Ed suspirou irritado mais uma vez enquanto esperava a não muito competente recepcionista voltar com sua permissão para visitar seu amigo.
O rapaz sabia que aquilo seria arriscado e muito perigoso, principalmente para Julie, que não fazia ideia do que aquilo tudo significava, apenas concordava.
-O senhor pode entrar - disse ela voltando a sentar em sua cadeira e apertando o botão que liberava a porta automática - Tem meia hora.
-Só isso?
-Se não fosse por mim você não teria nem mesmo isso, querido - disse sorrindo - Dr. Carter é bem rígido em relação à visitas.
Ele assentiu e seguiu em frente lendo os nomes dos pacientes nas plaquinhas que ficavam nas portas até achar o do amigo.
Bateu na porta e abriu, entrando rapidamente para dentro do pequeno cubículo. Acendeu as luzes e se deparou com um assustado Coringa encolhido em um canto do quarto repetindo frases sem sentido para si mesmo.
-Coringa? - chamou.
O palhaço olhou para o amigo parado perto da porta e sorriu.
-Ed - disse - Quanto tempo.
-Finalmente conseguiremos te tirar desse lugar.
-Cuide de Julie - disse erguendo-se do chão - Trouxe tudo que precisamos?
-Você acha que eu tenho cara de quem faz coisas pela metade?
Coringa sorriu novamente e caminhou para mais perto de Ed.
-Então colocaremos esse plano em ação, depois de amanhã já é natal, Julie adora o natal.
-Então faça o que ainda precisa ser feito aqui dentro, do lado de fora tudo está pronto - ele suspirou passando as mãos pelos cabelos - Tem certeza de que não ouvem o que falam ao telefone?
-Não tenho - respondeu Coringa - Eles não conseguirão nos parar, Ed.
O outro sorriu orgulhoso.
-Tem razão - coçou o queixo pensativo e sentou-se na única cadeira existente no quarto - Mas ainda tenho uma dúvida.
-E qual é? - Coringa encarou Ed com curiosidade.
-Tem certeza de que a Dra. Quinzel vai te ajudar?
-Ela não vai me ajudar - continuou enigmático - Eu vou usá-la.
-E não liga para ela?
-É claro que não - desviou o olhar sentindo um gosto amargo na boca ao dizer aquilo - É só uma mulherzinha qualquer.
Ed observou o amigo atentamente e notou que ele não falava olhando nos olhos, isso acontecia quando ele mentia, o que significava que por mais que negasse, existia alguma coisa entre ele e a médica.
-Entendo.
Harley engoliu em seco quando olhou no relógio e percebeu o horário, ela sabia quem viria agora ou pelo menos devia vir. Essa euforia e nervosismo toda vez que atendia Coringa a deixava perturbada, sabia que era errado, mas não conseguia controlar si mesma.Além do mais, ela sentia que ele mudava e isso a fazia ter esperanças de que ele pudesse sair dali e talvez se conhecessem do lado de fora dos muros daquele lugar.
-Olá, doutora - disse a voz conhecida entrando em sua sala - Como você está?
-Estou bem - respondeu tentando não parecer afetada - Por que faltou em sua última consulta?
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Arkham
FanfictionQuando Harley vai trabalhar no hospital psiquiátrico, ela nunca imaginaria conhecer o tão famoso palhaço inimigo de Batman, e muito menos que se apaixonaria por ele. E o Coringa? Será que também vai se apaixonar por ela? O que vai acontecer com ess...