¥ Capítulo 14

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Ela jamais estiveram na prisão em sua vida inteira ,contanto, nunca quisera passar por essa experiência. Ao contrário dela,sua amiga já estava quase fazendo da prisão um lar. Ela até tinha conhecidos lá, principalmente príncipe e Cortland, que insistiam em transformar a vida das duas em um inferno, isso apenas porque o lustre decidirá cair em cima de um determinado Rei. Embora isso fosse culpa de Adohena, às vezes o Príncipe merecia umas palmadas pelo modo como as tratava. Ainda assim, o prêmio de mais cretino ia para Cortland. Desde que o momento as virá, ele pedirá ao príncipe sua execução, mas o príncipe o vetara dizendo "Elas merecem algo pior". Fazia três dias que elas estavam presas e ele continua insistindo nisso, alguma hora o príncipe cederia.
Dito e feito.
Quando pôs isso na cabeça, outro guarda apareceu na porta. Ela se lembrava que Adohena descreverá Cortland com a aparência de um boneco, mas aquele cara simplesmente não deixava a aparência a mostra. Apenas era possível ver que a armadura era três vezes maior que ele.
_ Aproveitem sua última noite, meninas.- disse. - Amanhã, vocês receberam o que merecem.
Elas se entreolharam.
_ O que isso quer dizer?- perguntei.
_ Espero que estejam familiarizadas com nosso método de execução.
Ele não diria qual era o método, mas não precisou.
_ Em que ano estamos?- perguntou Adohena.
Eu olhei para ela e perguntei com os olhos "Ficou maluca?", ela apenas respondeu "Possivelmente".
Não esperei que o guarda respondesse afinal não estava autorizado a falar com os prisioneiros, ou pelo menos era o que eu achava.
_ Dois mil, trezentos e quarenta e seis.
Ela apenas acenou com a cabeça em sinal de "Sim" e ele foi para sua posição de vigia.
_ Por que é importante saber o ano?
_ Assim posso achar um jeito de escapar desse lugar, pela segunda vez.

***

_ Eles vão me prender a você? Eu escutei direito? - perguntei indignada.
_ Apenas um braço e uma perna, eles decidem quais. Costumam embaralhar para que não possamos sobreviver.
Absorvi aquilo.
_ E depois?
Ela respirou.
_ Soltam uma criatura de escolha deles, ela pode ser sobrenatural, imortal ou um humano bem habilidoso, o propósito é o mesmo.
_ Então está na hora de revirar esse quarto a procura de armas.- sugeri.
Ela botou as mãos na frente do rosto em sinal de descrença.
_ Eles vão nos revistar e não há nada aqui que possa ser escondido em qualquer lugar do nosso corpo.
Notei pelo tom de sua voz que ela já estava perdendo as esperanças.
_ E quanto a seus "poderes"?
_ Não sei como fazer-los funcionar.
Minha auto estima diminuiu um pouco, mas eu não podia perder meu pensamento positivo.
_ Vamos dar um jeito.- garanti, mais a ela do que a mim.
Eu realmente quis dizer aquilo, não era dá boca para fora. Era culpa dela estarem presas, o mínimo que podia fazer para reparar​ seu erro, era tira-las dali.
Perguntei para mim mesma: Será que isso teria acontecido se tivéssemos trazido a ruiva conosco? Se ela estivesse ali, faria alguma magia estranha e estaríamos livres.
Mal sabia eu, que ela não estava do nosso lado.

πππ

A cada minuto que passava eu admirava mais o pensamento positivo de Kate. Enquanto eu nem me importava mais em achar um meio de sair dali, ela já tinha um feito um plano A ,e um B para o caso do A não funcionar, e um C caso os dois não funcionassem. Mas ela fez questão de não me contar nenhum dos planos, pois acho que ela percebeu que eu já tinha desistido. Para mim, estar de volta no lugar onde tudo começou era como fechar um ciclo​, para ela, era o começo de tudo. Era uma ironia que eu não consegui apreciar.
Não precisei de muito para saber que eu não sairia viva dali uma segunda vez, e eu tinha aceitado isso muito bem. Quando o guarda chegou para nos levar até a Arena, eu vi Kate guardar um clipe em sua boca, o que foi nojento. Entendi pelo menos um de seus planos. Me mexi e insultei o modo como o guarda me algemará, tentando distrai-lo.
_ Ei, cara, esse é melhor jeito de me algemar que tem? Sério, até uma criança de dois anos saberia dar um nó melhor.- e me soltei.
Ele apenas me ignorou e voltou a me amarrar. Vi que Kate tinha terminado, parei de zombar dele e comecei a andar em direção a minha execução.

∆∆∆

Ryan se sentiu culpado. Ele era filho de um preso suicida, mas não gostava de apagar as pessoas, mesmo que fossem, supostamente, seus inimigos. Parecia errado, não importando quem fosse. E ele era um cara meio cético em relação a isso.
Porém, ele tinha que admitir, as roupas daqueles caras eram demais. Will não tivera coragem de mexer os botões para saber o que faziam, já aos olhos de Ryan, ele estava no paraíso dá tecnologia em roupa. Isso sem levar em conta o óculos. Uma estrela, que apenas parecia enfeite do óculos, acionava uma projeção 3D do prédio todo, de suas tarefas e o que mais ele pedisse. Ele estava se sentindo um verdadeiro MIB(que? não critique o meu bom gosto) dentro de sua roupa de pinguim avançada.
_ Cara, você não pode brincar depois?-zombou Will.- Há um computador bem maior lá em cima.
Eu mostrei a língua para ele.
_ Você parece minha mãe, quando ela dizia "a gente compra na volta".
Continuamos a andar até o elevador.
_ Me parece que você teve uma infância difícil.
Eu concordei com a cabeça.
_ Pode se dizer que sim, mas é melhor não falarmos disso agora.
Eles mostraram o cartão de identificação para o elevador e entraram. Will apertou o botão do andar do registro de funcionários e subimos.

***

Eu vasculhava os registros enquanto Will ficava de vigia na porta, não podíamos correr o risco de sermos pegos olhando os registros, ainda mais se descobrissem que éramos do time inimigo.
_ Ei, qual é a história dessa mulher que estou procurando?
Will bufou.
_ Eu não posso lhe contar a história, pelo menos não aqui. Não posso estragar...- ele travou antes de dizer algo comprometedor.- as coisas.
Ah, como eu odeio me disfarçar, sempre era difícil entrar no personagem.
_ Eu vou cobrar uma explicação.-anunciei.- Achei.
_ Seja rápido.
Peguei a caneta mais próxima e escrevi no bloco de anotações que havia no óculos: " Castleville Trevor, 15/05/2346".
_ Ótimo, agora vamos subir.

***

Eles não subiram. De acordo com suas informações, os andares de cima guardavam todos os segredos daquele lugar. Mas para subir era necessário ter um cargo alto, o que eles não tinham. Ryan se odiou por dentro, teria que apagar outra pessoa e roubar a chave. Ele não ficou muito feliz com isso.
_ Já brincou de mão leve?- perguntou Will.
Tentei não revirar meus olhos.
_ É claro que já. Por que?- respondi.
Ele sorriu maliciosamente.
_ Tente me acompanhar, então.

£££

Will chegou mais perto dos guardas do elevador, imaginando que eles tinham um cargo mais alto. Mandou Ryan esperar até entender o que ele estava fazendo, mas assim que ele começou, o garoto já estava ao seu lado,no modo invisível.
_ Ei, cara, sabe onde fica a Secretária? - perguntei.
Secretária era o codinome que os guardas usavam para se referir a sala dos segredos.
_ Penúltima andar, Druida.- respondeu.
Eu quase esqueci desse negócio de apelidos que rolava entre os guardas, por sorte não tinha "escorregado" e acabado com nosso disfarce.
Passei por ele em direção ao elevador e trombei com ambos propositalmente. Torci para Ryan ter entendido o meu plano e estar me acompanhando.
_ Desculpe.- pedi.
Entrei. Peguei a chave dele, pluguei na fechadura e girei. Apertei o botão do penúltimo andar e o elevador começou a subir. Ryan apareceu ao meu lado.
_ É melhor você descer.-disse e me mostrou que ele tinha 3 chaves, a dele, a minha e a do outro guarda.
Assenti para ele.
_ Te espero do lado de fora. Boa sorte.- desejei.
Ainda subi com ele até seu andar e depois desci, devolvi as chaves aos guardas e saí.












































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