Nós precisamos terminar

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– Talvez se a gente der um sumiço em você!

– Não acho que vai funcionar, Suga. – Asahi deu um sorriso forçado.

– Forjar sua morte? – Insistiu Sugawara.

– Você tá superando até eu nas ideias ruins, hoje. – Disse Tanaka.

– Que ofensa! – Os meninos começaram a rir e Asahi também, mas seu riso se desfez aos poucos quando viu Nishinoya no canto de seu quarto, imóvel, ele não havia dito uma palavra desde que chegara.

– Ele também não quis falar comigo. – Disse Tanaka, adivinhando os pensamentos de Asahi.

– Acho que a gente devia deixar vocês sozinhos pra conversarem. – Sugeriu Daichi.

– Ah, não, eu quero ficar mais com o Asahi! – Disse Sugawara, agarrando o braço do atacante.

– A gente ainda vai se ver, Suga. – Asahi deu um sorriso forçado.

– Eu sei, mas...

– Vamos, Suga. – Disse Daichi passando o braço pelo ombro de Suga e caminhando até o lado de fora da casa de Asahi.

– Até mais, Asahi. – Disse Tanaka, antes de acompanhar o casal.

Asahi se aproximou lentamente de Nishinoya, mas o líbero continuou como estava, fazendo o atacante hesitar sobre o que deveria fazer. Sabia que mil coisas se passavam pela cabeça do mais novo, mas não sabia exatamente que tipo de coisas eram. Resolveu continuar calado ao lado de Nishinoya, já que não sabia o que dizer.

– É tudo culpa minha, né? – O líbero cortou o silêncio depois de alguns minutos.

– O que quer dizer com isso, Yuu? Você não tem culpa de nada. – Asahi tocou o cabelo do mais novo, acariciando-o.

– É claro que eu tenho! Se eu não tivesse te convidado pra ir na minha casa e se eu não tivesse pedido pra você ficar mais depois, nós não teríamos acabado dormindo demais e seu pai nunca saberia disso... – Nishinoya parou para enxugar as lágrimas que desciam descontroladamente. – Você não teria que deixar tudo e todos que gosta pra trás agora se eu não tivesse me metido tanto na sua vida! Eu realmente me odeio!

– Não fala assim, Yuu. Você não tem culpa de nada. – Asahi puxou o líbero para um abraço, mas Nishinoya o afastou novamente.

– Não tente me consolar! Não tente agir como se estivesse tudo bem, porque não tá! – Disse Nishinoya em meio aos seus soluços, aumentando seu tom de voz.

– Yuu, eu não estou te culpando por nada! Ninguém está te culpando além de você mesmo! Será que pode parar com isso? – Pediu Asahi, nervosamente.

– Não precisa ficar me tratando como criança, eu sei quando estou errado! – Nishinoya gritou e Asahi apenas o observou.

– Ok, Nishinoya. Eu vou embora e nós não podemos fazer nada pra mudar isso e se é assim que você quer se despedir de mim, eu vou respeitar sua decisão.

Asahi saiu de seu quarto, deixando Nishinoya sozinho, foi até a cozinha e apoiou suas mãos na mesa, se sentia tonto, pouco a pouco as lágrimas começaram a rolar e ele sentiu dois braços pequenos circularem sua barriga.

– Desculpa, eu não queria gritar com você. – Disse Nishinoya, apoiando seu rosto nas costas do atacante.

– Eu sei.

– Não me chame mais de Nishinoya, por favor.

– Tá, desculpa por isso, Yuu.

– Também não me peça mais desculpas, você não tem culpa de nada.

Hikari AreOnde histórias criam vida. Descubra agora