Já passei uma semana evitando o Ben. Comecei a sentar longe dele na sala de aula, e colocar toda a minha atenção na aula. Não que eu conseguisse muito bem. Ás vezes eu não resisti e olhei para a direção em que ele estava. Quase todas as vezes ele estava me encarando com uma cara confusa. O que me fazia voltar a realidade é voltar a minha atenção para o professor novamente. A questão é: eu pretendo continuar a evitá-lo. Quem sabe assim eu consigo esquecer o tal sentimento que eu sinto por ele. Que segundo a Melissa é amor, mas eu ainda não me convenci muito disso.
- Manu! - ouvi uma voz me chamar. Virei para trás e encontrei a Me.
- Oi Me.
- Você precisa parar.
- Parar?
- Sim.
- Parar de fazer o que?
- Evitar o Ben, menina!
- Ah isso.
- Como assim "ah isso"?! Amiga, olha eu tenho te acompanhado essa semana inteira e não falei nada. Mas agora está na hora de uma intervenção.
- Ai, Melissa! Você fala como se o que eu estou fazendo fosse horrível!
- Mas Manu, é horrível!
- O que, agora eu não posso me dar um tempo para pensar?
- Pode, mas você não pode simplesmente parar de falar com o menino do nada, para ele ficar todo confuso, achando que disse ou fez alguma coisa de errado!
- E quem disse que ele acha isso?
- Ele. O Ben me chamou hoje antes da aula e me perguntou se você está bem, ou se está brava com ele.
- Sério?
- Não eu inventei uma história só para te dar uma lição de moral. É claro que é sério né Manuela!
- Nossa, tá bom então. Amiga, não imaginei que ele estivesse desse jeito, acho que eu realmente não pensei antes de fazer isso. Mas...
- Mas o que?
- Mas o que eu faço agora?
- Pede desculpas para ele, ué.
- Tá bom, Me. Vou fazer isso quando estivermos indo embora.~..~..~..~..~..~..~..~..~..~..~..~..~..~
Quando ouvi o sinal tocar levei um susto. Precisava pedir desculpas. Ainda não sabia como iria dizer, mas eu sabia que precisava dizer.
- Boa sorte. - a Me disse saindo da sala. Esperei até que todos os alunos saíssem para falar com o Ben.
- O-oi.
- Manu? Você tá bem? Está brava comigo?
- Não está tudo bem.
- Então por que andou me evitando? Parou de responder minhas mensagens, não voltamos mais juntos para a escola, nós praticamente nem nos falamos. - ele disse, com toda a razão. Ele poderia estar bravo, chateado, afinal, eu simplesmente dei as costas para ele. Mas não. Sua expressão estava confusa.
- Desculpa por isso. Eu estava pensando.
- Pensando? Sobre o que?
- Ah - pensei antes de falar - estava pensando na vida. E me desculpe por isso. - O.K. é totalmente verdade? Não. Mas pelo menos não totalmente mentira. Eu não podia simplesmente falar que eu estava pensando em... Na verdade, eu não faço ideia no que eu estava pensando. Porque o "nós" não existe, certo?
- Que bom! - ele falou parecendo... aliviado? - Não queria perder a sua amizade. - amizade. Não sei o por quê, mas essa palavra me deixa arrasada. - Ah, e você está totalmente desculpada! - ele completou.
- Ah claro. Eh eu também não.
- Vamos?
- Pra onde?
- Para casa Manuela! - ele falou rindo.
- Ah, tinha me esquecido. Vamos.
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OPS! Me apaixonei...
Teen Fiction"Não acredito que me apaixonei tão rápido. Quer dizer, algumas semanas atrás eu nem o conhecia! Mas, acho que nós não escolhemos quando nos apaixonamos. Só sabemos quando acontece." E aconteceu. Ah, como aconteceu. E, ocorreu com uma garota que nã...