Toquei a campainha. Decidi que eu vou contar para o Ben o que sinto depois que terminamos de estudar. Uns quinze segundos depois a porta é aberta.
- Manu!! - a Clara gritou vindo na minha direção e pulando em mim. - Finalmente você chegou! O meu irmão já está descendo.
- O.K. - respondi a abraçando e a colocando no chão. - E aí tudo bem com você?
- Tudo. - ela falou e entrou na casa. - Entra! - disse logo em seguida.
Entrei na casa e reparei que ela estava mais arrumada do que da última vez que eu fui lá.
- Oi Manu. - o Ben disse descendo da escada de sua casa. E, UAU. Ele estava muito lindo. Ele estava com o cabelo meio bagunçado, uma blusa social com o estilo meio jeans e uma calça jeans marrom. - Podemos começar o trabalho?
- Claro!
- Bom, nós podemos fazer o trabalho na sala ou no meu quarto.
- Nem vem! Eu vou usar a sala para brincar de massinha. Você sabe que a mamãe só me deixa brincar de massinha aqui na sala. - a Clara protestou.
- Tudo bem. - o Ben concordou - Vamos para o meu quarto então Manu.
Estar no quarto do Ben é como estar em uma praia. As paredes são azuis, o carpete do chão é a cor da areia, os móveis são claros e sua cama é como uma prancha.
- Então, você tem dúvida em que parte da matéria? - perguntei enquanto nos sentávamos em uma escrivaninha no canto direito do quarto.
- Deixa eu ver.. - ele esfregou a mão no queixo em um gesto bem teatral. - Digamos assim... Tudo. - ele ri me fazendo rir junto.
- Então vejo que temos muito trabalho pela frente. - digo ainda rindo.~..~..~..~..~..~..~..~..~..~..~..~
- Manu, sério eu estou tentando, mas isso não entra na minha cabeça! - o Ben falou desistindo de fazer um exercício em que estava tentando a mais de dez minutos.
- Relaxa. Vou ficar aqui até você entender.
Para minha surpresa ele segura minhas mãos. Seu toque é macio e cuidadoso, mas é o bastante para fazer meu coração acelerar. Droga! Eu devo estar parecendo uma boba agora.
- Obrigado. Por tudo que está fazendo. - ele disse sorrindo.
- Mas eu só estou te ajudando a estudar matemática.
- Eu sei, mas você é a melhor professora possível. - ele falou me fazendo corar. Droga! - Tão boa que me fez querer tentar o exercício de novo. - ele disse tirando suas mãos das minhas e pegando o caderno que continha o exercício que havia deixado de lado. Senti a falta do seu toque, mas pelo menos não estou corada agora.~..~..~..~..~..~..~..~..~..~..~..~
- Acabamos! - anunciei.
- Uhu! - ele comemorou. - Manu, que horas você tem que ir?
- Para minha casa? - ele confirma com a cabeça - Bom, umas oito e meia. - ele olha no relógio da parede.
- Agora são sete e meia. O que quer fazer?
É agora.
- Posso olhar seu quarto? - Perguntei. Sim, eu amarelei. Mas poxa, quem não fica nervosa antes de se declarar para o crush? Ele me olha surpreso mas logo concorda.
- Claro.
Começo a olhar o quarto dele mais detalhadamente. Vejo um violão e depois que perguntei à ele descobri que toca não somente violão, mas também toca guitarra e compõe às vezes. Logo depois vejo uma prancha e descubro que ele gosta de surfar quando está com tempo livre. Continuo olhando as coisas do quarto e paro quando vejo uma que chamou minha atenção. Uma fotografia de uma menina.
- Quem é? - pergunto mostrando a foto para o Ben.
- Você não reconhece? - olho novamente para a menina da fotografia. Ela me parece familiar, mas mesmo assim, não a reconheço.
- Não.
- É a Raquel.
- A Raquel? A aluna nova da nossa sala?
- Sim. - Olhando novamente para a fotografia a reconheço. Mas, por que ele tem uma foto dela?
- Não sabia que vocês eram parentes. - eu falei.
- Na verdade não somos. - ele faz uma breve pausa - Ela é minha namorada.
- N-namorada?!
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OPS! Me apaixonei...
Roman pour Adolescents"Não acredito que me apaixonei tão rápido. Quer dizer, algumas semanas atrás eu nem o conhecia! Mas, acho que nós não escolhemos quando nos apaixonamos. Só sabemos quando acontece." E aconteceu. Ah, como aconteceu. E, ocorreu com uma garota que nã...