Malditamente quebrados

Capítulo oito - Perto do inimigo

               Sophie coloca ligaduras no meu pulso e eu cubro o pulso com o meu pullover. Felizmente para mim sou canhota, e não estou fazendo isso na casa dos meus pais. Estou na casa de Sophie, e estamos prontas para ir para o colégio.

              Minha noite foi normal. Eu acho, tirando o fato de ser humilhada por Liam e seus amigos, ter problemas no pulso por culpa deles e ter um coração partido por causa de Liam no sábado. Foi um final de semana péssimo.

               Sophie pega a sua mochila quando eu dou um jeito no meu pulso. Vai ser um grande problema. Vou ficar de castigo por anos. O pior é, que possivelmente não vou mais sair de casa. Meus pais podem me tirar do colégio.

              — Como é que nós vamos conseguir ir para o hospital depois das aulas sem o meu motorista saber?

               — Não sei. Podemos sair mais cedo e depois vamos para o hospital.

               — Depois voltamos para o colégio?

               Ela senta. — Ou podemos chegar ao colégio, e esperar que o seu motorista vá embora para irmos ao hospital, e voltamos para o colégio depois disso.

              — Eu acho que é melhor, mas temos que avisar a Jolene.

              — Não se preocupe. — Ela olha para mim. — Agora sobre o Lambert!

              Eu desvio o olhar. — O que tem o Lambert?

              — Você gosta dele Blaire! Em apenas uma semana você já se apaixonou.

              — Eu não queria. Eu percebi isso apenas ontem, mas eu vou esquecer ele. Você viu? Ele é um mulherengo.

             — Eu sei. Você está bem?

             — Não, mas eu vou ficar. Vocês tinham razão. Eu tenho que me afastar daqueles idiotas.

             — Eles são problemas.

               — Não fala pra Jolene que eu gosto do Lambert por favor!

                — Porquê não?

                — Porque eles dois têm alguma coisa que eu quero descobrir, e não sei se ela gosta dele. É algo muito grave para ter feito Jolene ficar muito nervosa e pálida. Você precisava ver.

                 — Eu também acho, mas ela nunca disse nada. — Ela levanta da cama e coloca a mochila no ombro. — É melhor a gente ir.

                Concordo e saímos para encontrar Lewis esperando por nós. Às vezes penso que ele não é apenas o motorista. Só espero que nosso plano dê certo.

               Chegamos no colégio e enquanto Sophie vigia Lewis, eu entro para avisar a Jolene. Entro na sala de aula e vou até ela. Ela me olha e depois para o meu pulso.

                — O que aconteceu? — Ela pergunta.

               — Eu me machuquei ontem por culpa do seu irmão e blá blá blá, por isso preciso ir ao hospital sem que meus pais saibam, porque tenho medo que eles me tirem do colégio, por isso, Sophie e eu vamos sair agora para o meu motorista não desconfiar.

                  — Bratt fez isso? Está doendo muito?

                  — Ele teve uma ajuda do Scott, e está doendo bastante.

                 — Eu vou com vocês. Não quero ficar aqui sozinha. — Ela arruma as suas coisas e levanta.

               Eu me viro e vejo Bratt olhando para mim cruelmente, mas saio da sala com Jolene. Eu faço pressão no meu pulso para nós encontramos Sophie esperando.