Capítulo 1 - Amanda ❄

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Faz um mês e três dias que eu acabei com a festa de casamento do meu escolhido. Eu sei que sou odiada por ele e por toda sua família e talvez por todos os lordes ali presente. Mas já estou acostumada com isso.

Sou Amanda Fontenelle e carrego o peso do mundo nas minhas costas e não estou nem um pouco feliz com isso, mas já faz parte de quem eu sou.

_ Cadê o Doutor Nicolas? - eu pergunto a umas das enfermeiras do plantão.

_ Ele não vem a quase um mês. Ele perdeu a noiva no dia do casamento. E está uma bagunça só. - informou a moça com um pequeno sorriso triste.

_ É mesmo, eu não sabia. - eu digo friamente.

_ Ela teve um ataque cardíaco. Eu já tinha visto ela, eles faziam um belo casal. Era uma moça tão jovem... - Falou enfermeira.

_ Que triste. - eu digo antes de deixá-la falando sozinha. Minha paciência não é uma das melhores. Não vou ficar aqui escutando besteira.

_ Precisamos de você na sala de cirurgia. - diz o Dra. Fátima. Eu não espero nada e corro para sala esperando que o paciente esteja com muitos anos pela frente.

_ O que temos? - eu pergunto.

_ Um traumatismo craniano. - falou uma das enfermeiras que estava ao meu lado.

A cirurgia durou três horas, não foi difícil. Eu sabia que ele não ia resistir. Mas como sou uma médica e meu juramento é para salva vidas, eu tentei até o seu último suspiro salva a sua. Mas era como eu disse ele não tinha mas tempo.

_ A hora da morte. 23 e 45. - eu falo tirando a máscara do meu rosto.

_ Quem vai avisa a família? - perguntou Dra. Fátima séria. Ela não podia demonstra, mas ela sentia muito por cada perda de vida que ela não conseguia salva.

_ Eu digo. - eu falo saindo da sala de cirurgia.

Eu vou para sala de espera e vejo uma mãe, um pai. Uma família que vai acaba de ser destruída com essa notícia. Mas eu tentei, mas não tinha mais vida para o filho deles. Hoje era o dia da sua morte.

_ Então o meu filho? - perguntou a mulher já chorando.

_ Ele não resistiu. - eu falo sem mas delongas.

Eu deixo a família chorando e vou para minha sala atende o resto dos meus pacientes. O resto do dia não foi tão ruim como o começo e isso me deixou calma.

_ Como você conseguir ser tão fria? - perguntou uma das enfermeiras do turno da noite. Ela se chamava Fabiana, se eu não me engano.

_ Esse é o meu trabalho. - eu digo arrumado minha bolsa.

_ Seu trabalho é salva pessoas, Amanda. - ela recruta.

_ Mas quando eu não posso, elas morrem e tenho que dar a notícia aos seus familiares. Não posso chora por cada morte. Morre muitas pessoas todos os dias. - eu digo simplesmente deixando seu rosto pálido.

_ Como... - ela não conseguir termina e fala.

_ É simples, eu nasci para ser médica. - eu digo saindo da minha sala.

Eu saí do hospital e me deixo perde em pensamentos aleatórios. O Nicolas me odeia, como a Katrina, Miriam, Catarina e tantos outros. Isso devia me deixa triste, mas não me deixou e não vai me deixa. Porque eu sou um mostro.

Uma imagem me chama atenção quando estou passando em frente a um bar e vejo o Nicolas enchendo a cara. E isso me deixa puta da vida.

Ele não tem a porra do direito de se matar aos poucos, ainda não. Eu não estou pronta para morre.

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