você é tola, ninguém pode te ouvir minha querida. -Alexandro. Aquele que eu chamava de pai disse antes de me jogar contra a estante da sala e eu ouvi o barulho dos vidros se quebrando e coisas caindo no chão. Minhas costas doíam como o diabo naquele momento, eu só queria sumir.
-Você é um doente. -Cuspi em seu rosto quando ele se aproximou de mim. Eu mal tive tempo de raciocinar e senti uma ardência em meu rosto, ele havia me dado um tapa.
-Vagabunda. -Xingou limpando o rosto rapidamente e colocando a mão no bolso de tirando um pequeno canivete de lá. -Sabe minha querida, eu queria que as coisas não fossem assim, mas a vida não é fácil não é mesmo? -ele passou a lâmina pelo meu rosto não me cortando e eu comecei a suar frio naquele momento, eu conseguia ver em seus olhos, ele estava se divertindo com aquilo, como se fosse a melhor coisa do mundo.
-Para, por favor. -Pedi começando a chorar e ele soltou uma gargalhada alta.
-Oh meu amor não chore, eu prometo que assim que terminar eu tiro seu doce coração e o guardo como lembrança. -Foi ai então que ele começou a passar a lâmina cortando minha bochecha. A dor era insuportável e eu tentava me soltar de suas mãos com toda a força que restava em mim. Como se ele se esquecesse de algo ele parou do nada se levantando e começando a tirar a camisa. -Vamos ver se você fode bem. -Me puxou pelo cabelo me fazendo levantar e eu gemi de dor. Empurrou com brutalidade as coisas que estavam em cima da mesa de centro e foi só quando ele me virou que eu vi que havia uma pessoa ali atrás e quando me deparei com minha mãe ali, sentada eu só fiz gritar e ela apenas riu negando com a cabeça. Alexandro começou a abrir o zíper de sua calça e assim que abriu tirou seu membro pra fora e eu pulei pra trás um pouco. Em um movimento rápido ele rasgou o vestido que eu usava seguido de minha calcinha e foi ai que meu choro aumentou. Olhei rapidamente para minha mãe que ria da cena e assistia tudo como se fosse a final de uma copa do mundo. Gemi alto quando Alexandro penetrou seu membro em mim com força e sem gentileza alguma e começou a estocar cada vez mais forte e eu gemia, não de prazer mas sim de dor e nojo. Apoiei minhas mãos na mesa quando ele as soltou e atrás de mim senti seu canivete foi ai que uma ideia me veio a mente. Segurei o canivete na mão e em um movimento rápido o finquei na barriga de meu pai e ele gritou de dor caindo deitado no chão, olhei para minha mãe que veio correndo até mim mas eu a ameacei com o canivete na mão dei uma rápida olhada pra porta e corri. Corri com todas as minhas forças e sem olhar pra trás. Eu nunca mais olhei pra trás, eu nunca mais voltei.
Flashback Off
-Você assistiu tudo, você viu ele me bater, você viu ele abusar de mim e não fez nada. Vocês eram uns doentes, mas eu voltei, eu voltei e matei um por um. Sabe o prazer que eu tenho ao entrar todos os dias no meu porão e olhar pro coração de vocês dentro daquele vidro que eu guardo? O prazer que eu tive em me vingar dos dois? -eu terminei de falar tudo e foi ai então que voltei a realidade e vi que o médico me encarava pasmo. -Acho que melhor encerrarmos por hoje. Até a próxima consulta, doutor. -Me levantei deixando o psiquiatra ali parado ainda meio surpreso, apenas ri antes de deixar a sala e ir ao encontro de Megan.
Notas Finais
Eai o que acharam? comentem não fiquem na moita.
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Amor Impossível
AcciónSinopse: "Uma história de terror nunca acaba quando quase sempre o vilão se apaixona pelo mocinho, esse jamais é o fim mas sim o começo de tudo. Uma história jamais tem fim quando ambos se amam, pois não importa o que aconteça e onde quer que esteja...