Moonlight ✨ JunHao

XVI

– SOONYOUNG!

Enquanto não apenas Jun e eu, mas todos os presentes, com exceção da rainha, é claro, estávamos chocados e aterrorizados com a situação, presenciávamos um Jihoon muito mais aflitos que nós correndo em direção à jaula, ignorando todo o tipo de perigo que poderia correr ao se aproximar da rainha daquele jeito. Pude ver entre as inúmeras cabeças que ocupavam o salão os olhos do príncipe Joshua tentando chamar silenciosamente nossa atenção, especialmente a de Jun. Apenas com uma troca de olhares, Jun comunicou ao irmão que estávamos bem, e em seguida percebeu que estava próximo demais de mim na frente da rainha, logo se afastando com aquele ar fingido de desprezo.

– Jihoon, cuidado! – Wonwoo tentou advertir, porém totalmente em vão, já que Jihoon, por sua vez, tinha os olhos e os ouvidos voltados apenas a Soonyoung.

– SOLTE ELE, SUA BRUXA! AGORA! – Tudo bem que Jihoon era um tanto explosivo, mas eu nunca havia o visto daquele jeito. Ele berrava enquanto reunia seu poder roxo em suas mãos, para em seguida disparar contra a rainha, o que não surtiu efeito algum, como esperado. Derrotar a rainha tão facilmente estava longe de ser possível.

– JIHOON! – Wonwoo agora berrava, ainda na tentativa de ser ouvido. – Mantenha a calma, ou as coisas só piorarão!

– Saia daqui, essa sua insistência me enoja. – Dizendo isso, a rainha lançou uma onda de poder que fez com que Jihoon recuasse à força até onde todos nós estávamos, deixando um bom espaço entre a jaula e todos nós. O rosto de Soonyoung exibia o mais puro e intenso pavor, e eu não sabia dizer se era por causa do que estava passando ou por ver magia, algo que ele desconhecia até então, sendo praticada bem diante de seus olhos. – Seu amigo agora vai saber o que acontece com quem mete o nariz onde não é chamado.

– NÃO! – Ao ouvir as palavras da rainha, a expressão de Wonwoo começou a se tornar muito semelhante à de Soonyoung, talvez por já conseguir prever o que aconteceria com o pobre humano enjaulado. Por um momento, seu olhar e o de Coups se encontraram, e eles pareceram trocar ideias sobre o que aconteceria a seguir mentalmente.

– Criados! – Ela chamou, e imediatamente quatro criados, incluindo Seungkwan, apareceram ao seu lado.

O primeiro deles lhe entregou uma espécie de chicote, que ela, ao receber, o manuseou, provocando um barulho. Wonwoo e Coups seguravam Jihoon, enquanto eles mesmos também tentavam se controlar, e o resto de nós permanecia paralisado. Percebi que Joshua estava pálido, e Seokmin, como sempre tentando ser o filho exemplar, tentava se manter firme diante daquela situação, porém sem obter muito sucesso.

– Seungkwan. – A rainha chamou, fazendo um Seungkwan tenso e até agora cabisbaixo levantar a cabeça e olhá-la. – Qual é o número da lei que ele infringiu?

– Catorze... – Ele respondeu, quase em um sussurro, torcendo para que ela não tivesse ouvido.

– Eu não ouvi direito! – Sua expressão dizia que ela havia sim ouvido, e apenas queria ter o prazer de torturar Seungkwan fazendo-o dizer aquilo que ele tinha tanto medo de dizer mais uma vez.

– Catorze! – Ele gritou com uma voz esganiçada, provavelmente segurando lágrimas que lutavam para sair.

– Ótimo. Catorze açoitadas.

– NÃO! PARE! – Jihoon estava tão furioso e fora de si que seu corpo queimava em roxo, e vi nos braços de Wonwoo que ele agora precisava usar magia para contê-lo. Coups, por sua vez, tinha que se conformar apenas com sua força física, que por sinal não era pouca.

Apenas um gesto com as mãos vindo da rainha foi necessário para que o segundo criado entendesse que deveria abrir a jaula. Por um segundo pensei que Soonyoung poderia escapar se fosse esperto, até perceber que ele estava acorrentado, o que o tornava incapaz de fugir.