De longe, Wonwoo era o mais desesperado ao ouvir a voz da cruel rainha ecoando pelo quarto. Infelizmente, era natural que isso tenha acontecido, afinal, ele parecia ser o que mais tinha sofrido em suas mãos, e apenas o horror em seus olhos já dizia que seria melhor a todos que sua cruel história nunca fosse revelada. Já tinha traumas demais, e odiaria transmitir isso aos outros.
Porém, não foi apenas Wonwoo que se agitou; Dino digitava rapidamente em um notebook que invocara, e Jeonghan tinha um aparelho estranho e não identificado. Coups e Wonwoo trabalhavam dando ordens sobre algum plano desesperado que estavam bolando na hora, e Jihoon conversava apressadamente sobre alguma coisa com Vernon.
Em meio a tudo isso, a única coisa que Jun e eu poderíamos fazer era apoiar e receber apoio um do outro. No momento, estávamos no meio de um forte e duradouro abraço. O máximo que eu, um mero humano, conseguia fazer era dizer palavras de coragem a ele, e me senti fraco e impotente ao perceber isso. Ele, por sua vez, não sabia falar outra coisa a não ser promessas de que iria me proteger.
– Vai acabar tudo bem, Jun, eu acredito em você...
– Eu vou te proteger de tudo e todos, Minghao. Eu juro com todas as minhas forças que te protegerei, custe o que custar, mesmo que, para isso, eu tenha que morrer.
– Não fale uma coisa dessas! Você não vai morrer, ninguém vai morrer, e tudo vai ficar bem no final, acredite.
Wonwoo chamou a atenção de todos e estava prestes a nos dizer o que faríamos agora, quando ouvimos um estrondo do lado de fora da casa. No mesmo momento, Dino começou a chorar de desespero ao ver em seu notebook alguma informação que condizia com o barulho que ouvimos. Jeonghan, procurando saber o motivo de tal escândalo, esticou o pescoço para bisbilhotar na tela do amigo. Seus olhos se arregalaram instantaneamente e ele parecia fazer força para conseguir produzir algum som.
– A... A rainha... Ela... Ela está... Ela está aqui, no quintal de sua casa, esperando por você, Jun!
Jun, que tinha terminado o abraço assim que Wonwoo chamou nossa atenção e agora estava parado ao meu lado, apertou minha mão e parecia sustentar seu peso nela assim que recebeu a notícia.
– E agora, o que vamos fazer? É tarde demais para qualquer coisa! – Vernon, assim como os outros, começou a se desesperar.
Em menos de um minuto o quarto estava uma muvuca novamente, e devido ao barulho, quanto mais tentavam se concentrar para conseguir pensar em alguma coisa, menos obtinham sucesso. Jun e eu, perdidos, apenas observávamos, sem saber o que fazer, e Coups era o único que, pelo menos por fora, mantinha a calma.
– Todos se perguntam o que fazer. – Coups, que até então estava calado, se dirigiu a Jun. – Mas e você? O que você vai fazer?
– Eu? – Ele parecia confuso com a pergunta.
– Obviamente. Afinal, a rainha é sua mãe, e é por causa de você que estamos passando por tudo isso. Então eu pergunto novamente: O que você vai fazer?
– Eu... – Pude perceber que seu corpo todo tremia, inclusive sua voz. Meu desejo naquele momento era o de abraçá-lo bem forte, para ele não sentir mais nenhum nervosismo, nenhum medo, nenhum desconforto enquanto estivesse nos meus braços. – Eu vou até lá. – Após respirar fundo e fazer uma pausa para rever seus pensamentos, enfim decidiu, e agora sua voz trêmula não poderia estar mais clara, alta e decidida, de modo que não apenas Coups, mas todos os presentes pudessem ouvir.
– Você não pode estar falando sério... – Jeonghan murmurou.
– Nunca falei tão sério. Ela é minha mãe, então a única pessoa que merece passar por tudo isso sou eu. Não quero envolver a vida de mais ninguém. Não é justo.

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Moonlight ✨ JunHao
Fanfiction"- Deve ser muito frustrante não saber de suas origens, né? Digo... Você deve ter entrado em uma crise existencial muitas vezes. - Eu estou em uma crise existencial desde que me entendo por gente, Ming. - Ao ouvir isso, o olhei com uma expressão...