QUATORZE.

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Então me diga a verdade, antes que eu mergulhe de cabeça em você.

O resto da noite estava praticamente arruinado. Não que eu me importe com o que o the sun usa para fazer dinheiro.

Por favor, eu estou nesse meio artístico há muito tempo e aprendi a me proteger de muitas coisas que não me acrescentam em nada.

O problema é o quão preconceituoso isso soa. Quer dizer, eu tenho um público. E não só pelo meu público, mas pelas pessoas que são o que são e ainda não entenderam isso, e estão matando duzentos leões para entender que você só é.

Não é uma questão de escolha ou opção, você simplesmente é.

Não é como se você escolhesse ter cabelos lisos ou escolhesse ter os dedos das mãos longos, ou não é como se você escolhesse ter o nariz grande.

Não é uma escolha.

Harry estava comigo há pouco tempo, mas era tempo o suficiente para parecer ler os meus pensamentos, de tanta conexão.

—Aconteceu alguma coisa? – Ele questiona, segurando um pouco mais forte a minha mão.

—Não. Nada.

—Ah, qual é. – Harry dá um passo mais rápido e para de frente para mim, interrompendo o meu caminhar. – Amor, você não disse uma palavra do hotel até aqui.

—Nem é tanto assim, o hotel fica logo ali e... – Percebo que não estou convencendo nem a mim mesmo. – Ah, vai...

—Loueh, seus segredos são meus segredos. – Ele coloca as mãos no meu rosto e o segura. – Se quiser compartilhar, eu quero ouvir. Se não quiser compartilhar, eu não quero ouvir.

—É que, fizeram uma matéria, um jornal bem ridículo, fez mais uma matéria ridícula sobre mim... E... Você.

—Desde quando isso é ruim?

—Pareceu preconceituoso e horrível. Harry, eu tenho um público que não se aceita por achar que isso é realmente horrível. Quando vem alguém e diz que isso é realmente ruim, só os faz sentir piores.

Vejo os olhos de Harry brilharem de uma forma que jamais vi antes, desde que nos conhecemos.

—Você é tão bom, Louis Tomlinson! É inacreditável o quanto você é bom. – Ele me beija devagar. – O que eles disseram?

—Especulações sobre estar com um garoto.

—Hm, e o que mais?

—Eu não li o resto. Provavelmente alguém desse jornal, vai estar bem na porta daquele restaurante e vai fotografar a gente.

—Ótimo. Vamos acabar com as especulações! – Ele puxa o meu braço, mas o paro com a força.

—Como assim? – Abro um meio sorriso.

—Quero que eles se danem, tá legal? Vamos dar o que eles querem, se é isso o que eles realmente querem.

Sorrio e Harry me puxa pelo braço, e entramos pelos fundos do restaurante, pelo fato de eu ser famoso e tal.

Sentamos em uma mesa qualquer, perto do open bar, e começamos a conversar sobre coisas aleatórias.

As pessoas notam que estamos ali, e duas ou três pessoas me pedem foto.

Não demora muito até o barulho dos cliques indesejados surgirem bem atrás de nós.

—Acho que preciso beber pra aguentar isso. – Falo a Harry.

Scandal • L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora