Quando voltarmos para Miyagi

1.5K 176 127
                                    

Naquele dia, ou madrugada, Asahi acordou com as batidas de sua mãe na porta de seu quarto, soltou um lamento baixo e abriu a porta. Sua mãe entrou em seu quarto sem dizer nada, pegando suas coisas, enquanto o filho a olhava de forma confusa.

– O que tá olhando, Asahi? Não vai me ajudar a levar suas coisas pro carro? Afinal, as coisas são suas. – Reclamou a mulher.

– Mãe, ainda tá muito cedo.

– Tanto faz, eu não vou deixar você sair de casa sozinho a essa hora e só posso ir te deixar agora, então, vamos logo.

– Eu preciso me arrumar.

– Então, por que ainda tá parado aí? Vai logo!

Asahi se dirigiu até o banheiro, mas antes pegou seu celular e verificou a primeira mensagem que chamou sua atenção. "Você já acordou? É bom que sim! Daqui a pouco o Tanaka chega aqui pra gente ir. Espero que já esteja lá quando eu chegar, Asahi! ". O atacante riu de forma boba com a mensagem de Nishinoya.

– Asahi. – O garoto olhou assustado para sua mãe. – Por que ainda tá parado aí com esse celular, garoto? Vai logo!

– Já to indo. – Certificou-se de levar seu celular com ele, não confiava tanto assim em sua mãe.

Nishinoya estava sentado na calçada junto com Tanaka e falavam sobre coisas aleatórias e piadas internas que tinham entre eles. Às vezes, o menor parava e olhava para uma determinada direção.

– Dá pra baixar esse fogo, Yuu? Logo, logo o Asahi chega, meu Deus!

– Sai daqui! Isso é inveja! – Nishinoya empurrou Tanaka de leve.

– Inveja de que? Deus me livre ter que beijar o Asahi, credo. – Tanaka fez uma cara de nojo.

– Idiota. Pois saiba que é ótimo. – Nishinoya estava rindo.

– Ok, vou testar.

– Cala a boca, idiota! – O líbero pareceu mais nervoso dessa vez. – Melhor ter um pouco mais de amor a sua vida.

– Uh! Tá nervosinho!

– Só queria te lembrar que amigo vacilão morre cedo. – Nishinoya tentava se manter sério, mas estava rindo junto com Tanaka.

– Olha só, parece que seu príncipe chegou. – O menor dos dois, imediatamente, correu seu olhar até onde Tanaka apontava. Na mesma hora, seus olhos encontraram os de Asahi e os dois sorriram. – O amor é tão lindo. – Tanaka continuou a provocar.

– Inveja, só isso. Espera aí. – Disse Nishinoya, levantando-se e caminhando até o recém-chegado ali.

– Vai lá. Deus me livre ficar de vela.

O líbero se aproximou e acertou as costelas de Asahi, que já esperava pela ação e não se surpreendeu tanto, mas ainda fez uma careta de dor. Bagunçou o cabelo do menor como um sinal de vingança.

– Você sabe como dá trabalho pra arrumar meu cabelo? – Choramingou o líbero.

– Bom dia pra você também, Yuu.

– Boa madrugada, Asahi. Vamos entrar? – Nishinoya apontou para o ônibus.

– Vamos. – Caminharam juntos e Asahi cumprimentou Tanaka quando ele os alcançou. – Vocês vão sentar juntos? – O atacante pareceu sem jeito ao fazer a pergunta.

– Eu não quero destruir um casal! – Exclamou Tanaka.

– E você? – Perguntou o menor.

– Eu posso sentar com o Suga. – Asahi olhou para o levantador de cabelos cinzas que parecia muito envolvido em algum tipo de brincadeira com Daichi. – Ou não.

Hikari AreOnde histórias criam vida. Descubra agora