Você é péssimo em mentir

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Asahi deve ter chegado uns dez minutos atrasados aquele dia, mas sua mãe já estava em casa, esperando-o, daquela forma, ela acabaria sendo demitida do trabalho, pensou o atacante. Estava contendo pelo o que havia acontecido com Nishinoya, a promessa de tentarem ficar juntos apesar de tudo, mas também se sentia mortalmente triste quando pensava em tudo aquilo, não sabia bem o porquê.

Sua mãe esperava na sala, com seu ar de autoridade, ela estava pronta para dizer algo quando viu o cabelo bagunçado, os olhos vermelhos e inchados e a expressão triste estampada no rosto do filho. Aquilo acabou desarmando-a, seu filho foi até o quarto sem dizer uma palavra, ela o seguiu.

- Meu filho, aconteceu algo com você? Alguém bateu em você?

- Eu estou bem. – Respondeu de forma fria e mentirosa.

- Claro que não está! Se alguém te fez algo, me diga agora!

- ... sim, fizeram algo comigo... – Asahi não a olhava.

- O que fizeram?

- ...

- Quem fez isso com você?

- ... você. – O filho fechou a porta do quarto sem dizer mais nenhuma palavra.

No dia seguinte, quando acordou, sentia-se melhor, mas decidira evitar qualquer contato com sua mãe, ela teria que entender aquilo alguma hora. Sabia que apesar de toda a sua preocupação na noite passada, ela continuava odiando a ideia do filho estar se envolvendo com outro garoto. Isso não havia mudado em nada.

Quando chegou a Karasuno, caminhou lentamente até sua sala enquanto observava ao redor dos corredores, então alguém bateu em suas costas, assustando-o por o pegarem procurando alguém.

- Bom dia! Como está se sentindo hoje?

- Yuu! – Asahi sentiu vontade abraça-lo, mas aquilo seria estranho bem ali no meio dos corredores. – Melhor agora! E você?

- Aaaaa... eu estou bem, só senti saudades. – Respondeu o menor.

- Que coincidência, eu também, sabia?

- Aaaaa.... Seria estranho se a gente se abraçasse aqui?

- Infelizmente, eu acho que sim.

- Então, vamos para outro lugar. Vem.

- Quê? Que lugar?

O pequeno líbero apenas ria enquanto caminhava pela Karasuno, fazendo o maior segui-lo enquanto olhava preocupado para os lados. Enfim, chegaram no último andar, perto das escadas, onde não havia mais ninguém. O atacante ainda olhava em volta quando o líbero pulou em suas costas, fazendo os dois rirem.

Depois de descer, Nishinoya puxou a camisa de Asahi, fazendo com que ele o beijasse, o maior apertou a cintura do menor enquanto suas línguas se encontravam fazendo com que o beijo ficasse cada vez mais intenso.

Quando, enfim, se afastaram, caminharam de volta as suas salas. Asahi parecia sem jeito com a situação, mas Nishinoya continuava tentando fazer cócegas no atacante de forma extremamente natural.

O atacante tentou ao máximo se concentrar na aula, mas vez ou outro, seu pensamento voava até Nishinoya. Sugawara ria sempre que percebia que isso estava acontecendo e dava uma batidinha em seu ombro, fazendo com que ele ficasse ainda mais sem jeito.

Chegada a hora do treino, Nishinoya chegou aplicando um golpe sutil nas costelas de Asahi e os dois começaram a rir sem parar. Por todo o restante do treino, se concentraram arduamente, afinal, o vôlei era realmente muito importante para eles. Uma vez ou outra, os dois se olhavam e trocavam um sorriso.

Hikari AreOnde histórias criam vida. Descubra agora