Todos em Família.

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A fazenda Breckenridge - e era a fazenda - estava localizada nos arredores de Illinois em Chicago, assim tivemos que conduzir para chegar. Sabendo que teríamos tempo de sobra para falar, esperei até que estivéssemos na estrada antes de soltar as noticias sobre Celina.
— Morgan viu Celina antes que viesse em Cadogan. — lhe disse. — E lhe deu uma nova medalha Navarro. Ela estava usando quando me atacou.
— Triste de dizer, mas isso não me surpreende inteiramente. Alguma outra informação?
— Morgan não acredita que está na cidade ainda. Aposta que partiu para a Europa. Mas que se está aqui pensa que provavelmente está em um lugar luxuoso.
— Isso encaixaria com o modo de ser de Celina.
— Por muito que odeie admitir, uma vez que a convocação tenha terminado, provavelmente precisamos começar a tomar alguns passos ativos para, não sei, minimizar o dano que ela poderia causar?
— Não há muito que possamos fazer nesse sentido, dada à inutilidade do
PG. Escolheram libertá-la, depois de tudo.
— Eu sei. Mas se o PG não vai evitar essa aberração nas Casas e a Manada, isso é precisamente porque precisamos ter alguma ideia criativa.
— Talvez. — disse logo se deteve.
— Ocorre-me que foi um erro incentivá-la a sair com Morgan.
Contive uma risada.
— Está admitindo que errou?
— Apenas uma maneira de falar. Há tensão entre vocês dois que nos teria
poupado se não houvessem saído. Apenas pode suportar estar na mesma sala juntos.
Meu estomago se revolveu um pouco por sua conclusão, e me perguntei se a próxima oração que sairia de sua boca seria algo parecido a, E falando de relações pouco aconselháveis... Mas se tinha alguma preocupação sobre nós, não disse nada.
— Bom, é água debaixo da ponte agora. — disse.
— Sabe uma vez me disse que ele era muito humano. Não estive de acordo
nesse momento, sendo recentemente humana eu mesma, mas agora o entendo. Ele é inteligente, capaz, divertido...
— Talvez vocês devessem estar saindo.
— Ha. Mas pode ser realmente infantil. Tem sido vampiro por quarenta anos. Deveria ter passado da adolescência e a crise da meia idade.
— Sentinela, há homens que tem sido humanos por quarenta anos, que não tenham passado a adolescência e a crise da meia idade.
Dei-lhe um ponto por isso. Também me ocorreu que na realidade não havia escutado o telefone de Ethan tocar.
— Fingiu uma chamada telefônica para deixar Morgan e a mim a sós?
— Não o fiz. Embora pensasse que seria bom aos dois clarear os ares.
— Já vejo. Quem chamou?
— Catcher, infelizmente. A unidade forense comprovou a moto de Tony.
Encontraram pólvora no tanque, e no acento.
— Humm. Isso não o une ao tiroteio totalmente; não parece bem, dadas às circunstâncias. Tony ou sua Manada levar crédito pelo ataque?
— Não que eu saiba. — Ethan disse.
— Planejo perguntar a Gabriel esta
noite.
Ethan ligou o rádio, e escutamos uma estação publica sobre o ocorrido. Os
edifícios e estacionamentos cederam passo eventualmente às arvores e terrenos, e o Château francês localizado no meio da estância Breckenridge cheia de acres.
Ethan entrou no longo caminho, rodeado hoje, por dezenas de motos dispostas em duas filas. Estas eram um interessante contraste com a mansão de luxo, com suas chaminés, teto inclinado e pedra pálida.
Ethan estacionou o carro no final de uma das filas de motos. Hesitei, me
perguntando se devia levar a katana comigo. Defendi o caso, a pergunta em minha expressão.
— Traga-a. — Ethan disse, pegando sua própria espada. — Se o ataque ao bar estava dirigido a Gabriel, não podemos estar certos de que um membro da Manada não esteja envolvido.
— Suficientemente justo. — disse e peguei a minha, também.
Caminhamos o resto do caminho até a porta principal. A última vez que
havíamos estado aqui, um assistente de luvas brancas havia nos ajudado a sair do carro, e a Sra. Breckenridge, a mamãe de Nick, havia nos esperado dentro.
Hoje nossas boas vindas foi um pouco diferente.
Ela abriu a porta com força, logo apoiou uma mão em seu quadril.
— Eu os tenho Sra. B. — gritou; expectativa nos olhou. Era alta e em forma, usava uma camiseta apertada. Botas negras até os joelhos, cobrindo seus apertados jeans, e suas curtas unhas estavam reparadas e pintadas com um preto brilhante. Uma dúzia de aros furados em cada orelha, e seus pulsos; estavam tatuados com tribais parecendo braceletes. Tinha traços delicados e os mesmos olhos dourados de Gabriel, seu cabelo era uma massa de cachos banhados pelo sol, que caiam até seus ombros.
Outro Keene, supus.
Deu-me uma olhada rápida, e logo trocou seu olhar para Ethan.
— Sullivan?
Ethan inclinou sua cabeça.— E Merit.
— Estão no lugar certo. — ela disse. - A Sra. B disse que já haviam passado a parte de convite vampírico, assim que estendeu o convite por esta noite ou o que seja.
Entrou, sustentando a porta aberta para nos permitir entrar.
— Vamos, entrem.
Ethan entrou; eu o segui, captando uma nuvem de perfume cítrico e espécies enquanto passava pela garota.
— Não escutei seu nome. — Ethan disse.
Ela estendeu uma mão. — Fallon Keene.
— Ethan Sullivan. — disse ele, sacudindo sua mão.
Voltou-se para mim.
— Merit. — eu disse, fazendo o mesmo.
— Direi para Gabe que estão aqui. — disse; logo nos olhou torto.
— Vampiros numa festa da Manada. Esta é definitivamente uma nova era. — seu tom foi o suficientemente sincero, que não estava certa se aprovava ou desaprovava esta nova era.
A resposta de Ethan não foi tão equivoca.
— Esperemos que sim. Esperemos que sim.
A casa cheia de gente, felicidade e mágica, mágica picante. Homens e
mulheres comiam e bebiam, falavam enquanto crianças corriam de lá pra cá entre eles, que em suas expressões, jogavam com as mãos. As portas do elegante salão de baile estavam abertas, e um grande Buffet cheio de comida estava encostado contra uma parede. Parecia mais uma reunião de vizinhança que uma última (pré-convocação) cena.
— Merit!!!!
Antes que pudesse raciocinar, Jeff estava na minha frente; braços ao meu redor, seus lábios pressionados em minha bochecha.
— Estamos tão contentes, de que esteja aqui.
Sorri e o abracei em resposta. Presumi que seu jubilo tinha a ver com sua paixonite por mim, ao menos até que chegou Ethan e lhe deu o mesmo esmagador abraço. Ethan, impotência em seu rosto, me olhou. Pisquei-lhe em resposta.
— Isto é grande, vocês estando aqui. — Jeff disse, liberando Ethan e retrocedendo um passo. — Grande. Nunca temos tido vampiros em uma cena antes.
— Isto é absolutamente uma cena. — Ethan disse; seu olhar observando a
multidão.
— Isto é fabuloso. Vocês dois deveriam obter algo para comer. Conheceram Fallon?
Assenti.— Nos encontrou na porta. É a irmã de Gabriel?
— Sua única irmã. A segunda na linha de sucessão ao trono, por assim dizer. Jeff confirmou.
— A maioria do resto deles está aqui esta noite. — apontou através da
multidão a vários homens com jubas de leão, todos eles compartilhando o cabelo leonino dos Keene. Adam levantou a vista e saudou; covinhas iluminando o canto de sua boca. Duas jovens crianças, com carros de plásticos em mão, correram repentinamente entre nós, deixando sons de vroom em seu caminho.
— É uma grande ocasião. — Ethan observou.
— Estamos juntos. — Jeff disse. — Uma família, reunida. Essa é uma boa razão para celebrar, inclusive se a ConManada significa que deveríamos deixar vocês. — me olhou com preocupação em seus olhos. — Não gostaria de ir. Não gostaria ter que te abandonar.
— Eu sei. — o confortei, logo apertei sua mão. — Não gostaria que você se
fosse.
Seus olhos se alargaram, um rubor carmesim subindo repentinamente por suas bochechas.
— Em um modo platônico, Jeff. Em um modo de amigo querido.
— Menos mal. — disse; seus ombros se balançando de alivio. — Na
realidade gostaria de falar sobre isso.
Pelo rubor em suas bochechas, fiz uma suposição.
— Jeff, há alguém mais?
Ofereceu alguns incertos Humms e uhhs, mas quando seu olhar percorreu pela multidão, e seguiu o cabelo cacheado de Fallon Keene através do salão, obtive minha resposta.
— Ela sabe?
Voltou seu olhar para mim, e o rubor juvenil havia se convertido em algo
muito mais adulto.
— Claro que sabe. Tenho um jogo muito sério, Merit.
Inclinei-me e pressionei um beijo em sua bochecha.
— Sei que o faz, Jeff. Agora, além do seu affair com Fallon Keene, o que há na agenda esta noite?
Jeff se encolheu.
— Isto é quase tudo. Lembrar-se. Desfrutar da companhia um dos outros. Gabe dirá algumas palavras depois. E comida, claro. — ele ergueu suas sobrancelhas. — Já viu o Buffet?
— Apenas deste lado do salão.
Jeff estalou sua língua para Ethan.
— Se quiser fazer o correto com ela,
melhor lhe conseguir um prato.
Com isso, desapareceu entre a multidão. Ethan e eu ficamos de pé ali em silêncio por um momento.
— Deveria supor que ele é minha concorrência?
— Então estaria no caminho certo. — lhe deslizei um olhar. — Tem alguma estratégia para me atrair melhor?
Sorriu lentamente, maliciosamente. — Acredito que tenho demonstrado
meu valor atraindo-te, Sentinela.
Grunhi, mas por dentro sorri, pela réplica inesperada, e muito mais
divertida. Estávamos realmente juntos? Estava isto realmente acontecendo?
— Bom; adivinho que poderia seguir seu conselho. Está faminta?
— O suficiente surpreendentemente, não neste momento.
— Os milagres nunca acabam?
— Vai. — disse; logo escaneei a massa de Metamorfos. Pais carregando
crianças, pratos eram passados entre os membros da família, e namorados abraçados. — Esta não é uma típica festa Breckenridge.
— Meus pais fazem todo o tipo de festas. — disse uma voz atrás de mim.
Ambos olhamos para trás, Nick Breckenridge, alto, sombrio, e lindo, estava de pé atrás de nós, mãos em seus bolsos. Usava uma camisa escura abotoada, as mangas enroladas, e jeans escuros. Seu cabelo tinha um corte César, seus olhos eram azuis. Tinham um nariz romano e uma frente pesada, e era lindo num modo
que era um soldado espartano, estoicamente formoso.
Por um momento, estava mantendo um aferro estoico de suas emoções. Já veríamos quanto durava isso...
— Vingadora de rabo de cavalo? — perguntei em voz alta.
— Não foi minha ideia.
— Presumo que a história não foi tampouco?
Nick assentiu com sua cabeça.
— O editor originalmente a passou a alguém mais. Os convenci de que a história seria uma carga para escrever e deixei de mão.
Não precisamos de um jornalista se metendo ao redor do bar, perguntando sobre os caras com jaquetas da NAC.
— Foi horrivelmente pró- Casa Cadogan. E pró- Sentinela.
— É possível que tenha me apressado ao julgar. — Nick disse. — Sou capaz
de admitir quando me equivoco. Mas, mais importante, mantém o foco nos
vampiros.
— E fora dos Metamorfos?—terminei.
Assentiu.
— Compreensível. Não sabia que estava trabalhando para o diário.
— Apenas por conta própria por agora. — Nick olhou entre Ethan e eu. — É uma grande coisa, vocês estarem aqui. Gabriel avaliando vocês.
— É o que temos ouvido. — Ethan disse. — E apreciamos a oportunidade.
Ficaram em silêncio por um momento, medindo-se um ao outro, presumi, e debatendo se fariam a paz ou a guerra.
— Falando em Gabriel. — disse, fazendo gesto para o salão. — É isto uma forma de reparar as cercas?
— Como você sabe, fui à principal força motriz por trás de algumas
ondulações que ele não ficou feliz sobre isso. — Nick esteve escuramente de acordo. — Mas espero que eventualmente possa recuperar sua confiança. Este é um passo nessa direção. E sobre a ConManada, não acredito que a Manada vote por ficar.
— É uma possibilidade que se vão. — Ethan disse. — E se esse é o voto que
eles fazem, suponho que descobriremos como nos adaptar.
Perguntei-me se os Breck teriam que se adaptar também. Pelo que havia
visto, eles não parecem os típicos Metamorfos - sem Harley e sem couro. Em troca, eles eram uma família com forte laço com Chicago e com laços mais fortes com sua terra.
— Se eles votam por ir. — lhe perguntei. — Vocês iriam? Pegar ao Michael, Fin e Jamie, com seus pais e se dirigir ao norte?
— Não posso contar isso.
Inclinei minha cabeça para ele.
— Porque é um segredo?
— Porque não o sei.
Havia derrota e culpa em sua voz. Era a culpa de um homem que queria
acreditar, mas que não havia decidido realmente em atuar como seguidor do líder.
Inclusive considerando o drama que Nick havia criado aos vampiros, meu coração se apertou em simpatia. A dúvida era uma coisa cruel, assustadora.
Nick se liberou de futuras predições ao separar-se na multidão. Pude ver
algumas pessoas se voltando em nossa direção, e logo Berna estava a nossa frente, tendo aberto caminho entre os Metamorfos, com um prato recheado de comida nas mãos. Desdobravam-se por uma variedade de carnes, verduras e um rolo de repolho cozido colocado em cima como uma cereja em um bolo.
Os Metamorfos ao nosso redor ficaram em silêncio e voltaram seus olhares para as duas mulheres de pé, enfrentando-se: eu: alta e delgada vampira com um escuro rabo de cavalo e brilhante processo de corar, e Berna, a baixa, mulher redonda, cabelo grisalho e dedos grosso, seus braços esticados com a oferenda.
Empurrou o prato para mim.
— Come.
Comecei a responder, mas o veneno em seus olhos me fez pensar duas
vezes.
— Obrigado Berna. Foi muita consideração da sua parte me trazer um prato.
— Humph. — disse, logo tirou um garfo do bolso no peito da sua camisa de algodão. Entregou-me, também. Dei um olhar para Ethan, e com seu assentimento, e para a diversão dos Metamorfos que observavam o intercambio, afundei o garfo na caçarola de batatas, e deu uma mordida.
Meus olhos se fecharam enquanto saboreava a misturas de batatas,
manteiga, páprica e mais creme do que deveria ser permitido em um único prato.
— Oh Berna. Isso está incrível.
— Mmm-hmm. — ela disse; auto satisfação em sua voz. Abri meus olhos para vê-la girar em seus calcanhares e afastar-se, a multidão a tragando novamente.
Engoli outro pedaço da caçarola, logo apontei o garfo para Ethan. O olhou
por um momento, mas, com meu próprio olhar ameaçador, se inclinou.
Meio segundo depois, seus olhos se fecharam para desfrutar o pedaço.
— Eu te disse. — lhe disse, logo peguei de volta o garfo.
— Tem um dom.
— Eu sei; certo? — disse ausente, mas já estava longe outra vez, a deriva em um mar de carboidratos.
Depois de um momento, Nick se fundiu de volta na multidão, e Ethan se afastou para fazer uma ligação, me deixando no meio da Manada. Aí foi quando Adam fez sua aproximação. Ele estava vestido de forma casual, uma camisa fina de algodão sobre seus jeans, grossas botas, e uma larga corrente com um pendente celta ao redor do seu pescoço.
— Vocês dois parecem estar impactando. — disse. — Berna não cozinha para muitos. Sei que apreciou o que fez por ela.
— Estou simplesmente contente de ter podido chegar a tempo. — disse, logo assenti para a multidão ao redor de nós. — Parece que todos estão passando por um grande momento.
— Usualmente o fazemos. Este é o tipo de coisas que fazemos em casa.
Grandes reuniões, churrascos, esses tipos de coisa.
— Soube que Gabriel vive em Memphis. É ali aonde você vive também?
Adam sorriu com malicia, lábios curvados, com suas profundas e
impertinentes covinhas. Supondo que poderia ter chamado seu sorriso de lupino, já que havia algo definitivamente predador nele.
— Vivo aonde quero.
— É um nômade, ou apenas teme os compromissos?
Desta vez sorriu com dentes.
— Quer me provar?
Bufei. — Já tenho problemas suficientes manejando aos vampiros em minha vida.
— Como sabe que os Metamorfos não seriam mais fáceis de manejar?
— Não se trata de quão fáceis ou difíceis são de maneja. É sobre controlar as pessoas que precisam que as controlem. Prefiro uma existência livre de drama.
— Provavelmente não deveria ter se transformado em vampiro.
— Não tive exatamente escolha.
Isso o parou. Seu sorriso caiu, mudando para uma expressão de leve curiosidade mórbida.
— Não teve opção? Pensei que os vampiros tinham que dar juramentos? Consentir a transformação ou algo assim?
Afastei o olhar e umedeci os lábios nervosamente. Ainda que a cidade
inteira soubesse que havia sido convertida em vampiro, os detalhes da minha troca, o detalhe que não havia consentido particularmente. era apenas conhecidos por poucos. Havia feito essa declaração sem pensar..., mas não estava certa de estar preparada para dizer a este garoto a verdade, com ou sem covinhas.
— Havia mais considerações do que o drama. — lhe disse, esperando que
isso respondesse sua pergunta o suficiente para evitar me perguntar mais. — Não era sobre me converter em vampiro. — era sobre me manter com vida. — Essa é a realidade para alguns de nós.
Quando olhei para ele novamente, havia algo surpreendente em seus olhos, respeito.
— É uma lutadora. — concluiu.— Uma guerreira de algum tipo.
— Sou a Sentinela da Casa. — disse. — Uma guardiã, no modo de falar.
— Um cavaleiro entre reis?
Sorri. — Algo assim. E como passa suas horas de vigília, Sr. Keene? Além de cortejar garotas com essas;covinhas?
Baixou o olhar timidamente, mas não o comprei, definitivamente não
quando levantou seu olhar novamente, sorrindo com malicia.
— Sou um homem de prazeres simples, Sra. Sentinela.
— E quais são esses?
Encolheu os ombros negligentemente, logo balançou uma mão a um homem que passava com copos plásticos em uma bandeja. Para uma família, supus. Adam pegou dois, logo me entregou um.
— A próxima vez que bebermos uma bebida, o farei de forma mais elegante. Quais são as minhas oportunidades?
Tomei um gole do quente suco de maça.
— De zero a nenhuma.
Sorriu de boa vontade.
— Reclamada?
— E sem interesse.
— Ouch, — disse, soltando a palavra. — É do tipo atrevida. Gosto disso.
Apesar de eu mesma sorrir. Não estava tentada por sua oferta - e de fato, ao que parece, estava reclamada - mas isso não o fazia menos encantador. Adam Keene era uma combinação letal de boa aparência, encanto e um fundo de maldade.
— Também sou do tipo curiosa. — admiti. - E em poucos minutos que
temos estado aqui, tem evitado cada pergunta pessoal que fiz.
Afirmou sua mão livre no ar.
— Sinto muito, sinto. Não pretendia ser evasivo. É um vampiro; e eu sou um Metamorfo. E embora me encante a vibração Romeo e Julieta entre nós tendemos a ser um pouco cautelosos quando trata-se de responder aos vampiros.
— Posso entender isso. — assenti. — Mas isso não me faz menos curiosa.
— É obstinada, não é verdade?
Estava escutando isso muito ultimamente.
— Eu sou. — admiti.— Tentaremos novamente. O que desfruta fazer, um Metamorfo como você em seu tempo livre?
— Bom. — disse, baixando o olhar ao chão e piscando enquanto o considerava. — Vou a churrascos. Um pouco de levantamento. Jogo bem a guitarra.
Levantei minhas sobrancelhas.
— Toca guitarra? Ou seja, joga? — fiquei imaginando a dois homens em um intercambio de artes marciais mistas, tirando a merda do outro com guitarras acústicas, madeira e cordas voando.
Soltou uma risadinha.
— Jogar é tocar. Eu perturbo com uma sequência de doze cordas. Nada formal. Algo apenas para relaxar, talvez de volta ao campo com uma cerveja, olhando as estrelas.
— Isso soa como uma boa maneira de passar a noite. — me perguntei onde
estava localizado esse terreno.
— Aonde é? — perguntei outra vez.
Fez uma pausa, brincando com a borda do copo de plástico, logo levantou o olhar para mim.
— Tem razão sobre Memphis. — disse finalmente. — Temos um covil no lado leste, fora da cidade, assim o brilho não cruza o caminho das estrelas. — franziu o cenho. — É raro estar aqui na cidade grande, um montão de coisas para ver, e gosto da água, mas não há estrelas.
— Não muitas. — estive de acordo. — Mas não tenho visto realmente muitas delas de todos os modos. Eu vivi em Nova York e na Califórnia.
— Parece que te agrada o concreto.
— Parece ser desse modo. Embora a ideia de estar ao ar livre no campo com uma cerveja na mão soa bastante bem agora, também.
— Esse é exatamente o ponto, não é?
Inclinei minha cabeça para ele.— O que quer dizer?
Adam fez um gesto para o salão.
— Isto. Tudo isto. Todos nós poderíamos estar no campo com uma cerveja na mão. Ao invés de estar fazendo isso, estando em uma elegante casa em Chicago, esperando discutir sobre o futuro. — deu de ombros. — Farei o que Gabe me peça para fazer, mas entendo a urgência de voltar para casa.
— Falando do drama, tem tido alguma noticia de Tony? Aceitou a responsabilidade pelo ataque? De desafiar Gabriel?
Adam sacudiu a cabeça.
— Não até aonde eu sei. Mas essa é uma pergunta para Gabriel.
— Você sabe, acredito que acabamos de ter uma verdadeira conversa. Isso não esteve tão mal, não é mesmo?
Levantou uma mão até seu pescoço. — Minha carótida parece estar intacta,
então, não, não foi tão duro.
— Nem todos nos jogamos de cabeça para abrir uma veia, sabe.
Bom, ao menos que me coloquem em uma sala com Ethan Sullivan.

Mordida duas vezes 3Onde histórias criam vida. Descubra agora