Capítulo 27: Rosa cor de rosa e branca

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"E cada verso meu será, para te dizer que eu sempre vou te amar, por toda a minha vida."
Vinícius de Moraes

Quinta-feira, 09 de junho

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Quinta-feira, 09 de junho

Eu estava atrasada.

Quando acordei e percebi a hora, me dei conta de que estava muito atrasada. Olhava as mensagens em meu celular e Fernanda e Rafaela estava doidas atrás de mim, muito preocupadas, enquanto eu estava dormindo.

Me arrumei o mais rápido que pude e fui para a floricultura enquanto tomava um copo muito grande de café, o que foi possível graças ao trânsito de estava completamente parado. Quando, finalmente, cheguei, estacionei o melhor que pude e corri para fora, entrando na floricultura às pressas, enquanto ouvia meu celular tocar dentro da bolsa.

— Já estávamos te ligando! — Gritou Fernanda quando passei pela porta, fazendo soar o sino. — Onde diabos você se meteu?

— Na minha cama — respondi e ela revirou os olhos. — Quando, finalmente, consegui, dormi demais e não ouvi o despertador.

Passei por elas e deixei minha bolsa embaixo do balcão. Me sentei e estava amarrando o cabelo quando encarei as duas e percebi que estavam se entreolhando.

— O que?

— Você nunca se atrasa — falou Rafaela.

— Isso só acontecia quando você ainda namorava o Filipe — completou Nanda, sentando à minha frente e me encarando com a cabeça apoiada nas mãos. — Depois disso você virou a pessoa mais pontual que esse mundo já teve. E isso só pode significar uma coisa.

— Não pode significar nada e vocês fiquem caladas — eu disse, levantando um dedo enquanto ficava em pé e pegava minha bolsa.

— Significa sim e você vai explicar tudo para nós! — Fernanda gritou enquanto eu corria para o escritório, fugindo delas e rindo ao mesmo tempo.

Deixei minha bolsa na mesa e peguei o celular dentro dela. Além da ligação perdida de Fernanda, tinha algumas mensagens de Vini e isso me lembrou que eu não o respondi ontem. Não porque esqueci, mas porque não o responderia mesmo. Vinicius nunca me deixou na mão e, antes de qualquer coisa, eu precisava entender o que estava acontecendo.

"Ei, Mari, está tudo bem?"

"Por que não me respondeu?"

"Já estou começando a ficar preocupada então, por favor, dê um sinal de vida."

"Fernanda já me mandou dez mensagens e me ligou três vezes. Por favor, apareça!"

"Passarei na floricultura pela tarde."

Coloquei o celular no bolso de trás da calça jeans em que eu me enfiei correndo hoje pela manhã e voltei para o balcão, disposta a enfrentar os furacões Fernanda e Rafaela. Elas largaram os ursinhos que arrumavam nas prateleiras no mesmo momento em que me viram.

Flores para uma florista - Livro I [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora