Você deve estar se perguntando: como eu lidei com a minha irmã desaparecida? Como eu sabia disso?
A explicação para tudo é mais que parece:Eu deixei ela ir.
Era necessário. Adohe sempre quis ser mágica, e eu sei que ela ainda vai ser um dia, mas era algo que estava no nosso sangue. Eu sou uma, porque nasci assim. Família é algo mais complexo do que todos imaginam, falo por experiência própria.
Preste atenção, essa é a história de como nosso poder surgiu ,e foi passando de geração para geração, sendo acrescentado algumas variações para que nem todos os nossos poderes fossem iguais. Então, vamos começar.***
Pense que há um deus maior que todos e dê a ele o nome que sua religião lhe permitir, então imagine que esse deus venha a Terra e se passe por um humano. Quando isso acontece, devemos fazer lo se sentir bem vindo, e não rejeita lo,mesmo sem saber sua verdadeira identidade.
Bem, foi isso que meu ancestral fez, o que rendeu a a ele o primeiro dom: Telepatia. Ele achava que era um dom, até não ter mais controle sobre isso. O que as outras ao seu redor pensavam, entrava em sua cabeça e antes de seus 20 anos completos ele morreu.
Mas ele teve um filho, que também tinha outro dom. Assim o dom foi passado de geração em geração, mudando sua forma de ser usado, assim como seus meios, até chegar hoje em dia. Tanto eu quanto Adohe temos um dom, mas o dela é mais poderoso. O meu poderia ser descrito como visões do passado, presente e futuro. O dela é mais difícil de explicar. Digamos que ela possa morrer e ressuscitar,mas antes disso ela receberia poderes provisórios que eu não fazia ideia de quais seriam, e caso isso aconteça, então ela receberá seus poderes verdadeiros, que eu definiria como um espírito que agiria por meio dela sempre fazendo o que era melhor para todos.
A propósito, foi assim que nosso pai passou dessa para melhor, quando o espírito tentou fazer o primeiro contato, e agiu por meio dela. O meu não é tão útil assim, mas as vezes ele costuma servir para alguma coisa. Afinal, esse é seu dever. Tudo que existe tem seu papel no universo, por mais pequeno que seja, faz as coisas funcionarem. Para as pessoas da minha família, esse papel era cuidar da ordem do universo. Não de um jeito mal, mas só controlar para que coisas fossem o que deviam ser. Para isso que nossos poderes eram usados, mas cada poder vinha com seu propósito a ser cumprido. Um poder como o meu vinha para que eu fosse centrada em ajudar as pessoas, já o de Adohe ,eu não fazia ideia do que ele poderia servir. Mas para descobrir ela teria que morrer primeiro para receber- lôs, e isso era exatamente o que ela estava fazendo agora.
Morrendo.πππ
Assim que acordei, eu tentei me situar. E percebi que estava viva. Talvez com alguns ossos a menos, mas viva. Olhando ao meu redor, eu também pude ver que já não estava mais em casa. Logo, talvez eu chamaria aquele lugar de casa, mas isso iria demorar um pouco. O lugar poderia ser descrito como deserto pela falta de gente, mas havia várias construções, como se antigamente ele fosse uma nação. Tentei andar até elas, mas me faltava força para ficar de pé, assim como para permanecer acordada.
Consegui ficar deitada um pouco, mas com a visão embaçada. 'Não durma' eu ficava repetindo para mim mesma. Para mim, já chega de dormir. Eu sabia que se dormisse, ficaria ainda mais cansada. Se May estivesse, a primeira coisa que faria seria me dar um belo sermão. 'Quem manda ficar na chuva?'- ela me diria, como se a chuva fosse o evento catalisador de tudo. E com toda a razão.
Minha visão aos poucos voltava ao normal, apesar de parecer que um caminhão tinha passado em cima do meu corpo. Era como se meu corpo estivesse totalmente dolorido e incapaz de fazer qualquer movimento. Numa única tentativa de mexer meus pés, eu soube que devia estar com alguns ossos quebrados. É nisso que dá tacar fogo em si mesma, sem querer. Olhei para o céu, e ele estava limpo, pela primeira vez eu agradeçi por não haver sinais de chuva, mas um pouco de água seria bom.
Por algum milagre, eu consegui virar meu corpo até estar de barriga para baixo, mesmo assim não havia sinal algum de rio ou um lago. Mas quando eu tentei me levantar, meus braços bambolearam e eu caí de cara na areia. Não sei porque, eu fiquei ali por um tempo, a areia não era tão ruim assim.
Talvez fosse efeito da fogueira, mas eu fiquei mole novamente e algo me acertou por trás da cabeça, senti como se estivesse sendo carregada para algum lugar. Eu não sabia onde, mas eu não ficaria acordada por tempo o suficiente para descobrir. Porque ,quem quer que fosse o meu carregador, tinha acabado de bater com alguma coisa pesada na minha cabeça, e me feito dormir imediatamente.
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Once In A Lifetime
Novela JuvenilAdohena era uma simples adolescente do ano 4000 ,que vivia com um segredo que poderia jogar-la atrás das grades, até que um dia ela teve um sonho muito maluco e sua vida só desceu ladeira abaixo depois disso. Em meio a suas aventuras, ela logo desco...