Capítulo 30

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Sarah:

Quando realmente acreditei que nada poderia piorar o clima, minha própria filha aparece para me provar o contrário
Assim que Emma chamou por Jake, ele parou de caminhar aos poucos e quando definitivamente perdeu movimento, ficou de costas, pensando provavelmente em suas escassas opções de comportamento, ele conhecia a menina o suficiente para saber que ela não se contentaria com um aceno de longe. Mas antes que pudesse tomar alguma decisão, Emma corre para abraçá-lo.
- Princesa! - Ele se vira totalmente contra sua vontade, isto era nítido na menção de seu corpo, e a coloca no colo. - Como está?
- Morrendo de saudades tio - Ela diz, aprofundando algumas sílabas das palavras ditas e iniciando um forte abraço com Jake. A culpa fora toda minha, eu permiti que a aproximação deles chegasse a um ponto em que eu não teria mais controle. Estava sempre enganando a mim mesma por não querer acreditar que Emma  procuraria suprir o vazio de um pai em alguém que lhe ofertasse tal sentimento.
- Amor, o tio está com saudades também.
- Você está com saudades ou morrendo de saudades como eu, titio? - Ela indaga, tirando um rápido riso de Jake e quase que de mim também.
- Estou morrendo de saudades de você, mas eu preciso voltar para casa agora. Eu prometo que a gente vai se ver logo - Ele diz, não colocando firmeza nas últimas palavras.
- Ah não, você acabou de chegar! - Emma reclama, cruzando os braços e eu já podia imaginar o seu biquinho de desaprovação para Jake.
- Filha, vocês vão poder se ver com mais calma depois e... - Tento convencê-la.
- Quando? - Emma pergunta.
- Amanhã se seu tio não estiver ocupado, te levo para vê-lo - No momento em que digo tal frase, Jake me transmite um olhar de surpresa. - Tudo bem para você, Jake? - Indago.
- Sim, tudo bem! - Seu tom não é nada convincente. - Até amanhã princesa.
Ele beija Emma e a coloca no chão, entra no carro e parte, tudo em questão de poucos segundos.
A pequena corre até mim, a pego no colo e quando o carro de Jake já não é mais visível, me viro para Maurício:
- Desculpa, mas não posso!
Digo e entro a passos largos para casa.

Jake:

Enquanto dirigia, minha mente independentemente recaptulava cada detalhe que fizera a noite perder todo o sentido. Meus olhos estavam turvos pelas lágrimas que mesmo estando sozinho, lutei para conter até onde pude. Havia um nó apertando minha garganta. A sensação de solidão e decepção me consumia mais a cada segundo. Sarah mal o conhecia, mal convivera com ele e sabia bem de coisas que não o permitiam ser visto como um coitado, ela estava abrindo mão de tudo por um estranho. Vê-los arrumados para sair bem na minha cara me fez entender o real significado que sempre tive em sua vida, o de ser apenas um conhecido como qualquer outro que ela pode ver na fila de um banco.
Ao chegar em casa, corro para o chuveiro, a água escorria por meu corpo, me deixando relaxado. As manchas que estavam dentro de mim não seriam tiradas por um simples banho e eu sabia bem disso, mesmo assim, aquele momento foi acolhedor.
Quando estava prestes a terminar de me vestir para dormir, a companhia toca e confuso por quem poderia ser àquela hora, vou atender.
Abro a porta e supresa maior dificilmente eu teria outra na vida.
- Você? O que está fazendo aqui? - Pergunto, atônito
- Eu vim lhe devolver a chance que eu mesma te roubei de fazer o seu pedido. E claro, também vim te trazer a resposta. Posso entrar?
Era Sarah, com a caixinha da aliança nas mãos.

Oi galera tudo bem? EITAA e agora? O que vai acontecer?  Comentem aqui embaixo o que acham e não esqueçam de dar suas estrelinhas. Mil beijos fiquem com Deus!



Seu Amor, Meu Bem MaiorOnde histórias criam vida. Descubra agora