O meu lugar

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           Depois daquele breve momento com Nishinoya, Asahi queria desesperadamente chegar em casa, a cada minuto que se passava, mas o seu passo ficava apressado. Não conseguia esquecer do olhar de Nishinoya, aquele olhar de raiva.

            Ao chegar em casa, ele despencou. Todas as lágrimas que havia segurado agora rolavam sem parar. Apesar de seu corpo forte e de seus 1,84 de altura, sempre havia sido muito sensível e aquele encontro com Nishinoya havia o destruído. Queria tanto falar com ele, se entender, fazer tudo ser como antes.

            Não sabia mais o que fazer para concertar as coisas com Nishinoya, mas sabia que apenas ficar chorando não iria resolver nada. Muitas coisas se passavam pela sua cabeça, gostaria de falar com alguém, mas quem? Pegou seu celular e enxugou as lágrimas enquanto ouvia o som da chamada.

- Asahi! Você quer me falar algo, como por exemplo: "vou voltar pro clube"?

- Ah, oi, Suga.

- Asahi? Você está bem?

- Eu... vi o Nishinoya hoje.

- Ah, sério? E então?

- Eu tentei conversar com ele, mas... ele...

- Ele o que?

- Eu não sei o que devo fazer... eu queria consertar tudo, mas... ele não quer conversar comigo. – Asahi segurava as lágrimas, mas sua voz chorosa não passava despercebida.

- Asahi, você só não volta porque se sente culpado, não é? O Noya não te culpa por aquilo, na verdade, nenhum de nós. Ele insistir tanto para que você volte não é nenhuma birra ou capricho, acho que ele faz isso porque se importa muito com você. Não é só por a gente, é também por você. Asahi, onde você gosta de estar? O que o clube de vôlei é pra você?

- Suga, obrigado.

- Ah, mas não foi nada.

- Pra mim, o clube de vôlei é o meu lugar. Até mais.

- Até...

         Suga pareceu confuso, aquilo significava que ele voltaria para o clube? Ele não sabia direito, mas o que sabia era que Asahi reconhecia claramente que o clube de vôlei da Karasuno era o seu lugar.

Hikari AreOnde histórias criam vida. Descubra agora