Capítulo 15

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Sarah:

Definitivamente o fim que a amizade que tivemos  não fora de modo algum, da forma que eu poderia imaginar que fosse. Talvez intimamente, nunca haveria realmente ser o fim para mim.
Alguns segundos após tê-lo expulsado,  perecebo algo mudar em seu olhar, este passara a insinuar uma sensação de dever cumprido que lhe custara um alto e piedoso preço.
- Sarah... em nome da amizade que tivemos e de cada momento de alegria que talvez eu tenha te proporcionado, eu só quero te fazer um último pedido. - Jake balbucia, já sem capacidade alguma de derramar sequer uma lágrima.
- Jake... - Seu simples gesto de não descordar da minha decisão e as palavras que saiam de forma tão inocente de sua boca estavam me fazendo perder a firmeza que toda aquela situação exigia de mim.
- Deixa eu me despedir da Emma, por favor - Pede em tom de súplica como se aquela ação fosse seu suporte de sobrevivência apenas por um instante.
- Ela está dormindo, acho melhor deixá-la assim. Depois eu invento algo e a faço te esquecer aos poucos - Algo dentro de mim gritava como um alarme que eu estava cometendo a maior injustiça da minha vida, nem sequer tinha coragem de encará-lo.
- Você não vai ganhar nada com isso Sarah, vê se me escuta, nenhuma gota do suposto ódio que talvez sinta por mim agora vai fazer os erros do meu passado serem consertados. Você acha que vai ser fácil assim fazer uma criança esquecer uma pessoa da qual ela está acostumada a ter por perto, e que a faz se sentir amada? Ela pode ser pequena, mas não é ignorante e eu posso muito bem parecer um monstro para você, mas não vou permitir que a Emma passe por mais uma experiência de abandono, não sem garantir que meu carinho e imagem que ela está sempre recebendo  continuem bem guardados na lembrança e no coraçãozinho dela - Cada frase dita foi acompanhada de uma explosão de sentimentos surpreendentemente convincente e profunda.
- Oi tio Cob! - Busco pensar numa resposta e sou interrompida por Emma, que desce as escadas com cuidado e depois vai ao encontro do colo de Jake.
- Oi meu docinho... - Eles se abraçam intensamente, mas Emma não poderia nem imaginar que aquele momento dificilmente se repetiria.
- Aí titio, você está me apertando - Ela avisa sorrrindo.
- Desculpa o tio meu amor, é que o seu abraço é o mais gostoso que já recebi - Ele a afasta um pouco e a faz olhá-lo - Emma, a gente precisa conversar sobre uma coisinha bem importante...
Neste momento, alguém bate na porta e quando a abro, vejo uma Bridget completamente diferente da que conheci, ela estava com uma aparência desesperadora, sua respiração estava tão agitada quanto a de um atleta que passa pela linha de chegada após um campeonato de corrida. Quando a toco nos braços, perecebo que está incrivelmente gelada.
- Bridget... mas o que... - Ela nem me deixa concluir a pergunta.
- Sarah... é o senhor Maurício... ele - Ela parecia não querer dizer o que sabia que precisava falar, talvez por não querer acreditar em suas próprias palavras.
- O que houve com ele? Diz Bridget! - E na minha cabeça já havia milhões de terríveis possibilidades sobre o que poderia ter acontecido.
- Ele... está... morrendo, morrendo Sarah! - Será que foi isso mesmo que ouvi? Não... não poderia ser...
- Explica direito, senhora - Jake pede.
- Eu não sei bem, mas ele precisa fazer... uma cirurgia de emergência e o hospital está sem o cirurgião e... Meu Deus!!! - A senhora perde as forças para continuar.
- Como está sem cirurgião? Que raio de hospital é esse? - Todo raciocínio tinha escapado da minha mente.
- Vem Sarah! Eu vou fazer essa cirurgia - Jake diz, totalmente seguro.
- Vão logo por favor! Eu fico com a menina.
Então saímos correndo do prédio com pressa. Até que lembro de um detalhe.
- Espera Jake. Você faz cirurgias? - Paro e questiono.
- Sou tão eficiente quanto o doutorzinho mimado, e sabe por que? Porque estudei exatamente o mesmo que ele e por coincidência, na mesma faculdade Sarah. Agora vamos de uma vez!
Jake respondeu, inconformado com a pergunta que o fiz responder e saiu correndo na minha frente.

Maurício:

Após bater um papo com Thom, vou atrás de um dos meus carros que costumo usar para dar uma volta e relaxar. Claro, um ótimo para correr em altas velocidade.
- Vê se não exagera, você só é útil se estiver vivo! - Thom diz em forma de despedida.
- Relaxa cara. Eu sou muito bom nisso! - Digo, já acelerando para sair.
Haviam se passado quase vinte minutos que desde que saira de casa, estava em uma pista distante da cidade, onde não se encontram placas de velocidade ou coisas parecidas com frequência. Aquilo era um paraíso, então aproveitei para abusar da potência do estrondoso motor e fui acelerando cada vez mais, o vento soprando no meu rosto e o volume elevadíssimo da música no carro me faziam sentir como se estivesse dirigindo rumo ao céu. E num dado momento quando fecho os olhos para sentir a brisa, a última coisa que meu corpo capta, é um barulho ensurdecedor que causa o impacto mais ferrenho e poderoso possível de se sentir, e logo após, caio em um sono profundo.

Oi meus amores, como estão? Caramba e agora hein? Quais são as marcas que este acidente deixarão nas vidas de nossos personagens? Vocês gostaram? Não deixem por favor de deixar suas estrelinhas e comentários aqui, isto me alegra muito e eu faço questão de interagir com cada um de vocês.  Espero que tenham gostado. Se tivermos um bom rendimento de visualizações hoje, amanhã mesmo eu continuo.
Mil beijos fiquem com Deus ♡♡♡

Seu Amor, Meu Bem MaiorOnde histórias criam vida. Descubra agora