Na Delaburg Intern High School existem seis adolescentes com vidas, famílias e personalidades completamente opostas.
Allison, Madison, Megan, Dylan, Nicolas e Ryan nunca se falaram, e mesmo estudando no mesmo lugar nunca nem trocaram olhares. Cad...
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|MADISON|
Levanto da cama um pouco antes do despertador tocar. Pego o meu celular em cima do criado mudo e em seguida rumo ao banheiro. Não sei o por quê mas eu adoro entrar nas redes sociais enquanto faço algo no banheiro. Se tornou uma mania.
Prendo o meu cabelo em um rabo de cavalo, tomo um banho rápido e visto uma roupa casual. Saio do banheiro e rio ao ver a Allison roncando alto.
Eu acordei no meio da madrugada quando escutei passos vindos da sala. Lembro que eu levantei e lentamente fui até a porta do quarto para tentar escutar mais alguma coisa. Tenho certeza que era a voz da Allison. Ela estava cantando uma música da Lana Del Rey enquanto fazia alguma outra coisa. Mas, por que será que Allison Hayes estaria acordada em plena madrugada? Ela faz questão de dizer para todo mundo que madrugar é um grande "veneno para a pele" nos dias de hoje.
Balanço a cabeça na tentativa de tirar essa questão da minha mente. O que Allison Hayes faz não é da minha conta. Nunca será.
Desço as escadas lentamente já que o meu sono não permite passos muito rápidos. É como eu digo sempre para os meus avós "Só acordo duas horas depois de levantar da cama" e olhe lá. Tem vezes que demoro até três horas.
Caminho até o balcão da cozinha e esquento o sanduíche deixado por alguém em cima do mesmo. Faço um café quentinho e me sento na cadeira de madeira desconfortável da cozinha. Tudo nessa casa é tão velho, rústico, e na maioria das vezes quebrado. Ainda não sei como Allison Hayes não surtou com esse lugar. Na verdade, ela já surtou umas duas ou três vezes. Lembro que na primeira vez a Allison rasgou a cortina de pano fino e velho do banheiro depois de perceber que o Ryan esqueceu a cueca no box. Foi bastante engraçado mas ao mesmo tempo triste já que ela realmente parecia se importar com aquilo.
Prendo o meu cabelo em um rabo de cavalo e beberico o meu café quente mais uma vez. É tão bom sentir essa paz. Ninguém brigando. Ninguém gritando. Ninguém surtando. Estou quase me sentindo no paraíso.
Depois de fazer a minha refeição eu levanto da cadeira e sento no sofá de couro da sala. Pego o controle da televisão e a ligo. Os momentos que ninguém está acordado são os únicos momentos que eu relaxo nessa casa. Pode até parecer que eu esteja exagerando um pouco, mas juro que não estou! Juntar seis adolescentes problemáticos e loucos como nós é como trazer o inferno para a Terra.
Resmungo e reviro os olhos quando percebo que só está pegando canais abertos, o que é uma droga já que só passa coisa ruim como...leilão de vacas?
— Que merda é essa? — Pergunto a mim mesma depois de ler a descrição do programa que acaba de começar em um desses canais desconhecidos que eu não sei como ainda não faliram.
