Dezesseis: Pintor fantasma

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|MADISON|

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|MADISON|

  A porta principal da casa do lago se espatifa no chão e faz um barulho tão alto que faz até o Nicolas Dallas, que até então estava desmaiado, acordar. Uma forte fumaça de poeira voa para todos lados e nos faz tossir tanto que acabo quase perdendo o ar. Forço os meus olhos para conseguir ver quem está do lado de fora da casa e sorrio aliviada ao ver o irmão da Megan, o Jordan, com o olhar assustado.

— Ufa! Ainda bem que não são os garotos malucos do time de lacrosse.

— O que está acontecendo? — Ele pergunta com o olhar assustado. — E por que o Nicolas parece um saco de merda jogado no sofá?

— Calma aí, o que você está fazendo aqui a essa hora? — Megan pergunta parecendo preocupada.

— Eu vim te pedir desculpas por ter empurrado você naquele dia da sua punição. Eu estava com medo de ser expulso e... — Ele começa, mas a Megan o corta.

— Está tudo bem. É melhor você ir embora, Jordan. Eu estou um tanto ocupada agora. — Ela diz com ironia enquanto aponta para o Nicolas.

— Eu posso ajudar se quiser.

— Está tudo bem, Jordan, só volte para o seu quarto e tente não fazer mais nenhuma besteira.

O clima fica tenso. Jordan abaixa a cabeça e segue para fora da casa.

Megan respira fundo e volta a se concentrar nos ferimentos do Nicolas. Ela não deve estar com cabeça para lidar com o Jordan agora. Eu já teria enlouquecido se tivesse um irmão maluco como ele.

— Pronto! Já fechei todos os ferimentos. Agora é só ele ficar em repouso e tentar não fazer nenhum movimento brusco. — Allison dá um suspiro aliviado e depois encara suas mãos cheias de sangue. — Vou me limpar. Tentem deixar o Nicolas confortável.

Todos ficamos mais aliviados e descansados pelo fato do Nicolas não estar morto. Nós o odiamos, mas com toda certeza nunca deixaríamos algo acontecer com ele. Foi uma loucura tudo isso, mas mesmo ele sendo um grande idiota, valeu a pena.

Megan e Ryan levantam do chão e andam na direção da cozinha. Ela irá lavar os panos sujos de sangue e ele provavelmente irá lavar as mãos.

Só sobra eu e o Dylan. Ele me encara e abre um sorriso frouxo, faço o mesmo. Depois o nosso olhar se desvia para o Nicolas, que agora abre os olhos lentamente.

— Dylan... — Nicolas sussurra, com a voz fraca.

Dylan se assusta, mas faz a questão de responder:

SOB O MESMO TETOOnde histórias criam vida. Descubra agora