Colocou os pés para fora do avião e tocou o chão, estava sem vontade alguma de continuar seguindo em frente, tudo que queria era sair correndo dali para bem longe de Coringa.
Quando ele desceu com Ed apoiado em seus ombros, deu ordens que ela não entendeu aos homens que se aproximaram e seguiu em frente, praticamente esquecendo-se dela ali.
Harley entrou no saguão do hotel e foi diretamente para o elevador. Assim que entrou em seu quarto e fechou a porta, o mundo parecia girar abaixo de seus pés e ela lembrou-se de que ali não era sua casa e muito menos sua vida.
Criou coragem e arrumou suas coisas em uma pequena mala, olhou ao redor para certificar-se de que não esquecia de nada e suspirou novamente. Mesmo que tivesse se acostumado ao lugar e às pessoas que viviam ali, ela não podia continuar morando no hotel.
Saiu do quarto fechando a porta atrás de si e parou por alguns segundos olhando de um lado para o outro do corredor, certificando-se de que ninguém estava vindo. Assim que percebeu que não havia ninguém, ela seguiu em frente e desceu pelas escadas, não podia correr o risco de descer pelo elevador e dar de cara com Coringa.
Mesmo com a mala pesada e a bolsa em seu ombro, ela continuou descendo degrau por degrau, ouvindo apenas o som do barulho das rodinhas batendo no chão. Sem notar, deixou que uma lágrima escapasse de seus olhos e rapidamente enxugou, não podia ser fraca agora.
Apesar de não ter para onde ir, Harley precisava encontrar um lugar, um abrigo que fosse, precisava arrumar um emprego para conseguir dinheiro e ir embora da cidade, não poderia mais viver ali depois de tudo que aconteceu. Tinha certeza de que não poderia mais trabalhar como médica após o ocorrido no Arkham, e percebeu que seus sonhos e sua vida estavam desmoronando diante de seus olhos. E aquilo doía.
Harley parou diante da porta que levava para o saguão e respirou fundo, criando coragem para sair e pensando no que diria se alguém a visse, torcia para que não houvesse ninguém por ali naquele momento.
Abriu a porta e olhou para os lados, certificando-se de que não havia ninguém, puxou sua mala de rodinhas e arrumou a bolsa em seu ombro, seguindo em frente pela extensão do lugar até a saída. Quando estava prestes a passar pela porta giratória, seu celular tocou e Harley soltou um xingamento, já que o som atraiu olhares de alguns dos homens de Coringa que estavam por ali.
Sem olhar o nome de quem ligava por conta do nervosismo, a loira apenas colocou o telefone em seu ouvido.
-Alô?
-Onde você está? - perguntou Coringa irritado do outro lado da linha.
-Eu?
-Não, a recepcionista, passe o telefone para ela - disse ele irônico - Quem mais seria? Agora responda à pergunta: onde você está?
-No hotel - respondeu simplesmente.
-Não se faça de boba, querida - ele soltou um suspiro de irritação - Onde estão suas coisas?
Harley prendeu a respiração e olhou ao redor.
-Estão comigo - respondeu - Estou indo embora, pudim.
-Você pediu minha permissão para isso? - ele gritou e ela afastou o celular da orelha - Onde você está?
-Mas eu já disse... - ela suspirou - Adeus, pudinzinho.
Ela desligou a ligação sem esperar pela resposta dele e empurrou a porta para que saísse do lugar. Já do lado de fora do hotel, ela olhou para os dois lados, tentando decidir qual direção seguiria. Foi para à direita, sem rumo algum.
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Arkham
FanfictionQuando Harley vai trabalhar no hospital psiquiátrico, ela nunca imaginaria conhecer o tão famoso palhaço inimigo de Batman, e muito menos que se apaixonaria por ele. E o Coringa? Será que também vai se apaixonar por ela? O que vai acontecer com ess...