Ryan não gostava dá ideia de não ter ninguém lhe dando um apoio extra, tinha se acostumado com Will fazendo isso, fazia tempo desde dá última vez que ele tivera que se virar sozinho.
Ele já estava no penúltimo andar a quase meia hora, não achou que fosse demorar mais que isso, mas aparentemente haviam muitos segredos naquele lugar. Ele se perguntou se a tal May era realmente fazia parte disso tudo, com todos os benefícios e vantagens que tinham em relação aos seus amigos, até ele podia entender. Segundo Will, May nunca fazia nada sem segundas intenções, parecia um jeito solitário de se viver.
Eu estava perdendo a paciência, e provavelmente não tinha muito tempo antes de alguém aparecer ali e me pegar no flagra, e não queria que isso acontecesse. Fiquei tentado a mexer nos botões daquele casaco, mas não sabia o que todos eles faziam, então deixei quieto. Quanto mais tempo eu passava ali, mais eu queria ter mentido no interrogatório sobre Adohena, ainda mais sabendo que não foi um interrogatório de verdade.
Ouvi meu óculos tocar (um óculos telefone, legal) e a voz de Will soou:
_ Como está indo?-perguntava.
_ Lento.-foi a única resposta que lhe dei.
Eu o ouvi suspirar.
_ Então é bom acelerar porque estamos sendo chamados para fazer outra coisa.- mandou.
Eu pisquei forte.
_ E eu posso saber o que é?
_ Não. Mas acho que você sabe com quem tem a ver.
Continuei a mexer na tela enquanto mentalmente me repreendia por ter me metido naquela bagunça.
_ Adohena.-respondi.- Parece que o mundo gira a volta dela, ultimamente.
_ Infelizmente, isso é apenas a ponta do Iceberg.
"Droga, pensei. Nem tive tempo de continuar antes do pen-drive apitar, avisando que tinha terminado seu serviço.
_ Will, me tire daqui.- pedi.
Em menos de 30 segundos, eu e ele estávamos em uma Arena com Adohena encolhida no modo tartaruga, uma loira gritando, um homem e uma poça de sangue nos rodeando.
_ Cara, ainda bem que nos deixaram ficar com essas roupas malucas. Que bagunça.- disse Will.
Ele pegou sua espada luminosa e bateu com o cabo dela na cabeça dá loira. Depois ajoelhou e a jogou por cima de seu ombro, como se fosse uma boneca de pano.
Eu ri com seu jeito desajeitado, porém eficaz,de resolver as coisas.
_ Vai ser difícil consertar tudo isso.-comentou.
Ajoelhei-me em frente a Adohena, toquei nela e chamei seu nome 3 vezes antes de resolver as coisas do jeito Will.
_ O que isso quer dizer?- perguntei.
_ Daremos sorte se elas não tiverem quebrado o tempo.-respondeu.
Ele tirou usou a espada para abrir um círculo no chão. Dentro eu vi um armazém vazio, provavelmente um abrigo provisório. Peguei ela com cuidado e pulei, torcendo para não morrer.πππ
Como tinha previsto, eles algemarám uma perna minha a um dos braços de Kate, e uma das pernas dela ao meu outro braço. Ou seja, era impossível se mover sem causar uma dor lacinante em alguma das duas. Para sua sorte, já estavam dentro dá Arena.
Era basicamente um estádio de futebol com o tamanho de dois, e areia em vez dá grama. Um portão enorme jazia no meio do estádio, o padrão para o tamanho de todas as criaturas mitológicas ou não, que podiam sair dali. Não era permitido armas para nenhum dos dois lados, elas deviam sobreviver apenas com os braços contra o quer que eles mandassem, e vendo a raiva do príncipe e Cortland,ela sabia que estava frita.
Havia tantas coisas que eles podiam mandar contra elas, era nessas horas que a sua memória de 16 GB a torturava ainda mais com os possíveis jeitos de que poderiam mata-la facilmente.
Mas estranhamente, ela não estava com medo. Adohena se conhecia o suficiente para saber que quando ficava assustada, ela começava a tremer de medo igual uma vara verde. Pela primeira vez, em seu estômago tinha uma sensação nova de paz ,que era desconhecida para alguém naturalmente anciosa. Talvez eu estivesse amadurecendo, ou me acostumando ao constante perigo que corria ultimamente e a sensação de adrenalina que vinha de extra no pacote.
Achei que estava pronta para o que quer que ultrapassasse por aquele portão, estava pronta para aceitar morrer. Mas eu não contava com a astúcia de Cortland.***
No momento que ele entrou na Arena, eu pensei: "é um homem" e agradeci baixinho um "amém". Com homens eu podia lidar. Olhando de longe,essa era realmente a impressão que ele passava. Mas quanto mais perto ele chegava, mais eu percebia que estava errada. Ele veio andando em nossa direção, e ficando maior a cada passo, até bater a cabeça no teto. Trajava apenas uma blusa polo verde escuro, uma calça jeans surada e tênis esportivos.
Contra a minha vontade, comecei a balançar freneticamente para frente e para trás, esperando dar uma cambalhota para me tirar daquele lugar.
_ O que está fazendo?- perguntou Kate.
_ Tentando não ser esmagada. Espero que você tenha um plano, porque eu não distrai aquele guarda a toa.
Ela suspirou.
_ Eu tinha três, mas todos dependiam de como ficaríamos amarradas. Por enquanto, vamos apenas nos concentrar em nos mover.
Já era tarde. Quando finalmente conseguimos sair do lugar, ele já tinha nos alcançado ,e com um chute nós fomos parar na borda dá Arena***
Minhas costas doíam, assim como minha cabeça, o que dificultava a minha visão. Fiquei surpresa, pela primeira vez, por não ter desmaiado. Porém fiquei mais surpresa ainda com Kate.
Talvez ela estivesse tomando esteróide , talvez fosse uma carga intensa de adrenalina, mas ,de algum jeito ,ela, sozinha, conseguiu nos virar alguns centímetros, o suficiente para não sermos chutadas de novo.
_ Alguma ideia?-perguntei
Ela não respondeu. Eu quase diria que estava inconsciente, mas não era capaz de virar a cabeça 360 graus para poder verificar, o que eu deveria ter feito.
Não deu 10 segundos, e eu ouvi um grito. Não era um grito da multidão assustada pois não havia platéia. Era um grito de puro medo, e que me causou medo também. Foi tão forte e tão alto, que fez meus ouvidos sangrarem, e de algum modo derrubou o homem-enorme, o que consequentemente resultou em uma espécie de terremoto. Quando o "terremoto" atingiu a arquibancada, ele acertou o príncipe que caiu do topo de seu trono, ou seja, ele morreu. "Mais dois, nem doeu dessa vez", contei na minha cabeça. Ainda um pouco desorientada, procurei pelos membros de Kate amarrados aos meus, mas não a achei. Será que eu ficará tanto tempo sem ter noção das coisas que não a tinha visto se soltar? Era possível.
Eu só fui achar-la do outro lado dá Arena, quando o grito estridente soou mais uma vez, usando ela como sua fonte. Tentei correr até ela, mas seu grito tinha uma potente barreira de vento que me arrastava para trás a cada passo.
No fim, acabei agachada no chão, com a cabeça entre as pernas, tentando diminuir a magnitude do som em meus ouvidos, e esperando que ela parasse.
E esperei, incapacitada de fazer qualquer coisa, a não ser lamentar meus arrependimentos comigo mesma. E eu tinha muitos.
Não sei por quanto tempo fiquei ali, presa para dentro de mim mesma,talvez eu tenha entrado em choque ou letargia por causa do grito. Mas quando voltei a mim, eu já estava em um armazém, ouvindo uma voz que eu não escutava há muito tempo me dizendo:
_Oi.
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Once In A Lifetime
Novela JuvenilAdohena era uma simples adolescente do ano 4000 ,que vivia com um segredo que poderia jogar-la atrás das grades, até que um dia ela teve um sonho muito maluco e sua vida só desceu ladeira abaixo depois disso. Em meio a suas aventuras, ela logo desco...