Na Delaburg Intern High School existem seis adolescentes com vidas, famílias e personalidades completamente opostas.
Allison, Madison, Megan, Dylan, Nicolas e Ryan nunca se falaram, e mesmo estudando no mesmo lugar nunca nem trocaram olhares. Cad...
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|MADISON|
Acordo com uma forte dor de cabeça, olho para o relógio ao meu lado e vejo que ainda são quatro horas da manhã. Ajeito minhas pantufas de unicórnio e tento não fazer barulho ao sair do meu quarto, já que Allison e a Megan estão dormindo. Já faz alguns dias que eu estou assim, com essa dor de cabeça insuportável. Preciso saber um pouco mais sobre isso. Ando meio tonta até o lado de fora do quarto e depois fecho a porta lentamente.
Fazem uns quatro dias que estamos morando juntos. Eu confesso que não está sendo tão difícil quanto eu pensei que seria. Nós felizmente não nos falamos direito, na verdade, nunca converso com nenhum deles, sempre fica aquele silêncio constrangedor. Allison sempre está com suas amigas patricinhas, que vêm pra cá todos os dias ler algumas revistas de moda e ficar se maquiando, a Megan sempre está lendo um livro no canto, o Dylan fica a maior parte do tempo fora, Ryan fica sempre trancado no quarto vendo algum programa de tevê ou brincando de Just Dance e The Sims. Nicolas vai beber todos os dias e volta no meio da noite bêbado trazendo a Diana de brinde, e eu sempre tenho aquela impressão de que eles estão se engolindo.
E eu, sempre fico vendo séries ou comendo, ou até mesmo fazendo os dois ao mesmo tempo.
Ninguém reclama de nada, cada um fica no seu canto e confesso que eu gosto disso. Assim não teremos mais problemas.
Desço às escadas lentamente indo em direção a cozinha, está escuro, eu vou andando e me apoiando nos lugares livres. Tento me apoiar no balcão da cozinha, mas deixo uma faca afiada de carne — estava tão escuro que não a enxerguei —, que estava em cima do balcão, cair na minha perna, fazendo um corte de ponta a ponta na minha coxa, que começa a sangrar no mesmo instante.
— Aí, merda! — Começo a gemer de dor.
Apoio às minhas costas no armário e vou escorregando lentamente até chegar no chão, começando a sentir uma dor horrível no local do corte. Sinto minhas lágrimas de dor caírem sobre meu rosto. Toco na corte e sinto o sangue escorrer pelos meus dedos.
Fico de olhos fechados chorando por um minutos, tento levantar, mas a dor só piora. Não consigo levantar!
Sinto passos lentos vindo na minha direção, estes aceleram quando me veem sentada no chão chorando.
— Você está chorando? — Uma voz masculina grossa diz vindo ao meu encontro.
— Minha coxa. — Aponto para ela e no mesmo instante me sinto uma grande idiota por ter feito isso, já que não dá para enxergar nada com essas luzes apagadas.
Não consigo olhar o rosto do menino por conta do escuro, mas sinto suas mãos tocarem minha coxa, me deixando arrepiada.
— Está sagrando muito mesmo. Quer que eu te leve para hospital?! — Tem um certo nervosismo em sua voz, que me deixa com medo. — Consegue levantar? — Ele me pergunta.