– Ming! – Quase gritei ao vê-lo me olhando com aqueles olhos, depois de tudo o que eu confessara. – Eu também te amo! – Correspondi-o desesperadamente, decidido a não esconder mais nada. – Ah, não, você está tão mal! O que foi que eu te fiz! – Lamentava, enquanto corria as mãos pelo seu rosto quente. Vê-lo naquele estado me partia o coração da forma mais cruel possível. – Você precisa comer! O que quer? Eu posso te dar o que quiser!
– Miojo... Igual quando você... cuidou de mim... na Terra...
– Nós não temos essas coisas aqui, Ming... A não ser... – Imediatamente lembrei de um pacote de Miojo que tinha guardado em nossa casa na Terra. Usando minha magia, o fiz aparecer imediatamente em minhas mãos, tirando de Minghao um sorriso um pouco maior, porém ainda fraco. – Lembrei que tinha um pouco lá em casa. – Sorrindo, ergui com uma das mãos o pacote e o balancei.
– Sempre inteligente... Jun...
– Inteligente, eu? Alguém inteligente não faria com você o que eu fiz.
Minghao nada respondeu, talvez por estar fraco demais para me contestar, então apenas prossegui com meus planos de agora. Escrevi em um papel que achei em sua penteadeira algumas instruções a Seungkwan:
"É uma comida humana que o Minghao quer muito comer, então trate de preparar isso logo. As instruções estão no verso da embalagem. E não me encha de perguntas, depois explico tudo o que aconteceu.
- Junhui"
Juntei o bilhete ao pacote de Miojo e os mandei diretamente aos aposentos de Seungkwan, onde ele deveria estar a essa hora, fazendo os dois objetos desaparecerem imediatamente das minhas mãos. Em seguida, me voltei a Minghao, e decidi que seria a hora de acertar tudo.
– Enquanto esperamos, Ming... Acho que te devo algumas explicações...
– Sim...
– Bem... – Respirei fundo. – Me desculpe mais uma vez por todo o sofrimento que acabei te causando, estava tão obcecado em te proteger da rainha que não conseguia enxergar o real problema que isso estava causando. Eu achava que, se me distanciasse de você, ela não o usaria mais para me provocar. – Fiz uma pausa e respirei fundo, relembrando todos os meus motivos para ter decidido aquilo. – Sabe, aquela vez que ela te torturou no dia em que nos despedimos mexeu demais comigo... E meu amor por você é tanto que eu estava disposto a distancia-lo de mim para que não sofresse mais com toda essa história de chandrama e rainha. Estava disposto a abrir mão da nossa felicidade, do nosso futuro, para preservar sua vida. Ah... Ming... – Meus olhos se encheram de lágrimas novamente ao ver que ele estava chorando. – Eu prometo que não serei mais assim, tá? Nunca mais te tratarei daquele jeito, nunca mais fingirei não te suportar. Porque o que eu realmente não suporto não é você e está longe de ser isso, mas sim o seu sofrimento.
– Está tudo bem, Jun... Eu te perdoo... – Ele tentava me tranquilizar, mesmo não estando em seu melhor estado.
Ouvimos as batidas na porta que já sabíamos ser de Seungkwan. Relutante por ter de abandoná-lo, mesmo que por pouco tempo, saí dos pés da cama de Minghao e me dirigi à porta, abrindo-a.
– Está certo? – Ele perguntou, não muito confiante, enquanto mostrava uma tigela com o macarrão instantâneo.
– Está, mas você deveria ter trazido um garfo.
– Sério? Achei que fosse de beber...
– Tudo bem. – Fiz um movimento rápido com uma das mãos, fazendo aparecer sobre ela um garfo retirado da cozinha.

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Moonlight ✨ JunHao
Fiksi Penggemar"- Deve ser muito frustrante não saber de suas origens, né? Digo... Você deve ter entrado em uma crise existencial muitas vezes. - Eu estou em uma crise existencial desde que me entendo por gente, Ming. - Ao ouvir isso, o olhei com uma expressão...