Era o primeiro dia dela no trabalho novo, estacionou o carro e caminhou até a entrada do asilo psiquiátrico, pensou em como estava nervosa naquele momento, não tinha conseguido sequer dormir direito com a perspectiva de finalmente realizar seu sonho como médica.
Ela nunca foi do tipo de garota que vivia enfiada nos livros e que nunca tinha ido à uma festa legal, pelo contrário, ela sempre ia à festas e acabava exagerando no álcool, entretanto isso nunca a impediu de estudar e tirar boas notas no colégio.
Além do mais, ela era uma líder de torcida, tinha que tirar boas notas para se manter na equipe, apesar disso, nunca pensou em qual faculdade faria já que não sabia o que fazer.
Quando terminou o ensino médio, decidiu ficar um ano pensando em sua vida e no que faria dela enquanto trabalhava de babá. A mãe da criança que ela cuidava trabalhava com ginástica e tinha uma companhia de artistas de circo que sempre iam até a casa da mulher para visitá-la, até que um dia decidiram testar as habilidades de Harley, percebendo que a garota tinha jeito para as artes circenses.
Ela ficou dois anos trabalhando com o pessoal do circo e tornou-se uma das melhores artista do lugar, ficando conhecida como Arlequina.
Um dia, depois de mais uma de suas apresentações, enquanto trocava de roupa, dois de seus colegas de trabalho a agarraram e só não foi violentada por eles porque alcançou um martelo deixado no chão pelo homem que fazia a manutenção do circo, então o pegou e acertou a cabeça de seus agressores com ele, correndo para longe em seguida e nunca mais voltando a trabalhar lá.
Após o terrível momento que passou, ela decidiu que estava na hora de finalmente decidir o que fazer com sua vida e foi enquanto trabalhava como recepcionista em uma clínica médica que percebeu que gostava daquele tipo de coisa.
Agora ali estava ela, formada e rumando ao seu mais novo emprego, realizando o sonho que só aumentou durante o período em que estava na faculdade.
-Senhorita Quinzel, a nova psiquiatra, certo? - perguntou a recepcionista do local.
-Isso mesmo - confirmou sorrindo.
-Pode entrar - a mulher autorizou sua entrada e abriu a porta eletrônica que separava a recepção do corredor que levava para a ala onde ficavam os quartos dos pacientes.
Um arrepio passou por todo o corpo dela quando ouviu a risada vinda de uma das portas, ela aproximou-se da pequena janela de vidro que julgou ser de onde o som tinha vindo e olhou a pessoa ali dentro, surpreendendo-se com um par de olhos verdes que a encaravam como se esperasse por ela ali há algum tempo, deixando-a intrigada.
-Esse aí é o pior de todos, tem certeza que vai escolhê-lo no seu primeiro dia aqui? - perguntou uma voz masculina atrás dela, fazendo com que a moça virasse para saber quem era.
Um homem de idade avançada a encarava sorrindo amigavelmente e estendendo a mão para cumprimenta-la.
-Sou o doutor Carter - apresentou-se ainda sorrindo - Você é a doutora Quinzel, não é?
Ela sorriu cumprimentando-o de volta.
-Isso mesmo, mas pode me chamar apenas de Harley.
-Muito bem, Harley, venha comigo, acho melhor começar com outro paciente - disse sinalizando para que ela o seguisse.
-O que aquele tem?
-Ele é um psicopata louco e desde que está aqui nunca houve nenhuma melhoria em seu estado - ele soltou um pequeno e rápido suspiro - E acho que nunca haverá, o que me deixa preocupado.
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Arkham
FanfictionQuando Harley vai trabalhar no hospital psiquiátrico, ela nunca imaginaria conhecer o tão famoso palhaço inimigo de Batman, e muito menos que se apaixonaria por ele. E o Coringa? Será que também vai se apaixonar por ela? O que vai acontecer com ess...