Capítulo 25

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Sarah:

A intrépida percepção de ter sido descoberta cuminou numa ação errônea do meu corpo de se entregar na mentira, não agindo com rapidez para fazer Maurício continuar se enganando. Me tornei indiscutivelmente culpada da enganação que havia criado, mas que deveria estar em oculto.
O leque das mentiras abriu-se depois que a TV foi ligada e uma fala inesperada foi dita:
- Judith Adams morreu? - Maurício indagou, muito perplexo.
Isto certamente só significaria duas coisas. A primeira é que essa mulher era uma psicopata especializada em enfeitiçar os homens e a segunda era que Maurício estaria recobrando sua memória aos poucos ou poderia estar mentindo sobre isso.
- A conhecia? - Viro-me de uma vez.
- Estou achando que sim - Ele respondeu, sem desviar o olhar da notícia.
- Como assim acha? - Pego o controle remoto e desligo a televisão.
- Por que fez isso? - Disse, irritado.
- Porque essa mulher era uma louca e mentirosa - Eu não estava muito na frente dela em relação ao segundo adjetivo que lhe dei.
- Então você a conhecia também? - O circo estava se fechando aos poucos contra mim.
- Eu...
- Não disfarça. Se nós dois a conhecíamos e você diz que é minha irmã, então não tem ninguém melhor que você para responder a sua própria dúvida. De onde eu conheço essa mulher?
O primeiro segundo passou, e uma possível resposta não surgia, depois o segundo e o terceiro segundo também, e nada saía da minha boca, até a metade de um minuto chegar e eu me enxergar num caminho sem muitas voltas.
- Eu sou sua irmã, não sua babá. Não era da minha conta o fato de você sair com a população feminina inteira deste lugar e muito menos se tinha o costume de fazer isso com qualquer uma. Agora, se não estou servindo para outra coisa, a não ser levar insultos. Com licença!
Digo sem pensar e saio do quarto, impossibilitada de ouvir uma devolutiva e ele sabia o que dizer, tinha certeza disso, seriam palavras mais astutas e intimidadoras que as minhas. Sem dúvidas!
Já do lado de fora, meu celular toca:
- Alô?
- Oi Sarah - Jake responde.
- Ainda está aí?
- Não, já fui liberado depois do depoimento, as câmeras da casa provaram minha inocência.
- E agora?
- Agora estou esperando você abrir a porta da mansão do mimado para mim!
- Oi? Está aqui?
Ouço a campanhia tocar depois da minha pergunta. Desligo o celular e vou até a porta.
- Quem é, mamãe? - Emma aparece, me assustando.
- Não sei amor. Fique aqui, eu já volto.
Respondo saindo e dando de cara com Jake.
- O que faz aqui? - Pergunto.
- Estou bem obrigada, e você? - Ele se faz de sarcástico, mas pude ver a tristeza disfarçada moldar seu olhar alegre.
- É sério!
- Vim te chamar para sair.
- Como? - Meus ouvidos estariam precisando de uma limpeza?
- Você escutou!
- E o que te fez pensar que eu aceitaria?
- A sensibilidade que eu sei que tem aí dentro por um homem que acabou de perder um filho sem nem conhecê-lo e uma mentira, ou segredo, os dois podem servir para definir a injustiça que seu irmãozinho de brincadeira escondeu para me prejudicar. Acho que já posso lhe contar, sem medo de morrer, não é?
As indagações explodiam no meu cérebro. Jake descobrira a minha mentira sobre Maurício? Como ele poderia ter corrido risco de morte sem eu ao menos suspeitar disso? Que segredo era esse? E afinal, este bebê seria mesmo de Jake?
- Vem? - Ele estende uma das mãos.
Estava prestes a ter um encontro e muitas descobertas.

Oi pessoas lindas como estão? Vocês gostaram deste capítulo? Perdão pela demora galera, está tão difícil me dedicar ao livro que só não desisti ainda por causa de vocês. Por favor, deixem suas estrelinhas e comentários aqui para me apoiar. Fiquem com Deus, mil beijos ♡♡♡

Seu Amor, Meu Bem MaiorOnde histórias criam vida. Descubra agora