Eu sei o que sinto por você

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Asahi havia treinado mais do que o necessário na última sexta, seu corpo estava dolorido e aproveitando o sábado, ficou na sua cama até mais tarde, ficaria por mais tempo se não fosse por seu celular tocando incessantemente.

Nishinoya não o ligaria, sua mãe estava em casa, Sugawara? Só se algo grave ou urgente tivesse acontecido. Acompanhado por esse pensamento, pegou o celular e atendeu sem nem mesmo confirmar a quem pertencia o número.

– Alô?

– Você demorou muito pra atender. – Asahi quis se matar quando reconheceu a voz no outro lado da linha.

– Eu tava dormindo e você me acordou.

– Desculpe, onii-chan.

– O que você quer?

– Só te avisar que na segunda tô chegando aí.

– Legal, pode vir fazer uma visita. – Asahi não conseguia esconder sua voz de tédio.

– Como assim visita? – A garota fingiu irritação. – Vou ficar hospedada aí.

– O quê!? Não tem outro lugar pra ficar? Por que não avisou antes? Essa casa é da minha mãe, precisa da permissão dela.

– Acha que ela vai me negar hospedagem?

– Não... – Asahi bufou de raiva.

– Então, tudo bem, né? Você avisa a ela.

– Ok, Yui. Só me avise antes de vir.

– Vou avisar, sim! Até mais, beijão.

O garoto desligou a ligação sem dizer mais nada. Não tinha paciência para lidar com a irmã mais nova. Por mais que ela tentasse parecer a pessoa mais agradável do mundo, era tudo disfarce e ele sabia muito bem disso.

Sabia que sua mãe também não gostaria nem um pouco daquela ideia, mas também não iria se contrapor para não causar uma confusão maior. Teriam que aguentar Yui.

O atacante caminhou até o lado de fora de seu quarto e viu sua mãe saindo do banheiro, enquanto tentava colocar um brinco. Ela estava mais arrumada que o normal. Asahi estranhou e a seguiu até seu quarto.

– Mãe?

– Ah, decidiu levantar, finalmente?

– Poderia ter me chamado se queria que eu acordasse cedo.

– Tanto faz, Asahi. Eu to com pressa.

– Vai sair?

– Vou.

– Aonde vai? Parece arrumada demais.

– E qual o problema? Não foi você que disse que eu devia sair e me divertir? Então, é isso que estou fazendo.

– E com quem você vai sair?

– Um amigo.

– Amigo?

– Asahi, me deixa em paz. Por que não sai pra dar uma voltinha com o Suga ou algum dos seus outros amigos?

– Posso mesmo?

– Esteja em casa antes das quatro.

– Ok, obrigado! – Asahi se aproximou e abraçou a mulher. – Boa sorte com seu amigo.

– Asahi!

Contendo a risada, o garoto saiu do quarto de sua mãe e foi até o seu, mas na metade do caminho lembrou que ainda tinha algo para falar, fazendo-o voltar novamente.

Hikari AreOnde histórias criam vida. Descubra agora