CAPÍTULO 11

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     É impressionante o valor que as pessoas dão às coisas quando as perdem

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     É impressionante o valor que as pessoas dão às coisas quando as perdem. Tom nunca me viu como nada mais que uma amiga e irmã. Mas foi eu me afastar um pouco e Diogo mostrar interesse que ele praticamente correu atrás de mim.

Quando pedi aquele tempo para ele eu estava pensando em mim pela primeira vez na vida. Mesmo querendo desesperadamente ficar com ele, não podia ser tão fácil. Faria Tom suar um pouco a camisa para me ter de volta, e se ele desistisse era porque realmente não me merecia. Nesse caso eu seguiria em frente. Ou ao menos tentaria. Talvez até desse uma chance para Diogo. Ele realmente parecia gostar de mim, mas não queria iludi-lo com falsas esperanças. Já tinha passado por aquilo e não desejava para ninguém, nem para o meu maior inimigo. Mesmo Tom não tendo me dado nenhum sinal de que retribuía o meu amor, o sentimento de desilusão foi o mesmo.

Estava jogada na minha cama com Patty dormindo em cima da minha barriga quando o meu celular tocou. Estiquei a mão e atendi, colocando-o no auto falante.

-Al...

-Mel, eu preciso de você. –A voz afobada de Tamy me interrompeu.

-Tamy? O que foi? –Perguntei preocupada.

- Você pode vir aqui em casa? Eu preciso de ajuda com uma coisa.

Fiquei tensa e me sentei na cama assustando Patty.

-O bebê está bem?

- Ele está bem, não precisa se preocupar. -Falou suspirando. -Você vai poder vir?

-Estou chegando aí. -Avisei pulando da cama.

Tinha algo no tom de voz dela que me deixou em alerta então eu calçei um par de rasteirinhas, peguei a chave da minha moto e saí de casa.

Alguns minutos depois eu estava estacionando na frente da casa dos meus tios. Nem bem passei pela porta a fui arrastada escada acima por uma Tamy agitada e um tanto descabelada. Sua barriga agora estava visível e escapulia da sua regata verde.

-Tamy, o que você...

-Não temos tempo para conversar. Precisamos tirar as minhas coisas daqui antes que todos voltem.

Na mesma hora eu me perguntei o que ela queria dizer com aquilo, mas essa pergunta foi respondida quando chegamos no seu quarto onde haviam várias malas e pacotes. Não tinha mais pôsteres nas paredes, lençóis na cama e o guarda roupa, tal como a cômoda estavam vazios.

-Para onde você vai?

-Boston. -Respondeu pegando duas malas (enormes) de rodinhas.

-Boston?!

- Sim. Comprei uma casa lá e é lá que vou viver daqui pra frente.

Jesus! Aquela garota não tinha um pingo de senso. Como uma mulher grávida se muda para uma cidade onde não conhece nada nem ninguém? E ainda iria morar sozinha!

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