Will
- A Lúcia também mora aqui? - suspira.
- Sim. - olho para ela curioso e ela continua. - Ela chegou aqui quando ainda era bebê. Os pais morreram e os avós paternos não quiseram ficar com ela. Já fazia um ano que eu trabalhava aqui e quando a vi... eu amei aquela pequena garotinha de olhos azuis e prometi pra mim mesma que daria amor e tudo que ela precisasse e quando pudesse a adotaria. - seus olhos brilham tanto quando ela fala.
Foi aí que eu percebi. Estou apaixonado pela Helena. Seu jeito é incrível, encantador. Ela é maravilhosa!
Eu quero ser o motivo do seu sorriso, do brilho nos seus olhos. Eu vou fazer dela e da Lúcia as mulheres mais felizes do mundo.
- Ela é adorável. Minha mãe enlouqueceria, no bom sentido, se conhecesse a Lúcia. Ela é uma ótima menina.
- É sim. - percebo que lágrimas se formam em seja olhos.
- O que foi?
- Sinto falta da minha mãe. - sorri triste.
- Ela...
- Sim... Ela morreu. - então as lágrimas começaram a rolar em seu rosto, seguidas pelos soluços.
Não penso, apenas a abraço. Deixo que ela chore com o rosto no meu peito.
- Eu sinto muita falta dos meus pais. - diz diminuindo o choro. Faz dois anos que eles se foram. Foi um acidente de carro.
- Eu sinto muito.
Ela seca as lágrimas, funga e olha nos meus olhos. Meu coração dispara.
- Me desculpe. - diz.
- Pelo quê?
- Pelo que acabou de acontecer... - suspira. - Você não tem nada a ver com isso, e eu estou aqui molhando sua camisa e contando da minha vida. - fala de cabeça baixa.
- Ei. - seguro no seu queixo e faço ela olhar para mim. - Não tem porque se desculpar, o.k.? Eu quero ser seu amigo. Vou estar aqui para o que precisar.
- Obrigada. - ela sorriu. Como é bom ser o motivo desse sorriso.
- Você pode contar comigo. - ela me abraça novamente.
- Eu devo estar horrível. - diz rindo.
- Não. Você está linda como sempre. - ela olha para mim com os olhos brilhando e vermelha.
Ficamos olhando um nos olhos do outro. Meu coração disparado, as tais borboletas no estômago e a vontade de beijá-la.
Toco sua bochecha a acariciando. Aproximo-me mais e nossos lábios se encontram em um selinho demorado.
Nos afastamos. Ela é linda.
- Me desculpe. - peço.
- Tudo bem. - toca minha mão. Imediatamente sinto uma corrente elétrica passar por alí.
Pareço um adolescente apaixonado.
Voltamos para dentro e brincamos com as meninas.
- Eu tenho que ir. - digo e as meninas reclamam. - Mas eu vou vir de novo, não se preocupem.
Despeço-me de todas. Helena me acompanha até o portão.
- Bom... - ela fala. - Até logo.
- Helena, você gostaria de jantar comigo, algum dia? - pergunto apreensivo. E se ela disser não?!
- Eu adoraria. Quando?
- No sábado?
- Seria ótimo. - sorri e eu retribuo.
- Então, até logo. - afasto- me em direção ao carro.
Ela acena com a mão. Entro no carro e sigo para casa. Super feliz, por sinal.
Meu celular toca e vejo que é minha mãe. Eu não sei a sua, mas a minha mãe tem uma espécie de sensor para mulher. Toda vez que eu gosto de alguém ela me liga ou quer conversar comigo. É incrível.
- Oi, mãe. - atendo.
- Oi, querido. Como você está?
- Bem, mãe.
- Ai, que bom. Você parece estar feliz... Aconteceu alguma coisa? - curiosa.
- Talvez. - e eu sou ruim. - E o pai?
- William, não mude de assunto. O que está acontecendo? - começo a rir.
- Nada, mãe. - eu contaria para ela, se ela não fosse começar a pensar no casamento e a me atazanar com isso. - Como está meu pai?
- Ele está bem. Você não vai me contar o que está havendo?
- Não, ainda não.
- O.k., mas saiba que eu não te considero mais meu filho. - ela sempre diz isso quando está brava.
- Tá bom, mãe. Até logo.
- Ingrato. - fala alguma coisa com meu pai e continua. - Seu pai acha que tem alguma mulher nesse negócio.
- Quando chegar a hora certa eu falo. - bufo.
- Tudo bem. Acho que eu posso aguentar... Quando você vai vir em casa.
- Quando eu tiver tempo.
- Arrume tempo logo, estou com saudade.
- Eu também estou. Preciso desligar. Mande um abraço para o meu pai.
- O.k., querido. Tchau. Nós te amamos.
- Também amo vocês. - desligo.
Fico pensando em como a Helena sofre sem os pais. Não sei o que faria se perdesse os meus.
Olha aí! Capítulo novo! Finalmente um beijo!
O que estão achando?
XOXOXOXO
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Minha Pequena Sorte
Любовные романыHelena é uma jovem forte que trabalha em um orfanato. Quando uma das crianças - a que ela mais ama - fica doente e precisa fazer um tratamento no hospital, ela conhece Will. Um médico bonito e divertido, que acaba por encantar as duas. #714 em roman...