Capítulo 5

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— Fada, acho que você deveria investir um pouco mais nesse look, você está linda!- José fala, segurando minha mão, me fazendo dar uma volta e admirando a calça legging, botas e jaquetinha de sarja.- linda!

— Para José, não é pra tanto. Vamos descer, quero conhecer a fazendo do meu avô, afinal, não sai de Seattle, para ficar presa dentro de uma casa.

— Concordo, vamos.- me puxa pela mão, e penso que o pesadelo da noite passada, não deixou nenhum vestígio.

— Vou falar com vovô primeiro.- falo assim que chegamos ao andar de baixo.

— Tudo bem, te espero para tomarmos café na cozinha.

Faço que sim, solto a sua mão e corro para o quarto do meu avô, sei que ele deve estar tomando o café dele também, e quando entro, vejo que estou me habituando aos hábitos da casa.

Meu avô gosta de tomar o café na cama, pois por causa do remédio que toma para dormir, fica muito grogue, Nathan, seu enfermeiro que prepara e leva para ele e logo depois toma um banho, aí sim ele finalmente desperta.

— Minha menina- fala assim que me vê entrando no quarto.- vejo que resolveu passear um pouco.

— Bom dia vô.- dou um beijo em seu rosto.- Bom dia Nathan.

— Bom dia, Ana.

— Vou passear sim, quero conhecer seu Império.

— Nosso.- me corrige, mordendo seu pãozinho.

— Está bem, nosso, mas quem construiu foi o senhor, então.- coloco a mão em seu peito.- mérito seu.- Ele pega minha mão e leva a boca, beijando.

- Minha neta querida, amo tanto você, olhando você assim, me lembra tanto sua mãe na sua idade.

— Sempre fomos muito parecidas mesmo. - Sorrio triste, lembrando de minha mãe.

— Sei que você sente falta, mas quero que aproveite esses dias, que viva um pouco esqueça o trabalho e seja jovem, aja como uma garota da sua idade.

— Amo você, meu vô querido.- o abraço, beijando sua testa, me controlando para não chorar.- vou tomar café e me aventurar.

— Cuidado, se precisar de algo, procure Christian.- me adverte, mas não respondo, acho que ele é a ultima pessoa que pediria ajuda, depois da noite passada.

Saio do quarto e vou para a cozinha, mais um hábito da casa, não tínhamos sala de jantar e as refeições eram feitas em uma mesa na cozinha, acho que meu avô vivendo anos, sozinho, fez dos empregados, como Christian, Gail, Louisa e Taylor, sua família, e não me incomodava com isso já que eles me tratavam bem e estava aprendendo a gostar deles também.

Chego à cozinha e a primeira pessoa que vejo, parada, no mesmo lugar que me deixou na noite passada, é Christian, seu olhar revela que pensou o mesmo que eu. Além dele, somente Gail que está servindo um suco para José.

— Bom dia.- falo parecendo natural e me sentando ao lado de José.

- Bom dia.- Gail me responde, olhando e sorrindo para mim,- vai querer suco também?- faço que sim e ela vem me servir.

— Bom dia.- Christian responde enfim.- então decidiram colocar o nariz para fora de casa?

— Sim.- José responde, comendo um pedaço de bolo.- Ana já está mais descansada, já matou a saudade do avô, agora é curtir um pouco, né Fada.

— Sim.- respondo tentando não reparar no olhar de surpresa de Christian.- obrigada Gail.- agradeço pelo suco.

— De nada, Ana.- sorri e se afasta. Pego uma fatia de pão integral, sentindo o olhar de Christian sobre mim.

50 Tons- Escolhas do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora