Quero um tempo com você

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Os meninos ainda estavam comendo animados, todos reunidos e sem hora para irem embora da casa de Sugawara, quando ouviram batidas na porta, fazendo com que diminuíssem o volume de toda sua barulheira e se entreolhassem, dirigindo os olhares para o dono da casa, em seguida.

- Não olhem pra mim, eu não estou esperando ninguém e meus pais só deviam chegar a noite. – Comentou o levantador de cabelos cinzas, enquanto se levantava e caminhava até a porta.

A imagem com a qual se deparou foi a de uma mulher com um olhar furioso que forçou um sorriso ao vê-lo e fez com que Sugawara também lhe lançasse um sorriso forçado e movesse seu corpo, impedindo que a mulher olhasse para o interior da casa.

- Asahi está aí? – Perguntou, mantendo seu sorriso forçado.

- Claro, em que outro lugar ele poderia estar? – Sugawara se arrependeu imediatamente das palavras que havia escolhido, aquilo havia sido muito acusatório. – Asahi, sua mãe veio te buscar! – Gritou para o interior da casa, ainda impedindo voluntariamente a passagem da mulher.

Na cozinha, Asahi arregalou os olhos ao ouvir a voz de Sugawara, não era muito cedo para que ela viesse busca-lo? Claro que era, e o atacante sabia o porquê daquilo. Como que lendo seus pensamentos, Hinata lhe dirigiu a pergunta.

- Ainda não é muito cedo pra ela vir te buscar?

- Ah... acho que temos algo pra fazer... talvez... – Tentou justificar, um pouco sem jeito, enquanto se levantava da mesa e caminhava até o quarto de Sugawara, onde havia deixado suas coisas.

Na mesma hora, o líbero da Karasuno levantou-se também e seguiu o atacante, sem se importar com o olhar curioso dos outros. Ao chegar no quarto, viu o atacante arrumando suas coisas apressadamente, parecia procurar algo quando se virou e quase deu de cara com Nishinoya entregando-lhe seu celular.

- Aqui. É o que está procurando?

- Sim, obrigado. – Um silêncio se instalou entre os dois, mas ambos sabiam que não poderia durar por muito tempo, a mãe de Asahi já deveria estar fazendo altas teorias relacionadas a demora do filho. – Eu sinto muito por não poder ficar mais tempo com você.

- Não é culpa sua, depois...

As palavras do menor foram interrompidas pelo abraço do maior, que o apertava cada vez mais forte como se não quisesse soltá-lo, e não queria mesmo, mas precisava. Desceu até a boca de Nishinoya para lhe dar um rápido selinho, sem se importar em verificar se alguém estava por perto e poderia vê-los, porém, o líbero não separou seus lábios do outro, pedindo passagem com sua língua que logo foi cedida, enquanto Asahi apertava mais ainda seu pequeno corpo contra si. Por fim, obrigaram-se a se separar.

- É melhor você ir logo, ela deve estar morrendo de raiva a essa hora.

- Tem razão.

Ambos deram um sorriso forçado e Asahi beijou a testa de Nishinoya antes de sair apressado. Ao chegar na porta de entrada da casa, se deparou com um Sugawara puxando conversa com sua mãe que mantinha uma expressão de pura impaciência.

- Ah, você demorou, Asahi! – Falou Sugawara, fingindo indignação. Aquele menino era mesmo uma figura.

- Eu estava pegando minhas coisas, não conseguia achar meu celular. – Disse o atacante, tentando ao máximo agir naturalmente.

- Vamos logo. – Falou sua mãe, friamente, enquanto se virava e caminhava até seu carro, seguida por Asahi. – Tente não demorar tanto da próxima, você sabe que eu sou ocupada, não é?

- E você sabe que eu não te pedi pra vir me buscar, eu poderia ter ido pra casa sozinho, na hora que eu quisesse. – Até Asahi mesmo se surpreendeu por estar respondendo sua mãe daquela forma, mas aquilo realmente o estava chateando, toda aquela vigilância de sua mãe, como se ele fosse um bandido ou um doente mental.

Hikari AreOnde histórias criam vida. Descubra agora