Capítulo 20: Cravo vermelho

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"Digno de admiração é aquele que, tendo tropeçado ao dar o primeiro passo, levanta-se e segue em frente."
Carlos Jaime Fox

Quinta-feira, 02 de junho

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Quinta-feira, 02 de junho

O dia estava ensolarado, apesar do vento frio que soprava pela janela aberta do carro. Na noite anterior, Vinicius agradeceu várias e várias vezes por eu tê-lo ajudado. Nada que eu não fizesse desde o dia em que nos conhecemos. A diferença é que agora o ajudei a não ficar com alguém, o contrário de todas as outras vezes.

Parecia que, agora, tudo daria certo. Tirando o buquê de hoje, faltarão apenas 10. Os ventos sopram ao meu favor.

Abri a floricultura e, logo, Fernanda e Rafaela chegaram. Nanda estava sorridente e falante, contando que seu namorado vem passar o fim de semana aqui na capital. Ela realmente não parava de falar sobre aquilo. Rafa apenas sorria e concordava com tudo o que ela falava, como o Capitão: apenas sorria e acene.

— Nós podemos fazer um encontro de casais, que tal? O Rafa e eu, a Rafa e o novo namorado dela, Mari e... qual de todos os possíveis admiradores? — perguntou Nanda e nós rimos.

— Nenhum deles, Fernanda — falei, revirando os olhos

— Ah, qual é, todo mundo sabe que vai ser o Vini — comentou Rafaela e eu me surpreendi com a sua fala.

— Como? — perguntei, ainda surpresa e tentei me explicar. — Não tem nada entre nós dois.

Senta lá, Cláudia — falou Fernanda, revirando os olhos e as duas riram.

O tempo lá fora, alguns momentos depois, começou a fechar é uma chuva forte começou a cair, só pensava na volta para casa e no trânsito infernal que se formaria nas ruas. Mas fazer o que? São Paulo!

A porta se abriu, soando o sino na porta e um Matheus completamente ensopado entrou na floricultura. O seu terno, antes cinza, estava preto e pingava na parte de baixo. Fernanda agiu mais rápido do que eu consegui pensar e se levantou, indo ajudá-lo a retirar a roupa molhada antes que fizesse uma poça no meio da loja.

— Acho que vim em péssima hora, não é? — ele perguntou sorrindo, enquanto afastava o cabelo do rosto.

Nanda levou o terno para o pequeno banheiro que tinha ali, para deixar que escorresse a água, não era como se ele fosse conseguir sair da floricultura agora. Rafa empurrou um banco para frente do balcão, para que ele se sentasse e recuperasse o fôlego que não tinha mais.

— Como você está? — ele perguntou para mim eu sorri.

— Você chega todo ensopado e ainda tem condições de perguntar como eu estou? — falei e ele riu. — Como você está?

Flores para uma florista - Livro I [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora