PARTE DOIS: 12

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Votem e comentem ✴ Mamãe voltou!

   -Minnie? -Eu chamava pelo ruivo. Havia esperado sentado frente à sua porta, com esperança de que ele a abriria e correria para me abraçar. Mas não aconteceu.

   Eu olhava para a porta à minha frente, esperando algum sinal do menor.

   -J-Jeon, eu não quero conversar agora. -Sua voz estava trêmula e eu sabia que estava chorando naquele momento.

   Segurei a maçaneta, girando a mesma. A porta estava trancada por dentro, me impedindo que entrasse.

   -Abre pra mim, por favor Minnie.

   Silêncio absoluto. Suspiro alto, escutando a música natalina vir do saguão perto dali.

   Uma pequena luz bateu em meu rosto, a luz que vinha do interior de seu quarto. Olhei para meu lado esquerdo, vendo os pequenos olhinhos de Jimin serem tomados pelas lágrimas que lhe desciam pelo rosto.

   -Posso entrar? -Fitou seus pés, segurando a porta semi aberta. Concordou ainda cabisbaixo, dando-me passagem para que pudesse entrar.

   -Você devia estar aproveitando a noite com eles, não se preocupando comigo. -Encostou ao lado da janela, desviando o olhar do meu.

   -Eu não consigo aproveitar a noite sabendo que você está trancafiado nesse quarto.

   -É o que me faz bem. -Disse apenas. -Não comemoro o Natal. Não há porque comemorar.

   -Uh... -Eu me sentia confuso. Olhava para o ruivo que não me olhava de volta. Poderia abraça-lo? Ou seria melhor apenas esperar o tempo dele, para que ele mesmo o fizesse? -Eu posso... Saber o motivo?

   -Aish... -Encostou a cabeça no vídeo da janela. -Uma hora eu teria de contar, então... -Continuou me olhando de relance. - Eu menti pra você.

   -Mentiu pra mim?

   -Sobre meus pais. -Fez uma pausa, observando minha reação assustada. -Minha mãe morreu, meu pai não. E eu gostaria de que ele sim, estivesse morto. Era natal. Todo ano passavámos nós três juntos, comendo e conversando. Eu adorava me arrumar pra essas datas comemorativas, e nesse dia não era diferente. Era apenas nós três, eu sei, mas eu me sentia bem em estar bonito. Eu arrumava meu cabelo pela milésima vez, sempre reclamando de algum detalhe. Um fio de cabelo solto pra cá, uma parte mais lisa que a outra. Nunca estava contente por inteiro, mas isso era comum pra mim. Estava quase pronto, ignorando o fato de nunca conseguir deixar meu cabelo do jeito que eu realmente queria que estivesse. Vesti o resto de minhas roupas, dando um leve sorriso para o reflexo à minha frente, sorrindo para o menino vestido como se fosse à um casamento. Eu era bem religioso, então como era natal, eu havia orado essa noite. Ajoelhado perto de minha cama, eu agradecia à Deus por ter me dado mais um ano feliz, mais um natal repleto de comidas gostosas e alegrias. E eu realmente estava feliz, por que não estaria? Eu amava o Natal. Mas aí eu ouvi minha mãe gritar, o que era totalmente novo pra mim. Mamãe sempre foi extremamente calma, e sempre fazia suas coisas com um sorriso em seu rosto. Era lindo ver minha mãe andar pela casa, cuidar de seu jardim florido e sempre me abraçar quando podia. Então eu abri a porta do meu quarto, dei de cara com o corredor e logo após, a escada que levava para o andar de baixo. Segui devagar, curioso para saber o que havia acontecido lá em baixo. Espiei do começo da escada, não conseguindo enxergar o que ocorria. Então eu desci mais. E depois, mais ainda. Mais alguns passos e degraus, até ver minha mãe deitada no tapete da sala. "Ela caiu?" Pensei. Não. Não caiu, meu pai estava em cima dela. "Eles estão se beijando?" Quem dera. Corri até ela ao ver meu pai enfiar a faca da cozinha bem no pescoço de minha mãe. Meu coraçãozinho naquele momento foi esfaqueado juntamente à ela, e eu senti o meu mundo inteiro, que antes esbanjava cores, tomar um tom cinza e desbotado. Eu colocava minhas mãos sobre os cortes em minha mãe, tentando parar o sangue que descia por ela. Eu chamava pela minha mãe, eu pedia para que ela não me abandonasse, para que não me deixasse sozinho nesse mundo que eu não conhecia e que acreditava não conseguir enfrentar sem o amor dela. Mas mamãe naquele momento não me respondeu mais. Relaxou seu corpo sob mim, deitando a cabeça para o lado. Eu havia perdido o bem mais precioso pra mim. E meu pai? Meu pai continuava parado de pé, olhando tudo o que acontecia em baixo dele. Ele sorria, aquele filha da puta sorria. E depois desse dia eu nunca mais vi meu pai. Dizem que ele está vivo, e de fato deve estar. Mas eu desde então morei com tios, madrinha, amigos, e por aí vai. Sempre evitando esbarrar com ele novamente.

   O que dizer? Eu pensava atordoado. O que dizer para ele nesse exato momento? Eu nunca fora bom em consolar as pessoas, e era pior ainda quando se tratava de alguém que eu amasse.

   Me aproximei do menor, enxugando a lágrima que se formava em seus olhos. Ele sorriu ladino.

   -Não precisa dizer nada. -falou baixo. -Eu também não saberia o que dizer em uma situação dessa.

   -Uh... Eu sinto a sua dor Minnie... E eu sei que um "sinto muito pela sua perda" não vai fazer diferença nenhuma pra você...

   -Tem razão. -Concordou. -Eu não espero que você comece a dizer um monte de coisas para mim, em tentativa de me consolar... Porque por mais que fizesse, eu não me sentiria melhor. Apenas... Pior do que já estou. As vezes o silêncio é a melhor resposta.

   -Acho que te entendo nisso. Eu também não gosto de quando tentam me deixar melhor. Palavras não curam. -Ele concordou, me puxando para um abraço.

   -Obrigado por não desistir de mim.

   -Eu nunca vou desistir de você Minnie. Não tem problema, passarei o resto da noite aqui com você. É o mínimo que posso fazer.

   -Mas você gosta de natal... -Disse choroso.

   -Mas é você que eu amo.   
 
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TUTSTUTSTUTS VOLTEI BITCH!

CAPÍTULO BEM BAD, MAS ACHO QUE JA ESTÃO ACOSTUMADOS A LEVAR TIRO COM OS CAP DEPRESSIVOS.

Vim dizer que minhas férias acabaram de começar e eu já estou doente, EBA

Crush me pediu em namoro, morram aqui comigo AAAAAAAA

Fiquem bem, bolinhos hihi

Bjinhos da titia 💜

  

 

•~My little Hibrid/ Jikook~•  |terminada|Onde histórias criam vida. Descubra agora