Epílogo

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Helena

Três anos depois

O tempo passou mais rápido do que pude perceber. Esses meses foram complicados, mas graças a Deus chegamos até aqui e estamos firmes como nunca.

- No que está pensando? - os braços de meu marido me rodeiam.

- Em como as coisas mudaram tão rápido. - viro de frente para ele e beijo seus lábios.

- E como está nosso garotão? - acaricia minha barriga.

- Muito bem, papai. - ele sorri e suspira.

- Estou com saudades da nossa menininha.

- Eu também. Mas...

- MAMÃE! - escuto o som que tanto alegra meu coração.

Olho para trás e vejo Lúcia correndo em nossa direção. Os cabelos vermelhos voam com o vento e um sorriso brinca em seu rosto. Ela está crescendo.

- Que saudades, meu amo! - abaixo para abraçá-la.

- Eu também, mamãe. - recebo um beijo na bochecha. - E o meu irmãozinho? - beija minha barriga.

- Estava com saudades de você também. - aperto seu nariz levemente.

- E eu não ganho abraço não? - Will faz bico e nós rimos.

- Ganha, papai. - ela me solta e se joga nos braços do pai, abraçando-o.

Graças a Deus Lúcia ficou curada. Depois que morreu em meus braços nós passamos algum tempo orando, Will e eu, enquanto os médicos tentavam ressuscitá-la.

A doença simplesmente desapareceu e, desde estão, sua saúde é perfeita. Eu não posso descrever o tamanho da minha felicidade. Minha família comigo e completa.

- Como foi na casa da Mariana? - pergunto, enquanto entramos em casa.

- Foi muito legal, mamãe. Nós brincamos e vimos um montão de filmes. - conta sorridente.

Mariana, a garotinha “rebelde” que tinha chegado no orfanato foi adotada, assim como todas as outras meninas e convidou-as para passar o fim de semana em sua casa. Uma festa só.

- Que bom, querida. Agora vamos tomar um banho e descansar. - levo ela para o quarto.

Observo enquanto minha pequena toma banho. Ela já está se tornando uma mocinha e não quer mais que eu lhe dê banho, mesmo assim fico vendo e orientando, enquanto ela o faz.

***

- Sabe, mamãe. - Lúcia começa a falar.

Estamos em seu quarto e eu a estou colocando para dormir. Acaricio seus cabelos e recebo um lindo sorriso faltando dois dentinhos.

- Diga, meu amor.

- Naquele dia, quando eu morri. Lembra?

- Lembro. - meus olhos cheios de lágrimas.

- Eu vi o papai do céu e Ele disse que tinha me dado um presente e que eu não podia ficar com Ele ainda, porque vocês iam sentir muita saudade. - toca meu rosto. - Eu acho que você, o papai e o meu irmãozinho são o meu presente.

- Eu também acho. - minha voz embargada.

- Eu te amo, mamãe..

- Eu também te amo. Muito. - beijo sua testa.

Minutos depois ela adormece. Deixo mais um beijo em sua testa e saio do quarto, deixando o abajur aceso.

- Ela demorou para dormir? - Will pergunta, assim que entro no quarto.

- Não. Estava muito cansada. - sorrio.

- E eu também. - deita e me puxa para deitar ao seu lado.

- Amo você. - beijo seus lábios.

- Eu também te amo, meu anjo.

Percebo sua respiração ficar regular e vejo que ele já dormiu. Sorrio feliz. Isso é tão bom.

- Obrigada, Deus, pela minha família. - sussurro e logo adormeço ao lado de meu marido.

[•••]

- Will, acorda! - chamo outra vez. - Ai! - mais uma contração.

- O que foi? - finalmente ele se senta na cama.

- Seu filho está nascendo. - falo entredentes por causa da dor.

- O que? - ele me olha confuso.

- O bebê está nascendo! - tento não gritar para não acordar Lúcia.

- Sério?!

- É claro que é sério, Will! Ande logo! Ai!

- Ai meu Deus! - ele levanta desesperado e começa a correr de um lado para o outro.

- Ei! - chamo e ele me olha. - Fica calmo. É só pegar as coisas e me ajudar a ir para o carro.

***

- Força, mamãe! Estamos quase lá. - a doutora pede e eu faço força outra vez.

Então ouvimos um choro alto e forte. Meu menino.

A enfermeira o traz até mim e deita em meu peito. Sorrio feliz.

- Emanuel. - olho para Will ao meu lado.

- Nosso Emanuel. - beijo a testa se meu filho.

É isso, gente!!

Último capítulo!!

Minha Pequena SorteOnde histórias criam vida. Descubra agora