Capítulo 24: Cravo branco

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"O amor puro engrandece a alma; e quem sabe amar, sabe morrer. Não há perola semelhante ao amor."
Victor Hugo

Segunda-feira, 06 de junho

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Segunda-feira, 06 de junho

Segunda-feira, dia 6. Isso significa que faltam apenas 6 dias para que eu possa saber quem é o tal admirador secreto. Confesso que ainda não tenho cem por cento de certeza se eu quero saber quem ele é. Parece que, ao saber da verdade, essa magia do admirador acabará. A verdade é que tenho medo de me decepcionar ao descobrir quem é.

Levantei do sofá, onde antes estava sentada tomando café, para me arrumar para ir à floricultura. Dessa vez, com o intuito de não precisar sair da floricultura para nada, Vini fez o jantar ontem e separou para que eu pudesse levar para almoçar.

Minha mãe havia mandado algumas mensagens perguntando como estavam as coisas e eu respondi com poucas palavras. Ultimamente ela estava perguntando demais, é como se soubesse que algo estava errado e tentasse, a todo custo, arrancar informações de mim. Mas eu não a deixaria preocupada, fazendo-a abandonar sua viagem para me ajudar com essa situação que, por enquanto, não tinha como ser reparada.

Me arrumei para sair e peguei o almoço na geladeira, lembrando de Vinicius falando que passava tanto tempo comigo que estava quase fazendo as malas e mudando-se definitivamente para cá. Desde que viramos amigos, ele sempre passou mais tempo comigo do que com qualquer um. A não ser quando estava com alguma de minhas amigas ou em alguma partida de futebol com amigos.

Minha mãe sempre amou Vinicius e o tratava como um segundo filho, já que eu sempre o tratei como um irmão. As únicas loucas que inventaram essa história de que nós parecíamos um casal e blá, blá, blá, foram Fernanda e Rafaela. Além da irmã dele, que não me suporta por isso. É cada uma.

A fachada da floricultura estava decorada com corações de papel e eu escondi o rosto entre as mãos, não acreditando naquilo. Olhei a data no celular e bufei. Faltavam seis dias para o Dia dos Namorados e eu havia me esquecido completamente disso, com toda essa história de admirador secreto e os problemas na floricultura.

- Olá, chefinha! - Disse Fernanda, animada, assim que passei pela porta. Ela segurava uma fileira de corações e, na cabeça, usava um arquinho cheio deles. - Bom dia!

- Eu vou fingir que não estou vendo isso e vocês fingem que não estão fazendo - falei e Rafaela riu, me abraçando desajeitada de lado.

- Sabe que nós somos obrigadas a fazer isso, Mari - argumentou, com o braço em meus ombros. - Tudo pelos clientes.

- Claro. O capitalismo nos obriga a comprar flores, chocolates e ursinhos de pelúcia para celebrar uma data que não tem sentido, apenas porque todos estão fazendo o mesmo. Tudo pelos clientes.

- Achei que você já tinha superado - falou Fernanda, com os olhos tão grandes quanto os do ursinho branco com rosa parado ao seu lado. Pareciam clones.

Flores para uma florista - Livro I [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora