EPÍLOGO

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Um ano depois do pedido...

-Você, Milene Tavares Vasconcelos aceita esse puto pra amar e respeitar na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, todos os dias da sua vida?

Todos na praia riram, inclusive eu e Tom. Kyle estava entre nós dois usando só uma bermuda de praia e com uma gargantilha igual ás que os reverendos usavam. Sim, eu deixei aquele ruivo maluco realizar o meu casamento.

Tom e eu não queríamos um casamento convencional, então depois que ele se formou pedimos aquele favor a Kyle e agora estávamos na praia em pleno sábado debaixo de uma tenda improvisada. Eu usava um vestido branco leve com alcinhas de amarrar e tinha um pequeno véu que deveria estar cobrindo o meu rosto, mas já estava pra trás por causa do vento salgado. Tom usava uma regata com estampa de smoking e uma bermuda preta. Ambos estávamos descalços.

Ali, sentados nas cadeiras que alugamos estavam meus pais, os pais de Tom, Sindy com o pequeno Tristan, Carter, tia Laura e o marido, Nelson e (pasmem!) DG acompanhando Kori. Peguei até uma simpatia pela anã de jardim depois que ela começou a namorar Diogo. Tamy também estava assistindo a coisa toda pela chamada de vídeo do whatsapp (sem os pais dela saberem é claro, eles achavam que estávamos gravando pra mais tarde). Aquela era só uma reuniãozinha para os mais próximos de nós, porque já tínhamos casado no cartório.

-Aceito. –Falei sorrindo.

-E você, Thomas Putão Jaffery Castro aceita essa loira gostosa pra amar e respeitar na saúde e na doença, na riqueza e a pobreza, todos os dias da sua vida? –Kyle continuou.

Tom estalou o maxilar, mas sorriu ao olhar nos meus olhos.

-Aceito.

Trocamos as alianças e eu sorri ao ver a grossura dos anéis. Que as vagabundas ficassem cientes pelo tamanho daquela coleira dourada que ele tinha dona.

-Pelo poder a mim investido pelo estado da Flórida eu vos declaro marido e mulher. –Kyle terminou caprichando na voz de reverendo empolado.

Depois de mais risadas, Tom mergulhou os dedos nos meus cabelos soltos e me puxou para um beijo que me tirou o fôlego. Quando nos separamos ele segurou a minha cintura com pocessividade e olhou para Kyle com sangue nos olhos.

-Agora chama a minha mulher de gostosa de novo que eu parto a sua cara em dois seu Curupira dos infernos!

Kyle ergueu as mãos em um gesto de inocência e mais risadas foram ouvidas. Tom e eu viramos para o celular que Sindy apontava para nós e acenamos para a pequena Tamy na tela, que acenou de volta e mandou um beijo e fez sinal para ligarmos depois antes de encerrar a chamada.

Quando fomos cumprimentar os convidados eu peguei a minha mãe ás lágrimas nos braços do meu pai. Fui até ela preocupada.

-Mãe, você tá bem?

-Minhas duas princesas estão casadas... –Fungou enxugado as lágrimas. –Eu tô ficado velha.

Sorri do seu drama e senti o braço de Tom rodear a minha cintura.

-Que nada tia Mirian, você continua gostosa. –Falou sorrindo de lado.

O olhei descrente e recebi um beijo no nariz.

-Cuidado com o que fala moleque. –Papai se aproximou contornando a cintura da minha mãe com o braço. –Essa gostosa aqui tem dono.

-Ah que horror! –Exclamei tapando os ouvidos. Eles queriam me torturar no dia do meu casamento?

-Parabéns princesa. –Meus pais me abraçaram. –Parabéns vocês dois.

-Obrigada. –Dissemos em uníssono sorrindo.

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