Quinze: Grey's Anatomy em uma casa do lago

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|RYAN|

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|RYAN|

  Em todos esses anos que eu estudo na Delaburg Intern High School eu nunca imaginaria que estaria caminhando ao lado do Dylan Walker em plenas duas horas da manhã à procura de um simples pingente que pertence à mimada da Allison Hayes, que nesse exato momento está chorando e se debatendo no banheiro sujo de uma casa do lago ao lado da tal da Megan Müller e da Madison Campbell. Isso tudo parece impossível e improvável demais para ser real. Será que estou sonhando? ou pior, tendo um pesadelo?

— A bateria do meu celular está acabando! — Resmungo jogando a cabeça para trás. — Os meus pés estão doendo, sabia? Tem como a gente dar uma paradinha?

— Fala sério, Ryan! A gente está andando a menos de meia hora. — O Dylan reclama enquanto aumenta a intensidade da lanterna do seu celular.

Está tudo escuro. Estamos rondando a casa do lago para achar o pingente do colar da Allison, que aparentemente é bem especial para ela já que a mesma não parava de falar dele enquanto chorava depois de todos irem embora da festa a reprovando com o olhar.

Allison não parava de chorar nem por um mínimo segundo. As suas mãos tremiam freneticamente e o seu rosto que antes tinha um tom rosado se tornou branco. Parecia que ela iria morrer ali bem na nossa frente.

— Mas eu já estou cansado!

— Ryan, pare de reclamar e coloque esses seus pezinhos de princesa para andar. — Dylan me dá um empurrão que me faz revirar os olhos. — Temos que achar esse pingente antes que a Allison surte.

— Fala sério! Por que estamos a ajudando? Ela nem liga pra gente! Allison cuspiria na nossa cabeça se pudesse. — Digo chutando um pequeno graveto que aparece no meio do caminho.

— Sim, ela cuspiria. — O Dylan concorda. — Mas nós não somos como ela.

— Ok, ok! Esse negócio de "não dar o troco e fazer a diferença" é algo bem bonito, e eu admiro de verdade as pessoas que conseguem fazer isso, mas Dylan, fala sério! Vai me dizer que às vezes não tem vontade de jogar um tijolo na cabeça de alguém?

— Não! — Ele diz enquanto gargalha da minha confissão.

— Esqueça o que eu disse! Vamos ficar na "paz e o amor" e "fazer o bem sem olhar a quem" — Abro um sorriso e faço o símbolo da paz com os dedos. Dylan gargalha ainda mais.

Ficamos um momento em silêncio enquanto caminhamos a procura do pingente. A lanterna do Dylan ainda está forte, mas a minha está praticamente apagada pelo fato da minha bateria estar acabando. Droga! Eu não deveria gastar tanto tempo jogando UNO no celular!

SOB O MESMO TETOOnde histórias criam vida. Descubra agora