Helena
Hoje é dia de tratamento para a Lúcia. Não é como se eu gostasse, mas como tudo tem um lado bom, pelo menos o William vai estar lá.
É estranho. Em tão pouco tempo em que nos conhecemos já me abri para ele, e me sinto muito bem na sua presença.
Faz algum tempo que ele povoa meus pensamentos, mas eu não sei exatamente porque. E no sábado, quando ele me beijou... Foi o meu primeiro beijo. Me senti tão bem, e ao mesmo tempo nervosa e sem saber o que fazer. E depois ele resolve me chamar para sair. Eu até pensei em dizer não, eu estava com medo. Mas antes que a minha parte racional pudesse responder, a emocional já tinha aceitado e tudo o que me resta é esperar para ver como vai ser.
Não passo na cafeteria, vou direto para o orfanato. Nos últimos dias eu fui lá e tenho ficado bastante tempo conversando com o senhor Albert, mas hoje não dá. Não posso me atrasar para levar a Lú.
Abro a porta do orfanato e entro. Não tem ninguém na sala. Subo no quarto das meninas e entro sem fazer barulho.
- Lú. - chamo-a, balançando seu corpo devagar. - Lúcia. - Ela abre os olhos e os coça com as pequenas mãos.
- Tia Lena? O que foi?
- Temos que ir no médico hoje, esqueceu? - pergunto sorrindo.
- Sim. Vamos ver o tio Will? - pergunta se animando.
- Vamos.
- Eba! - comemora.
- Shh. - ponho o dedo indicador sobre a boca. - Elas vão acordar.
- Desculpe.
- Vem. - pego ela no colo.
Dou banho nela e visto um short rosa e uma blusa amarela por dentro. Calço nela uma sapatilha e faço maria chiquinha em seu cabelo.
- Eu tô buita? - gira no meio da sala.
- Está linda. - ela abre um grande sorriso para mim, que eu retribuo.
- Bom dia, Helena. - fala Regina.
- Bom dia.
- Já estão prontas? - pergunta.
- Sim.
- Então vamos.
Seguimos para o carro. Coloco minha pequena na cadeirinha e sento no banco do carona na frente.
Regina dá a partida e sai das redondezas do orfanato. Em minutos ela estaciona na frente do hospital. Desço do carro, pego a Lú e nos despedimos.
Passamos pelas grandes portas do hospital e seguimos para a ala de oncologia pediátrica. Sentamos e esperamos.
William entra na sala junto com o Robbie, que corre para abraçar a Lúcia.
- Olá, Helena. - William sorri para mim.
- Olá. - sorrio de volta.
- E você, pequena? - pega Lú no colo. - Tudo bem?
- Sim! - gargalha gostoso.
- Então vamos começar? Assim a gente acaba mais rápido.
- Tá bom.
- Ah, mas eu queria brincar com ela. - reclama Robbie.
- Brinquem enquanto eu a jeito tudo, o.k.?
- Tá. - os dois correm para brincar.
- Ele gosta muito dela. - William vira para mim.
- Parece que sim. Ela também gostou dele.
- Isso é muito bom para os dois. O Robbie costuma ser difícil, mas com ela ele age diferente. Com ela ele... Não sei ele tem uma forma mais aberta com ele. Geralmente ele é um pouco mais fechado.
- Eu também estranhei a forma rápida como ela fez amizade com ele. Até com você. Na maior parte das vezes ela é bastante tímida.
- Sinto-me lisonjeado então. - diz sorrindo para mim.
Ele põe tudo no ligar e chama a Lú para começar. Ela não chora e Robbie continua brincando com ela com alguns carrinhos e bonecos.
- Posso te fazer uma pergunta? - questiono para William.
- Claro.
- É sobre sábado...
- Você não está querendo desmarcar, né? - me interrompe. Sua expressão está tensa.- Não, não é isso. - suspira aliviado. - Só quero saber para onde vamos.
- Ah sim. Vamos a um restaurante que eu gosto muito.
- Entendi. - sorri.
- Você gosta de comida italiana?
- Adoro. - falo sorrindo. Comida italiana é incrível!
- Ótimo.
- Doutor Collins? - chama a loira. Ele olha para ela que continua. - Pode vir aqui, por favor?
- Eu já volto. - diz e assinto.
Ele sai da sala.
- Onde o tio Will foi? - pergunta minha pequena.
- Eu não sei, mas ele já vai voltar.
- Tá bom. Você qué blincar cum a zente? Ela pode blicar cum a zente né, Robbie? - pergunta animada.
- Pode. - olha para mim. - Você quer? - pergunta estendendo um carrinho.
- Agora não, crianças. Brinquem vocês. Eu vou pegar um café e já volto, tá?
- Uhum. - responde a ruivinha.
Saio da sala e vou até a lanchonete do hospital. Vejo William e a loira conversando, mas não consigo escutar nada.
Será que eles estão juntos? Não. Se ele estivesse com alguém não me chamaria para sair. Ele não é assim.
Volto para a sala com o café e encontro as crianças dormindo.
William volta um tem po depois e conversamos mais. Mal posso esperar por sábado!
Votem e comentem, meus amores!
XOXOXOXO
Até mais tarde.
O livro novo, "A força do meu coração", já está sendo publicado aqui no wattpad. Se puderem, deêm uma passadinha lá.
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Minha Pequena Sorte
Любовные романыHelena é uma jovem forte que trabalha em um orfanato. Quando uma das crianças - a que ela mais ama - fica doente e precisa fazer um tratamento no hospital, ela conhece Will. Um médico bonito e divertido, que acaba por encantar as duas. #714 em roman...