NOVE.

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Dois mundos colidiram.

Ao entrar na BMW, assisto Harry passar o cinto em volta de seu corpo e olhar para um pronto fixo aleatório.

—Tá tudo bem? – Questiono antes de sairmos da garagem.

—Você já perdeu algo valioso demais pra você?

—Já. O relógio de bolso que meu avô me deu, mas eu o encontrei alguns meses depois no sótão da velha casa em Doncaster. Por quê?

—Deve ter sido ruim não ter nada que te dissesse as horas durante meses.

—Você perdeu algo muito valioso? Se quiser eu posso ir lá dentro e...

—Lou! Não! Tá tudo bem! – A sua mão para nas maçãs do meu rosto e eu olho Harry nos olhos. –Só... Foi um momento reflexivo, tá?

—Ahn... Sei que não nos conhecemos muito ainda, mas... Pode confiar em mim, Harry.

Ele me olha e me sorri com um sorriso forçado. Não obtenho qualquer resposta.

Abro a garagem com o controle automático e dou partida. O silêncio está entre nós, pelo menos até o fim da rua, quando decido o desfazer.

—Pra onde vamos? Preciso que você me guie, não sei onde você mora.

—O que vai fazer hoje? – Styles olha qualquer coisa pela janela, mas não faz contato visual.

—Acho que vou pra galeria, quer dizer, eu ia tirar o dia de folga, mas estou com boas ideias e não quero perder.

—Então vamos para a galeria. Deixa eu ver você pintar ou seja lá que raios você for fazer.

—Mas... Assim não vai ter surpresa pro dia da exposição. – Sorrio, ainda sem olhar para Harry.

—Eu não vou ver todas as peças, vou? Só as que você fizer hoje!

—Tá bom, você ganhou! Vamos para a galeria.

Harry finalmente coloca os olhos em mim. Posso sentir aqueles grandes faróis esverdeados estudarem todo o meu corpo.

×

T. Galerie

Tranco a porta da galeria por dentro e me certifico que a placa de FECHADO ainda está lá.

Tiro o casaco e Harry faz o mesmo. Eu coloco as chaves em cima do balcão e vou em direção ao interruptor, quando sou surpreendido por Harry, que coloca o meu corpo contra a parede e me segura firme com os braços.

—Já te disseram que você é lindo? – Harry está com um sorriso bobo no rosto, enquanto estuda o meu.

—Já.

—Imaginei, mas eu quero dizer. Você é muito, muito lindo, Louis William Tomlinson.

Harry sorri, e eu deduzo que estou vermelho como um tomate, mas o meu sorriso o acompanha.

Ele me beija, lentamente. Me toca devagar, levando as mãos até a minha cintura.

Me arrepio ao sentir seus lábios molhados no meu pescoço, e sinto a minha respiração profunda.

Coloco as mãos no seu pescoço e aperto a sua pele, arranhando-a.

Ouço sua respiração acelerar, e posso sentir o seu coração disparar em cima do meu.

Eu sinto vontade de me entregar a Harry, e é isso o que faço. As paredes do ateliê são testemunha de que eu não tentei resistir.

×

Scandal • L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora