Cap. 62

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Respira.
Inspira.
Não pira.

Dumbledore, melhor filosofeiro que filosofa.
E aquela barba....

Oi povo que come pão com ovo! Tudo bom?

Bora mudar um pouco...

Morte do Sirius!

Capítulo de Ordem da Fenix!

Harry monstro!

A Profecia Perdida

Os pés de Harry tocaram o chão duro, seus joelhos se dobraram um pouco e a cabeça dourada do bruxo caiu no chão com um sonoro "clunk". Ele olhou em volta e percebeu que tinha chegado à sala de Dumbledore.

Tudo parecia ter voltado ao seu lugar durante a ausência do diretor. Os delicados instrumentos de prata estavam mais uma vez recostados sobre as mesas com pés em espiral, soprando e silvando serenamente. Nos quadros, os grandes bruxos e bruxas cochilavam em suas molduras, as cabeças caídas sobre os ombros ou encostadas nas bordas das telas. Harry olhou pela janela. Havia uma linha ínfima de um verde pálido no horizonte: a manhã começava a chegar.

O silêncio e a tranqüilidade do lugar, quebrados apenas pelos grunhidos e suspiros ocasionais de algum retrato adormecido, eram terríveis para ele. Se esses ruídos pudessem refletir os sentimentos dentro dele os retratos estariam gritando de dor. Caminhou pela sala silenciosa respirando rapidamente e tentando não pensar. Mas ele tinha que pensar... Não havia saída...

Era sua culpa Sirius ter morrido, era tudo culpa sua. Se ele, Harry, não tivesse sido estúpido o suficiente para cair nos truques de Voldemort, se não estivesse tão convencido de que aquilo que vira em seu sonho era real, se apenas tivesse aberto sua mente para a possibilidade de Voldemort estar, como Hermione havia dito, apostando no gosto de Harry por bancar o herói...

Era intolerável, não devia pensar sobre isso, não agüentaria isso... Havia um vazio terrível dentro dele, o qual não queria sentir nem examinar, um buraco escuro onde Sirius estivera, onde Sirius desaparecera; não queria ter de ficar sozinho com aquele imenso e silencioso vazio, não agüentaria isso.

Um retrato atrás dele fez um grunhido particularmente alto e uma voz fria disse "Ah... Harry Potter...". Phineas Nigellus deu um longo bocejo, esticando os braços enquanto examinava Harry com seus astutos e estreitos olhinhos castanhos.

– E o que traz você aqui nas primeiras horas da manhã? – disse Phineas casualmente. – Essa sala é supostamente barrada a todos menos ao legítimo diretor. Ou terá Dumbledore mandado você aqui? Oh, não me conte – estremeceu novamente. – Outra mensagem para o meu desprezível tataraneto?

Harry não podia falar. Phineas Nigellus não sabia que Sirius estava morto mas Harry não conseguiria contar a ele. Dizê-lo em voz alta seria tornar isso final, absoluto, irremediável.

Mais alguns dos retratos estavam acordando agora. O terror de ser interrogado fez Harry cruzar o aposento a passos largos e agarrar a maçaneta da porta.

Não abriu. Ele estava trancado ali.

– Eu espero que isto signifique – disse o bruxo corpulento de nariz vermelho que estava pendurado na parede atrás da mesa do diretor – que Dumbledore logo estará de volta entre nós?

Harry se virou. O bruxo o estava examinando com grande interesse. Harry fez que sim com a cabeça. Torceu novamente a maçaneta atrás dele, que continuou imóvel.

– Oh, bem – disse o bruxo. – Tem sido muito aborrecido sem ele, muito aborrecido, na verdade.

Ele se acomodou na cadeira semelhante a um trono na qual havia sido pintado e sorriu benevolente para Harry.

Coisas que só um fã de Harry Potter entenderáOnde histórias criam vida. Descubra agora