CAPÍTULO 1

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Milene­

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Milene­

Seis anos atrás...

Barulhos estranhos me fizeram acordar do meu sono leve. Me espreguicei na cama e olhei ao redor para ver de onde vinham os ruídos que me acordaram. Foi quando eu vi uma coisinha bem pequena bater no vidro da janela do meu quarto. De primeira eu achei que estava vendo coisas mas quando bateu de novo eu tive que ir ver o que era.

Abri a janela e senti uma coisa bater na minha testa.

-Ai! -Resmunguei esfregando a área atingida. -Mas o quê...

-Mel?

Ao ouvir aquela voz o meu coração ganhou um ritmo de escola se samba. Espremi os olhos e consegui ver a sombra do amor da minha vida no escuro da noite. Vocês devem estar pensando: "O que uma menina de quatorze anos sabe sobre o amor?". Dane-se! Eu sabia uma porrada de coisas sobre amor e aquele ser humano incrível no jardim da minha casa era o meu.

-Tom? -Nem consegui disfarçar a felicidade na minha voz. Sempre via nos filmes o rapaz jogar pedrinhas na janela da moçinha pra se declarar mas nunca imaginei aquilo acontecendo comigo. -O que você tá fazendo aqui?

-Vamos dar uma volta?

Um sorriso radiante se formou nos meus lábios e eu não perdi tempo em trepar na soleira da janela. Meu quarto ficava no segundo andar então pra evitar uma queda feia eu soltei as mãos da minha soleira e antes que beijasse o chão, segurei na soleira da parte de cima da janela da sala. Graças á minha aula de ginástica artística eu sabia me virar bem em situações como aquela.

Soltei as mãos da soleira e caí em pé na grama do jardim. Tom ligou a lanterna do seu celular e mirou no meu rosto, com certeza tentando me cegar.

-Você ainda vai ter que me ensinar isso. -Sorri feliz pelo elogio indireto e ele abaixou a lanterna para o meu corpo arqueando uma sobrancelha. -Vamos BabyDoll.

Imprensei os lábios e o segui até a van que nos esperava do outro lado da rua. Eu não ligava de estar na frente dele usando aquele babydoll minúsculo de coraçõezinhos desde que chamasse a sua atenção. Ridículo eu sei, mas quando a nossa alma gêmea não nos nota a gente precisa arrumar um jeito de chamar a atenção dela. No meu caso eu usava o meu corpo ao meu favor. Com quatorze anos eu era mais alta que a maioria das garotas e já tinha o corpo bem desenvolvido. Pena que o Tom não notava isso. Para ele eu era como uma irmã caçula, mesmo que tivéssemos só um ano de diferença de idade.

Ao entrar na van eu vi que tinham mais três rapazes lá, fora o que estava no volante e parecia ser bem mais velho que a gente. Me encolhi ao lado de Tom.

-Onde a gente vai?

Ele se virou pra me olhar e o seu sorriso fez qualquer resquício de medo sumir como fumaça no ar.

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