Capítulo 10

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Maurício:

Depois de tantos anos, eu realmente entendi o verdadeiro significado de que cada ação possuí uma reação. Jamais havia sentido remorso por ter machucado alguém com minhas palavras antes. Na realidade, depois da morte da minha esposa, nada de bom saía da minha boca, nem ao menos, uma palavra de conforto para o meu próprio filho.
Mas com Sarah era diferente, algo nela havia mudado algo em mim, e depois que ela foi embora, eu soube que já não poderia descobrir quão bom seria viver essa mudança ao seu lado.
Só que então, eu ganhei uma nova chance e tudo dependeria da escolha sobre quem seria minha nova assistente pessoal.
- É esta - Eu disse a secretária, entregando o currículo de Sarah, que sequer havia perdido meu tempo de ler. Ela é o que chamo de ideal e não seria um papel que me faria mudar de ideia.
- Mas senhor... - A moça começou, analisando o documento que entreguei em suas mãos. - Esta candidata é a única que não possuí faculdade e...
- Quem contrata sou eu e o seu dever neste momento é comunicar a minha escolha para a pessoa certa. Suas observações nunca foram tão inoportunas. Já pode se retirar, obrigado. - A repreendi.
Um dia depois, quando me encontrava na minha sala dentro do hospital, a ansiosidade só crescia a cada minuto de espera pela chegada da minha mais nova parceira de trabalho.
- Bom dia doutor, ela está entregue - July avisou, animadamente.
Quando me virei para olhá-las, senti como se meu estado de morte interior houvesse chegado ao fim, e a vida se fizesse presente novamente. Talvez algo inexplicável me consumisse e apesar de não obter respostas para compreender tais sentimentos, a minha certeza era de que eu só queria vivê-los até o fim da minha vida.
July nos deixou a sós.
- Não... não pode ser... eu não vou trabalhar para você - Sarah logo se exaltou e caminhou até a porta para sair, mas a segurei pelos braços e colei nossos corpos.
- Essa sua teimosia me fascina - Disse para provocá-la.
- Me solte ou...
- Ou o que? Gritar em hospitais é sinônimo de problemas.
- Eu não sou obrigada a isso, ok? Não vou trabalhar para você se eu não quiser - Ela disse, com um tom de cansaço por tentar se soltar de mim.
- Mas você quer, eu sei que quer e sabe melhor do que eu que precisa desse trabalho. Você tem uma filha para sustentar, então deixe de agir como uma egoísta e pense que ridículo seria chegar em casa e dizer a ela: Filha, sua mãe está sem emprego porque ela é uma perfeita egoísta e teimosa.
Sarah baixou um pouco os olhos, parecendo meditar detalhadamente em cada palavra que ouviu. Sua filha era sem dúvida, seu ponto mais fraco.
- Tudo bem - Ela sussurrou tão baixo que só a proximidade entre nós me permitiu escutá-la.
- Como? Desculpe, não ouvi - Sarah talvez quisesse me bater por fazê-la confessar que não tinha saída e que dessa fez, eu tinha razão.
- Tudo bem, eu fico - Ela alterou a voz ao finalmente se desvencilhar de mim.
- Boa garota. Vai ficar linda de branco.
- Seu...
- Shiuu... palavrões aqui não é uma boa ideia. Contenha-se porque eu sou o cara mais exigente que você pode ter conhecido. Trabalhar ao seu lado vai ser inédito!!! - Disse cada palavra com meus dedos em seus lábios.
Ela me fascina!

Boa tarde pessoas lindas... como estão?  Gostaram do capítulo? Tem algo que vocês gostariam que acontecesse de impactante nos próximos capítulos? Deixem seus comentários se caso sim. Obrigada pelas mil visualizações, esse é maior presente para mim.
Por favor, deixem suas estrelinhas... bom domingo... Mil beijos ♡♡♡♡
(30/04/17 - Domingo)

Seu Amor, Meu Bem MaiorOnde histórias criam vida. Descubra agora