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•Jeonghan

"Eu te amo."

Mesmo tentando tanto ignorar, esconder, repudiar e até mesmo tentar mudar estes pensamentos, eram eles os únicos que me vinham à mente toda vez que falava com Seungcheol, toda vez que olhava Seungcheol, toda vez que respirava o mesmo ar que Seungcheol.

E quanto mais o amava, mais odiava nós dois por isso. Odiava a ele, logicamente por judiar tanto de meu coração, e também a mim, por ser fraco o bastante para me permitir que sofra desse jeito.

Mesmo assim, não era só porque ainda o amava que o perdoava.

Ficava cada vez mais difícil, porém, resistir aos seus encantos e às minhas tentações. E parecia que, quanto mais me esforçava em ignorar meus sentimentos, mais ele se esforçava para me lembrar de que eles ainda existiam. Eu já estava no meu limite, não aguentava mais resistir a toda essa pressão. Eu o amo. Sim, eu o amo, mesmo odiando admitir.

E justo aqueles últimos dias difíceis, ou melhor, impossíveis, eram os que ele mais fazia questão de me tentar. Achava que já estava tudo certo quando não nos víamos mais após brigarmos, quando na verdade não estava, até ele reaparecer naquela sala para ajudar com Junhui. Desde aquela primeira provocação no dia em que nos revimos até sua última, hoje, cada batida do meu coração foi dedicada especialmente a ele.

Droga, eu não deveria ter cedido durante sua última provocação, onde ele se sentiu no direito de encostar no meu rosto! Eu deveria estar com raiva por ele ter me tocado sem minha permissão, mas não. Estou com raiva por seu toque ser bom demais, por ele ser bom demais. Desde aquele momento meu coração acelerou, e parece que está quebrado, porque não voltou ao normal até agora! Mesmo odiando admitir, meu maior desejo naquele momento era aproximar mais seu corpo já perto o bastante do meu, segurar aquele rosto perfeito em minhas mãos, tatear com os dedos aqueles lábios que há muito tempo me tiravam do sério e, finalmente, tomá-los para mim.

Eu não queria perdoá-lo, mas, a cada segundo que se passava, essa ideia parecia cada vez mais absurda e cruel para mim. Afinal, apesar de tudo, eu ainda amo Choi Seungcheol.


•Minghao

Dei um passo hesitante para frente, onde Jeonghan me esperava. Não sabia se ficava preocupado, feliz ou curioso. Bem, parecia ser o único jeito de conseguir ir à Lua, ou melhor, Uchandra, e também, Jun confiava em Jeonghan, então... Por que não? Lentamente, dei mais alguns passos até finalmente ficar de cara com ele.

– Vai doer? – Perguntei, mais como uma brincadeira.

Jeonghan, porém, acreditou, e respondeu da forma mais doce e tranquilizadora possível.

– Não se preocupe, não vai doer. Você... é amigo do Seung... De Seungcheol, certo? – Jeonghan mostrou desconforto ao pronunciar aquele nome. – Esta magia é uma criação dele e eu tenho anos de prática com ela, então estou certo de que dará certo e posso te assegurar de que você poderá sentir qualquer coisa, menos dor. – Ele mostrou um sorriso reconfortante ao terminar, o que me ajudou a acreditar em suas palavras.

– Tudo bem, então...

– Você está pronto? – Jeonghan já ia erguendo sua mão para preparar a magia.

– Estou.

Jeonghan então começou, e o primeiro passo foi puxar de seu próprio peito uma luz azul, mas que logo se tornou vermelha. Foi conduzindo então a luz por suas mãos. Aquilo mais parecia uma dança, era bonito de se ver. Olhei de relance a Coups e pude ver seus olhos brilhando de encanto. Deveria estar se sentindo muito feliz por ver que Jeonghan ainda se lembrava da magia que ele mesmo criara, e que provavelmente ensinara durante seus dias felizes juntos. Assim que aquela dança terminou, Jeonghan, cuidadosamente, porém também preciso, empurrou a luz para dentro do meu peito.

Moonlight ✨ JunHaoOnde histórias criam vida. Descubra agora