Capítulo 18: Coringa não ama.

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Harley abriu os olhos lentamente e constatou que já era dia, olhou ao redor e notou que não tinha sido um sonho. Eles tinham mesmo dormido juntos.

Com um sorriso bobo no rosto, a loira virou-se para o outro lado mas encontrou apenas o lençol frio e vazio. Suspirou triste. Afinal, ela realmente tinha pensado que aquilo pudesse ter significado algo para ele?

Ergueu-se e ficou sentada na cama olhando para as próprias mãos, tentando conter as pequenas lágrimas que escapavam de seu rosto. Ela não podia se dar por vencida, mas ali estava, desabando em lágrimas.

Respirou fundo tentando manter a calma e secou as lágrimas que teimavam em cair, jogou o cabelo que caía em seu rosto para trás e levantou-se da cama, indo direto para o banheiro do quarto e se trancando lá dentro. Ligou o chuveiro de forma calma e apenas ficou ali embaixo parada, deixando que a água corresse por seu corpo, como se pudesse afastar as emoções dela.

Ouviu um barulho do outro lado da porta e estranhou, não podia ser ele. Alarmada, pegou a toalha e secou-se o mais rápido que pode, enrolando-se em seguida e deixando o chuveiro ligado.

Destrancou a porta da forma mais silenciosa que conseguia e espiou do outro lado, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Olhou por todos os cantos e não viu nada, pensou ter sido coisa da sua cabeça e suspirou, endireitando-se e colocando as mãos na cintura.

Uma mão misteriosa surgiu de trás dela e Harley não teve tempo nem mesmo para gritar, debateu-se contra o ser que a agarrava até que pudesse tê-lo em seu campo de visão. O desconhecido a levou em direção a porta e assim que passaram pela penteadeira de madeira branca e refinada do quarto, Harley pegou o perfume de Coringa e espirrou no rosto do homem, ouvindo um grito de dor.

Assim que ele afrouxou o braço em torno dela por conta do susto e dos olhos que ardiam, a loira soltou-se dele e correu até o banheiro, trancando-se lá dentro. Ela precisava agir rápido, já que o agressor poderia derrubar a porta se quisesse. Pegou o celular e mandou uma mensagem de texto para Coringa e em seguida para Julie, logo depois pegou um pequeno vaso que havia no banheiro e preparou-se para jogá-lo na cabeça do estranho caso ele surgisse na porta.

Enquanto esperava, Harley notou que o outro quarto estava em silêncio total, e também, que ainda estava de toalha e com muita sorte não tinha caído enquanto lutava contra o homem. Vestiu-se rapidamente com as roupas que estavam no banheiro e pegou o vaso novamente.

-Harley? - chamou uma voz delicada que Harley conhecia - Você está bem?

A loira soltou o ar que nem tinha se dado conta de ter segurado, e colocou o vaso de volta no lugar, abrindo a porta em seguida.

-Estou aqui - respondeu e encarou a morena à sua frente, mudando seu olhar entre Ed e Coringa que vasculhavam o quarto - O que estão procurando?

-Tinha realmente alguém aqui? - perguntou Ed cauteloso - É impossível que não tenha deixado nenhum rastro.

-Tinha - respondeu suspirando - Era um homem, estava com o rosto escondido em uma máscara, não pude identificá-lo.

-Tudo bem, acho que podemos ir para o quarto e deixar que eles resolvam isso - disse Julie abraçando a loira de lado e puxando-a para fora do quarto - Está com fome?

-Com certeza - respondeu Harley com um sorriso amarelo, seus pensamentos estavam longe de comida, ela queria saber quem era aquele ser e qual seria o motivo para estar atrás dela, teria que conversar com Coringa depois.








-Eu acho que já podemos concluir que não é somente Julie quem precisa de proteção - respondeu Ed enquanto fechava a porta do escritório e se dirigia ao pequeno bar - Sabemos quem foi que entrou no quarto de Harley e sabemos o porquê, a única coisa que me surpreende foi que eu não sabia que ele fosse tão esperto.

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