OPS! Me apaixonei...

Capítulo 5 - Desculpas

  Quando chegamos na enfermaria, o sinal tocou avisando que o lanche havia terminado.
- Amiga, eu preciso ir agora, mas se você não estiver bem, eu fico.
- Não amiga tudo bem, pode ir - eu disse rindo do jeito fofo dela.
- Então tá. Mas me promete uma coisa?
- O que? - perguntei curiosa.
- Se você se encontrar com o Ben, pede desculpa para ele?
- Oxi! Por que? Eu não fiz nada de errado!
- Manuela...
- Ok, talvez eu tenha sido um pouquinho grossa com ele... - falei admitindo.
- Um pouquinho? - ela riu - você foi SUPER grossa com ele. Ele só estava sendo gentil e você foi embora! Tadin... - ela parou de falar quando viu que eu estava com uma cara de "eu já entendi" - Bom, acho melhor eu ir então. Se cuida. - ela me deu um beijo na testa e saiu.
  Depois que ela saiu, eu falei o que aconteceu para a enfermeira e enquanto ela pediu para eu descansar um pouco, para ver se passava, eu pensei um pouco num certo alguém. Talvez eu tenha sido meio injusta com ele. Ele foi muito gentil comigo, tanto na escola, quanto na festa. E eu fui meio grossa com ele... Lembrei do que a Me pediu e decidi que quando eu o encontrar, se eu o encontrar, eu pediria desculpas. Era o certo a e fazer.
  Depois de um tempo eu melhorei. Saí da enfermeira e fui para minha sala, mas quando cheguei lá o sinal havia tocado, e todos já tinham saído da sala. Juntei minhas coisas e peguei a mala. Na saída encontrei a Me.
- Amiga, Finalmente! Achei que você ia ficar na enfermaria até amanhã! - ela disse correndo na minha direção.
- Ai Melissa, como você é exagerada! - eu disse indo para ela rindo.
- Hahaha - ela riu também - amiga, você vai embora que horas hoje?
AI MEU DEUS! É verdade! Eu estava atrasada! Todos os dias eu ia de ônibus para casa, já que minha mãe trabalha até tarde e não pode me buscar. Então, como eu moro um pouco longe tinha que sair cedo da escola.
- AGORA! - eu disse saindo correndo para fora da escola - BEIJO! - eu gritei já longe.
  O ponto de ônibus mais próximo ficava a 1 km da escola. Depois de andar MUITO como sempre, cheguei no ponto. Ah, mas como eu queria ter me atrasado mais um pouco... Simplesmente porque quando eu cheguei, esbarrei num certo alguém. DE NOVO! Sério, já estava irritando.
- Desculpa - eu disse. Fala sério! Acho que eu vou esbarrar nele todo o santo dia!
- Tudo be... - ele parou quando viu que era eu - Manu, oi! Acho que nós vamos nos encontrar toda vez desse jeito. - ele disse rindo. Aff, sério mesmo que não podia ser QUALQUER outra pessoa?!
- Eh, pelo jeito sim - falei forçando um sorriso.
- Você está indo para casa? - ele perguntou. Não! Eu estou indo para a lua!
- Sim - respondi o mais gentil que eu podia ser no momento - por que?
- Porque eu também vou para a minha casa.
- E o que eu tenho a ver com isso?! - respondi. Ok. Talvez eu tenha sido um pouco grossa mas sério, o que eu tinha a ver com isso?
- Nossa, calma nervosinha! - ele respondeu rindo - Somos vizinhos, esqueceu? Vamos pegar o mesmo ônibus. - Ah é. Esqueci esse PEQUENO detalhe. Éramos vizinhos. Será que iríamos voltar juntos TODO DIA?! Bom, não seria tão ruim assim, já que ele é legal, bonito... MANUELA! No que eu estou pensando? Eu acabei de conhecê-lo!
- É verdade... - respondi. E logo que eu disse isso me lembrei de uma coisa. - Benjamin, eu queria te pedir desculpas. - eu disse lembrando do que a Me tinha me pedido. Mas ele pareceu confuso.
- Desculpar por que? - ele perguntou.
- Por ser mal educada. - disse. E, para falar a verdade, eu realmente estava me sentindo um pouco culpada. - Quando nos conhecemos, eu e a Me não precisávamos sair. Eu que quis. - eu disse olhando para o chão. Nossa por que eu estou assim? Afinal eu só tinha ido embora, mas sei lá, parece que eu fiz algo muito errado. Mas esse sentimento passou quando o Benjamin começou a rir. Mas não só rir, ele começou a gargalhar! Quando finalmente parou, ele se virou para mim e falou:
- Tudo bem. Eu entendo você não conseguir olhar para essa beleza. - ele disse apontando o dedo para seu rosto. Ele só podia estar brincando! E eu aqui pedindo desculpas para um convencido! Que raiva! Não acredito que fui tão besta! Revirei os olhos, bufei e sai de perto dele. Quando o ônibus finalmente chegou, eu sentei no banco mais longe possível do que o Benjamin estava (que infelizmente pegou o mesmo ônibus que o meu). E fui assim para minha casa, sem trocar nem um olhar sequer para o meu novo vizinho convencido.