CAPÍTULO 16

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TOM

Eu encarava os olhos azuis arregalados de Mel com descrença. Ainda escutei ela falar alguma coisa mas tudo que eu conseguia ouvir era uma voz no meu cérebro dizendo: Virgem.

-Você... –Não terminei de falar e senti ela se mexer embaixo de mim, abraçando minha cintura com as pernas como se estivesse com medo de que eu fugisse pela janela.

Não vou negar que aquela possibilidade estava rodeando a minha cabeça.

-Por favor não para. –Implorou. –Isso não vai fazer a menor diferença.

Quase tive uma crise de riso. Claro que ia fazer. A garota era virgem! Eu não sabia comer virgens. Só que meu pau estava pouco se fodendo para aquilo. O filho da puta estava lá, duro feito pedra dentro dela.

-Que porra Mel! –Rosnei frustrado.

Aquela foda não ia acontecer. Eu não ia correr o riso de machucar ela e acabar com a pouca confiança que ela ainda tinha em mim. Sabia que tinha fodido tudo quando avancei contra ela naquelas vezes, e não ia arriscar fazer merda de novo.

-Hei. –Segurou o meu rosto e me forçou a encara-la. –Eu estou bem.

Seus lábios carnudos se curvaram em um sorriso e ela moveu a cintura, fazendo meu pau deslizar pra fora dela pra em seguida voltar a entrar. Trinquei os dentes e fechei os olhos com força. Eu estava juntando todo o meu autocontrole pra não fode-la mas ela também não facilitava.

Senti suas unhas arranharem as minhas costas e seus lábios roçarem na minha orelha.

-Vai me deixar na vontade Tom? –Sussurrou com a voz rouca.

E com essas palavras eu liguei o foda-se. Ela pediu, agora que aguentasse.

Puxei seu cabelo pra trás busquei seus lábios enquanto dava as primeiras estocadas. Ela gritou. Eu gemi e fiz de novo. Aquela era a porra do paraíso. Escutar seus gritos e gemidos era o meu Nirvana, e eu não queria que aquilo parasse nunca.

Continuei estocando e sentindo sua boceta apertar o meu pau à medida que ela chegava na beirada.

-Ah meu Deus... Não para... –Arqueou as costas e cravou as unhas nos meus braços. –Thomaaaas!

Ouvir meu nome sair dos seus lábios foi como um gatilho que me fez esporrar igual a um cavalo dentro dela. Deixei meu corpo cair ao seu lado e não demorou muito pra ela deitar a cabeça no meu peito.

Aquela foi uma senhora foda.

Escutei Mel suspirar e meu peito inflou. Uma mistura de sentimentos me atingiu como uma porrada. O sentimento de posse aumentou mais do que eu pensei que seria possível, e tudo que eu queria era amarrar ela a cama. Também veio o desespero ao constatar o óbvio: Eu estava me apaixonando por Mel.

Só o pensamento já me fazia querer sair correndo sem olhar pra trás, porque eu sabia que se olhasse, veria aqueles olhos azuis e voltaria no mesmo passo.

Merda, eu não podia me apaixonar. Paixão envolvia amor, e eu não acreditava em amor. Mas então o que era aquele aperto no peito sempre que eu a via? Por que eu sentia vontade de vê-la a todo momento? Por que só de imaginar outro homem perto dela eu sentia vontade de fazer uma chacina?

Essa última pergunta eu tinha a resposta: Porque ela era minha. Eu fui o seu primeiro, e seria o seu último. E ai dela se pensasse em ficar com outro. Ai dela e do outro.

-Você está muito quieto. –Ela comentou quebrando o silêncio do quarto.

-Estava pensando. –Respondi. –Você está bem?

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