Capítulo 19: Tulipa

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"E guardemos a certeza pelas próprias dificuldades já superadas que não há mal que dure para sempre."
Chico Xavier

Quarta-feira, 01 de junho

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Quarta-feira, 01 de junho

Acordei com o celular tocando o alarme em cima da mesa de cabeceira. Com a porta fechada, o quarto estava mais escuro do que nos outros dias e eu tropecei e quase caí quatro vezes, até alcançar a porta. Ao abrir, senti o cheiro de café vindo da cozinha.

Acho que Vinicius poderia dormir mais vezes aqui.

— Bom dia — exclamou quando passei pela entrada da cozinha. — Já pensou no meu pedido?

— A única coisa que eu fiz foi dormir — respondi. — Bom dia.

Ele revirou os olhos e me avisou que tinha comprado pão na padaria a algumas quadras daqui. Eu apenas agradeci e me sentei à mesa, começando a tomar o café e organizando, mentalmente, todas as coisas que teria que fazer antes do almoço, para que pudesse ir ao congresso de floristas com Hugo. Teria que estar em sua floricultura logo após o almoço.

— Marina, você ouviu alguma coisa do que eu falei? — perguntou Vinicius, parado à minha frente, do outro lado do balcão da cozinha.

— Desculpa, não — sorri para ele. — Muita coisa na cabeça, tenho um congresso para ir hoje.

— Congresso? Você não me falou de congresso nenhum — ele disse confuso.

— Não tive tempo para falar, tanta coisa ao mesmo tempo — falei com um suspiro. — É um congresso de floristas, tenho um panfleto em algum lugar. Vou com o Hugo, da outra floricultura.

Vinicius se engasgou com o café, colocando a caneca no balcão e tossindo três vezes antes de respirar fundo e olhar para mim. Eu dei de ombros e ele ergueu uma sobrancelha para mim.

— Ele é um dos possíveis admiradores, Mari — falou, como se fosse um aviso de algo ruim.

— Tudo bem, eu sei — disse despreocupadamente. — Todos eram, até alguns dias.

Terminei de tomar café e me arrumei para ir à floricultura. Claro que, levando em conta que iria ao congresso depois, me arrumei um pouco melhor que o habitual. Quando saí do quarto, Vini arrumava sua mochila na sala, com os cabelos pingando água bem em cima do meu sofá.

— Você estava se arrumando para o congresso ou para o florista? — perguntou enquanto eu pegava uma toalha e secava seus cabelos. Revirei os olhos, peguei minha bolsa e a chave do carro.

— Vejo você mais tarde — me despedi, abrindo a porta e ouvindo ele dizer "arrivederci" antes que eu pudesse fechá-la.

...

Flores para uma florista - Livro I [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora