•~My little Hibrid/ Jikook~• |terminada|

PARTE DOIS : 13

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-Jimin on-

Mil e uma maneiras de sair daqui, e cada dia que passa, mais eu me vejo preso.

Havia conversado com Chul, e ele mesmo me daria alta se eu quisesse. Teria de pedi-lhe, e por ser de maior, era algo mais simples. Só me mantinha neste lugar por causa de Jeon.

Chul me contava sobre Jungkook, afirmando que o maior havia melhorado desde que eu apareci por aqui. Confirmou também a paranóia sobre já ter me conhecido e também sobre a história passada do moreno. A verdade é, que em minhas sessões com o grisalho, o que mais conversávamos era sobre Jeon, e até mesmo esqueciamos de falar sobre mim.

Mas era algo inevitável. Jeon Jungkook era alguém forte, e eu admirava isso nele. Admirava como conseguia se manter de pé, e ainda cativar as pessoas ao seu redor com seu sorriso motivante e sincero.

Mas por que eu ainda me sentia inseguro?

Talvez fosse medo de ser deixado mais uma vez. Talvez fosse o receio de me entregar inteiro para Jeon e ele simplesmente me deixar da noite pro dia.

"Ele nunca faria isso, tem medo que você possa fazer o mesmo". Chul sempre contornava a situação.

Ele havia se tornado a pessoa mais especial que eu tinha nesses últimos meses.

E na noite de Natal, ele reforçou isso. Por mais que confiasse em Jeon, não havia passado pela minha cabeça os sacrifícios que ele poderia fazer por mim.

Por causa do garoto gay, órfão, cheio de problemas.

Mas ao ouvir sua voz atrás da porta, senti o meu peito esquentar. Há tempos eu não sentia tal sensação.

Não deixei que entrasse de imediato. Estava totalmente horrível, meu rosto inchado mais do que de comum, e meu cabelo desarrumado.

Encarei o espelho encontrando o menino assustado de anos atrás. O mesmo menino que havia deitado sobre o corpo inanimado de sua mãe, enquanto a chamava sem esperanças nenhuma.

Esse menino estava aqui. Ele morava em mim, e agora era refletido pelo grande espelho atrás da porta. Pude me sentir com 10 anos novamente, como se ao abrir aquela porta, daria de cara com a escada de minha casa, e que ao descer, a cena se repetiria em um ciclo sem fim.

Mas era apenas Jeon. Apoiando-se no batente da porta, almejando para que eu a abrisse. Seus olhos repleto por preocupação e seu cabelo judiado pela força de suas mãos. Ele era tudo o que eu precisava naquele momento.

Sim eu era fraco. Fraco, fraco, fraco. Acabei por fazer o garoto que eu mais amava perder a sua noite de festa natalina por um delírio meu. Eu já havia passado por isso, passava pelo mesmo todos os anos, na mesma data, e neste, não seria diferente. Mas ele se colocou ao meu lado, pronto para me amparar e me segurar se eu estivesse prestes a cair.

Eu não queria chorar em sua frente. Mordia meu lábio inferior, lutando contra a minha própria vontade de desabar em seu colo. Lutando contra as gotas aglomeradas em meu olho, que se mantinha aberto, mesmo desejando fechar.

E ele, sentado olhando atento para mim. Oh céus, eu não mereço Jeon Jungkook. E eu tinha medo de ele não me amar de verdade. Tinha medo de tal sentimento que sentia por mim, fosse resultado de suas alucinações. E que no fundo, amasse o Jimin de seus sonhos, e não o Park Jimin da vida real.

Mas eu estava quebradiço demais para pensar em mais problemas. Minha cabeça se encontrava transbordando paranóias, que cada vez mais, aumentava. Cada medo, cada insegurança convertida em uma catástrofe interna.